Mãe encontra bebê dormindo na creche, com rosto completamente coberto

“Se é isso que está acontecendo com meu filho e eu estou aqui dentro, imagina a negligência de quem não vê isso?”, questionou a mãe de Sydney, na Austrália, que trabalha no local


Uma mãe de Sydney, na Austrália, criticou a creche em que trabalha por supostamente deixar seu filho dormir com um babador cobrindo completamente o rosto. O flagrante, segundo ela, aconteceu na tarde da última quarta-feira (3). A mãe conta que decidiu trabalhar no local para poder ficar próximo dos filhos. Durante os intervalos do seu turno, ela costumava ver seus filhos. Mas quando entrou no quarto de dormir para checar seu bebê de cinco meses, ficou horrorizada com o que viu.

“Não vi meu filho no parquinho, não vi meu filho na sala de aula”, contou ela ao Kidspot . “Então, pensei que ele estaria dormindo”, completou. Seu bebê estava dormindo profundamente em um berço, deitado de lado, mas seu rosto estava completamente coberto, com o babador ainda preso em seu pescoço e puxado para cima.

A mãe tirou uma foto e confrontou a direção da creche — Foto: Reprodução/Kidspot

Mais cedo, ela havia pedido para que a equipe colocasse um babador para que ele não babasse a roupinha, mas presumiu que iriam tirar no horário da soneca. “Eu surtei”, disse ela, colocando a mão nas costas do filho para ter certeza de que ele ainda respirava. Ela, então, tirou uma foto. “Decidi tirar uma foto porque isso é inaceitável”, disse a mãe ao Kidspot. “Isso é preocupante e queria mostrar ao diretor”, afirmou.

A mulher de Sydney explicou que a creche usava um aplicativo para monitorar os bebês, mas alegou que seu filho não era visto há mais de meia hora. Ela afirma que ele foi examinado às 13h43, mas só foi visto às 14h20, quando ela entrou. Depois de tirar o babador do rosto do filho, ela foi até o diretor, que supostamente “a dispensou”. Ela, então, mostrou a foto para um líder educacional da área do bebê e perguntou: “Isso é um sono seguro?”, e ele teria respondido: "Não, não é".

A mãe conta ainda que esta não foi a primeira vez que teve problemas com a creche, mas essa teria sido a "gota d’água". De acordo com o Red Nose, os bebês devem dormir de costas, com o rosto e a cabeça descobertos para reduzir o risco de superaquecimento e asfixia durante o sono. Isso é recomendado até os 12 meses de idade, pelo menos.

Após o incidente, ela explicou que o proprietário e o gerente da creche ligaram e pediram desculpas a ela, mas a mãe de Sydney ainda está furiosa. “[Se] é isso que está acontecendo com meu filho sabendo que estou lá dentro, você pode imaginar a negligência de quem não vê isso?”, questionou.

A mãe informou ao Kidspot que desde então entrou em contato com o Departamento de Educação e apresentou reclamação formal contra a creche. Além disso, ela pediu demissão e tirou o filho do local. “Estou chocada com os cuidados infantis em geral”, disse ela online. “Vou ficar em casa com meus filhos”, completou. O Kidspot entrou em contato com a creche para comentar, mas não recebeu retorno até a publicação da reportagem.

Sono seguro

Confira aqui algumas das principais diretrizes para um sono seguro, de acordo com a Academia Americana de Pediatria (2022):

  • Sempre colocar a criança para dormir de barriga para cima – mesmo que seja para uma simples soneca.
  • O bebê deve dormir no berço, em uma superfície firme e não inclinada. Não colocar sobre almofadas, colchões fofos, sofás etc.
  • O berço deve estar livre de objetos macios como travesseiros, brinquedos, pelúcias, almofadas, edredons, colchas e lençóis soltos.
  • Pelo menos nos seis primeiros meses, o ideal é o bebê dormir no mesmo quarto dos pais, mas não na mesma cama.
  • Evitar sobreaquecer ou cobrir a cabeça da criança durante o sono.
  • Evitar a exposição à fumaça e nicotina durante gravidez e puerpério, bem como ao álcool e outras drogas.
  • Os bebês que usam chupeta têm menos risco de morte súbita. Mesmo sendo um objeto polêmico, ela é um fator protetor, pois estimula um movimento da fase do sono REM e pode proteger contra as apneias. No entanto, o uso é indicado apenas após as práticas de aleitamento estarem bem estabelecidas.

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