Enquanto para algumas mulheres o trabalho de parto pode ser um processo bem demorado, para outras o bebê pode vir ao mundo em questão de poucas horas, especialmente se não for o parto do primeiro filho. No caso de uma mãe britânica, o tempo entre a bolsa estourar e o caçula nascer foi de apenas uma hora e meia — o que não foi suficiente para que ela chegasse até uma sala de parto.
Em entrevista ao tabloide britânico The Mirror, Emma Rowlands, do norte do País de Gales, contou a verdadeira aventura que ela e o marido, Mike Wright, vivenciaram durante a chegada do pequeno Louis James Wright, que nasceu no estacionamento de um hospital, no dia 10 de fevereiro, pesando 3,3 kg.
![O pequeno Louis James Wright nasceu no estacionamento de um hospital do norte do País de Gales, no dia 10 de fevereiro — Foto: Arquivo pessoal/Reprodução/The Mirror](https://cdn.statically.io/img/s2-crescer.glbimg.com/IigfFg49pPCdRFgZSRGQzSaduc4=/0x0:1200x675/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_19863d4200d245c3a2ff5b383f548bb6/internal_photos/bs/2024/H/A/ZB3UaCRzWoHXxhVUMZJg/bebe-nasce-estacionamento-hopital.jpg)
Quando tudo aconteceu, Emma tinha passado uma noite normal ao lado das filhas mais velhas, as pequenas Rosie, de 4 anos, e Safina, de 2 anos e meio. Em 9 de fevereiro, um dia após sua data provável do parto, a mãe preparou o jantar das meninas e as colocou na cama antes de arrumar algumas coisas da casa. Depois, ela se sentou e pediu comida indiana para ela e o marido. "Às 23h30 fui para a cama. Meu parceiro ficou lá embaixo, como costuma fazer, para assistir TV. Mas às 23h45 ouvi um estalo — foi quando minha bolsa estourou", relatou.
Segundo Emma, as dores começaram apenas 15 minutos depois e, às 12h05, ela sentiu a primeira contração — a segunda veio às 12h10. “Às 12h14, mandei uma mensagem para Mike dizendo: ‘Estou desconfortável e com dores’”, contou. "Mandei a mensagem porque não queria gritar, para não acordar as meninas!”, acrescentou, dizendo que logo sentiu mais uma contração — a essa altura, elas já estavam ritmadas.
Diante desse cenário, Emma resolveu descer até o andar de baixo da casa, para falar com Mike. “Ele deveria ligar [e pedir] para que minha mãe viesse o mais rápido possível, pois ela teria que cuidar das nossas meninas", lembrou Emma. Só havia um problema: a avó das crianças mora em Bodedern, no noroeste do País de Gales, e poderia demorar até 40 minutos para chegar à vila em que a família vive, em Bontnewydd.
Mike também ligou para a maternidade, explicando a situação em que eles se encontravam. A orientação que recebeu da equipe de saúde foi para levar a esposa o mais depressa possível até o hospital. A partir daí, entre 12h30 e 12h50, as contrações de Emma passaram a acontecer num intervalo de tempo cada vez menor, a cada 3 minutos.
Nesse meio-tempo, a mãe dela finalmente chegou e a correria até a maternidade começou. Às 12h55, Emma mal conseguia caminhar até o carro, mas o fez assim mesmo. “Foi aí que minhas contrações pioraram, [elas] aconteciam a cada 45 segundos! Senti uma vontade repentina de fazer força”, afirmou.
De acordo com Emma, ela continuou tendo essa vontade durante todo o trajeto até o hospital. Para piorar as coisas, uma das vias pelas quais eles tinham de seguir estava fechada e, então, Mike precisou fazer um desvio no caminho, levando mais tempo para chegar até a unidade de saúde.
"Então, eu pude sentir a cabeça do bebê coroando! À 1h14, na rotatória para o hospital, finalmente empurrei e a cabeça do bebê saiu!", revelou Emma. “Mike estava ao telefone com a parteira. Disseram para ele continuar dirigindo e chegar até a entrada”, complementou. As lembranças a partir desse momento já são como um borrão para a mãe, mas, segundo ela, em apenas mais um minuto ela e Mike estavam na entrada do hospital.
![Os pais Emma Rowlands e Mike Wright, ainda no carro, após a mãe ter dado à luz o filho caçula do casal, no estacionamento do hospital — Foto: Arquivo pessoal/Reprodução/The Mirror](https://cdn.statically.io/img/s2-crescer.glbimg.com/0N5UlNo61albiXJ9CNAn6yJeKzY=/0x0:718x721/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_19863d4200d245c3a2ff5b383f548bb6/internal_photos/bs/2024/r/L/UQBBxpQE2hz0MSu3NROw/parto-carro.jpg)
“A próxima coisa da qual me lembro é de cinco ou seis parteiras correndo com toalhas, cadeiras de rodas etc. Uma delas, chamada Sue, abriu a porta do carro para dar uma olhada na cabeça do bebê e me ajudou a tirá-lo”. Foi assim que o pequeno Louis James Wright nasceu — naquele instante, o relógio marcava 1h16, do dia 10 de fevereiro.
Na sequência, Emma foi levada até a enfermaria, para que a equipe de saúde pudesse retirar a placenta dela em segurança. "Fiquei tão feliz e aliviada por termos chegado bem a tempo. Foi o melhor trabalho de parto que tive, muito intenso, com um toque de excitação por ter dado à luz no carro. Deus sabe como Mike dirigiu até lá e como ele manteve a calma o tempo todo (eu acho), mas ele manteve e foi incrível”, declarou a mãe. “Um bebê 'drive through', de fato”, brincou.