Uma avó, de Spantov, na Romênia, ficou tão chocada ao descobrir que a neta, Gabriela, 4 anos, tinha falecido, que sofreu um ataque cardíaco e morreu também, horas depois da menina. A criança, que tinha comido peixe com a família no jantar de domingo (28), teve uma intoxicação alimentar. Gabriela foi encontrada inconsciente em sua cama, na casa dos avós, na manhã de segunda-feira (29).
![Gabriela, 4, morreu depois de ter uma intoxicação alimentar — Foto: Reprodução/ The Mirror](https://cdn.statically.io/img/s2-crescer.glbimg.com/4JwHqzrXQ6aV0QRMYomaTlUFTHc=/0x0:1200x682/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_19863d4200d245c3a2ff5b383f548bb6/internal_photos/bs/2024/2/l/AZBHaxRIAjLGQ4cPTakg/intoxicacao-peixe-01.jpg)
Ela foi levada às pressas para o hospital, mas, infelizmente, não houve tempo hábil para salvar sua vida e ela morreu. Quando contaram o que tinha acontecido para a avó, ela teve um ataque cardíaco. Médicos realizaram manobras de ressuscitação cardiorrespiratória por cerca de 90 minutos, mas os esforços não foram suficientes. Ela também morreu.
O avô de Gabriela e outros dois netos também comeram o peixe e passaram mal. Eles chegaram a vomitar, mas se recuperaram e sobreviveram.
De acordo com o The Mirror, a família relatou aos médicos que o peixe foi comprado em uma loja que importou o alimento da Espanha. Amostras foram coletadas para análise, mas o proprietário do estabelecimento já foi multado e obrigado a fechar temporariamente o comércio, já que não tinha autorização para vender o produto.
Os fiscais constataram que o produto estava armazenado em uma área que não atendia aos padrões de higiene. Os investigadores também consideram a hipótese de os familiares terem sido envenenados por outro alimento ou substância doméstica e, por isso, a investigação continua.
Quais são os sinais de intoxicação alimentar?
Os sintomas da intoxicação alimentar são bem parecidos com os de uma virose: insdiposição, dor abdominal, flatulência, vômitos, distensão abdominal (barriga inchada) e diarreia. Às vezes, também pode haver febre. A má notícia é que não há muito o que fazer além de ingerir bastante líquido e repousar.
Isso porque, o maior risco da intoxicação é que a criança fique desidratada, devido à perda de líquidos. Diminuição de diurese, que é o volume de urina, olhos encovados e turgor da pele (quando a cútis perde a elasticidade e fica mais marcada, como a de pessoas mais velhas) podem indicar desidratação. Além disso, quando falta líquido no organismo, o coração bate mais rápido e as mucosas ficam secas. “Nesse caso, os pais precisam dar o soro de hidratação oral e procurar um médico para receber todas as orientações. Às vezes, quando a criança vomita tanto que nem consegue tomar o soro, é preciso levá-la a uma unidade de saúde para receber a solução pela veia”, explica a médica Jocemara Gurmini, que é pediatra, gastroenterologista e nutróloga.
Geralmente, o alimento estragado está associado a substâncias produzidas por bactérias e fungos. Quando o corpo reconhece essas substâncias, tenta colocá-las para fora – por isso é que vômito e diarreia estão entre os sintomas. O quadro de intoxicação alimentar dura, no máximo, 14 dias, mas a maioria dos casos se resolve dentro de uma semana.