Parto
 

Por Crescer online


O nascimento do bebê deveria ser um momento especial para a família, especialmente para a mãe. Só que não foi o que aconteceu com Amber-Lee Buendicho, de Gold Coast, Austrália. Em entrevista ao Kidspot nesta semana, ela contou que o parto da sua primeira filha foi uma experiência traumatizante, principalmente pelo uso do fórceps, que levou a uma profunda lesão perineal. Por causa desse evento, ela decidiu mudar de carreira e se tornar psicóloga para ajudar mulheres passando por situações semelhantes.

Amber-Lee com a sua primeira filha após a experiência traumática do parto  — Foto: Kidspot/Reprodução
Amber-Lee com a sua primeira filha após a experiência traumática do parto — Foto: Kidspot/Reprodução

Amber-Lee conta que a sua gravidez foi difícil desde o início, pois ela teve náusea e vomitou por 33 semanas. "[Já ao entrar em trabalho de parto] eu não tinha feito uma mala de hospital, não havia cadeirinha no carro, eu estava despreparada mentalmente e fisicamente", contou a mãe. Desde o começo do trabalho de parto, Amber-Lee sentia que algo não estava certo. “Os exames de toque eram excruciantes e eu gritava de dor e arqueava as costas. Meu marido chorou várias vezes ao ver meu desespero", revelou a mãe.

Com 24 horas de trabalho de parto, Amber-Lee recebeu anestesia peridural e continuou fazendo força para que sua filha viesse ao mundo. Só que, de repente, ela foi surpreendida por quatro médicos que a abordaram e disseram que precisavam retirar o bebê porque ele estava em sofrimento fetal. Os médicos, então, usaram o fórceps para puxar o bebê.

"Lembro-me deles inserindo o fórceps, o que foi realmente traumático. Eles o giram dentro de você e começam a puxar com muita força toda vez que você contrai. Ver meu bebê sair com a cabeça entre essa ferramenta de aparência assustadora foi aterrorizante", desabafou Amber-Lee.

Em seguida, a mãe foi levada para outra sala porque o uso do fórceps fez com que ela perdesse muito sangue devido a grave ruptura perineal que sofreu. “Você não consegue processar o que acabou de acontecer. Não foi apenas um evento traumático para mim, foram vários", lembrou Amber-Lee.

Após 15 meses, Amber-Lee engravidou novamente. Dessa vez, o parto do seu segundo filho foi mais tranquilo e nada traumático, embora ela tenha tido outra grave laceração perineal.

Amber-Lee com seu segundo filho logo após a cirurgia para reparar a lesão perineal que sofreu no parto — Foto: Kidspot/The Mirror
Amber-Lee com seu segundo filho logo após a cirurgia para reparar a lesão perineal que sofreu no parto — Foto: Kidspot/The Mirror

A jornada de ser mãe de dois mexeu com o emocional de Amber-Lee. "Fiquei furiosa, sobrecarregada e ansiosa depois do parto da minha filha, mas tentava ignorar isso. Aos poucos, perdi o controle sobre minhas emoções", lembra a mãe.

O estopim para Amber-Lee procurar por ajuda foi uma situação com o seu marido. Ela conta que eles estavam deitados na cama, começaram a discutir e, então, ela teve um pensamento violento sobre ele. No dia seguinte, ela ligou para uma linha de ajuda de mulheres no pós-parto.

"Não me lembro do nome da senhora que falou comigo e nem me lembro de metade da conversa, mas lembro de sair da ligação sentindo como se tivesse respostas sobre como estava me sentindo. Isso fez com que eu reconhecesse que passei por muita coisa e não podia continuar fazendo isso comigo mesma", reflete a mãe.

Por causa dessa experiência, atualmente, Amber-Lee está cursando mestrado em psicologia, com o intuito de ajudar outras mulheres que passaram por partos traumáticos. "Quero acolhê-las de verdade nesse momento tão difícil para que não sofram o que sofri", afirmou.

"Posso colocar no plano de parto que não quero o uso de fórceps?"

O obstetra Braulio Zorzella explica que, quando utilizado corretamente, o fórceps é útil. "Ele nada mais é do que um instrumento que simula uma pinça com extremidades em formato de colheres", disse. "O fórceps obstétrico é utilizado para tirar o bebê de um lugar que ele não esteja saindo. Ele pode ser usado tanto no parto normal quanto na cesárea. Nos casos em que é necessário, ele é posicionado ao redor da cabeça do bebê, possibilitando que o médico o puxe gentilmente. Não recomendo que seja excluído do plano de parto, porque, muitas vezes, ele vai ser um recurso necessário para retirar o bebê com segurança. O melhor caminho é entender como funciona esse instrumento e desestigmatizar a visão que existe sobre ele."

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