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Uma reportagem do jornal Birmingham Live revelou que, apenas na cidade de Birmingham, localizada na Inglaterra, aproximadamente 1.400 crianças são obrigadas a residir em pousadas, hotéis ou outros locais temporários. Em condições precárias, alguns destes lugares apresentam falta total de higiene e estão infestados de baratas. Este cenário ocorre em meio a uma crise habitacional enfrentada pelo Reino Unido.

Famílias vivem em condiçõe precárias: uma mãe relatou que seu filho tinha sido picado por baratas, no berço — Foto: Foto de Najman Husaini/ Pexels
Famílias vivem em condiçõe precárias: uma mãe relatou que seu filho tinha sido picado por baratas, no berço — Foto: Foto de Najman Husaini/ Pexels

Uma das mães que se encontram nesta situação, identificada apenas como Clare, contou que mora em uma dessas pousadas com a filha de 9 anos, por falta de opção. Todas as noites, cada membro da família dorme com uma roupa separada, pronta para vestir, no caso de os alarmes de incêndio dispararem, o que acontece por conta de pessoas que cozinham de madrugada, além de fumantes ou vândalos.

A sirene ensurdecedora os acorda com tanta frequência, que eles precisam estar preparados para não precisar sair sem roupa quando acontecer novamente. “Me parte o coração saber que é preciso se preocupar com tudo isso e que não há o que fazer para controlar isso", diz a mãe.

Atualmente, de acordo com um relatório da cidade, existem mais de 4 mil famílias em Birmingham que não têm nenhum lugar permanente para chamar de lar. No total, são 17.250 pessoas, incluindo 8.560 crianças. Mais de 660 dessas famílias – incluindo 1.420 crianças – vivem em pousadas e quartos de hotel.

Uma família contou que seu bebê ficou com picadas de barata enquanto dormia no berço. O relatório revelou que uma criança de 2 anos e seus irmãos viveram por semanas em um quarto destruído, que “não era adequado nem para um animal”, junto da mãe, que tem problemas de saúde mental. Outra família decidiu sair da pousada e ir morar em um carro, devido a uma infestação de percevejos.

Clare revelou ter medo de que a experiência de viver em uma pousada possa ter deixado traumas em seu filho mais novo, que é autista. “Não há privacidade. A sensação de ansiedade e incerteza é constante. Tudo o que você faz é julgado, existem regras e você fica à mercê das ações de várias outras pessoas", desabafa.

Agora, em uma casa municipal permanente, Clare emergiu da experiência determinada a conseguir mudanças para os outros e pressiona por melhores habitações em toda a cidade, com a Campanha de Habitação Justa. "Viver em um hotel ou pousada não é brincadeira. Esqueça os slogans como 'casa é onde está o coração' - isso é um absurdo se 'casa' for um quarto miserável. É uma experiência terrível, não importa quão prestativos sejam os funcionários. Na maioria das vezes, as condições são péssimas e o apoio quase não existe”, afirma.

A oficial de alojamento temporário da instituição de caridade Barnardo's, em Birmingham, Charneze St Juste, vê o impacto nas famílias em primeira mão, já que seu papel é apoiar pais e crianças em risco ou já em situação de rua. Mas apesar dos melhores esforços de alguns prestadores para elevar os padrões e prestar melhores cuidados, e da contribuição do município e das instituições de caridade, ela testemunha as condições degradantes que ainda acontecem - como percevejos em berços e camas, colchões sujos, filas para usar os serviços comunitários de cozinhas, consumo evidente de drogas nos corredores e famílias que vivem de comida barata.

“Visitei um hotel onde vivem centenas de famílias que lutam para controlar uma infestação de baratas que invadiu as instalações”, relata a oficial. “Uma das mães me mostrou marcas vermelhas em seu bebé que ela pensou serem uma erupção cutânea, mas na verdade eram as marcas e arranhões de baratas. Vejo tantas mães vivendo no limite, lutando com sua própria saúde mental, presas em uma sala, muitas vezes com três ou quatro filhos, de recém-nascidos a adolescentes”, conta.

Ela se lembrou de uma mãe doente que vivia na miséria dentro de seu quarto de acomodação temporária com quatro filhos, incluindo uma criança de 2 anos. "Não era adequado para um animal viver. Era diabólico. Não havia roupa de cama, os colchões estavam descoloridos, tinha comida no chão, as paredes estavam úmidas, os azulejos caíam das paredes, era foi realmente horrível”, diz.

Charneze também falou de uma pousada em Hagley Road que ela visitou recentemente. Segundo ela, a porta do local estava tão suja que ela mal conseguia tocá-la. “É óbvio que o padrão dos quartos que eles oferecem não será muito bom se esse for o lugar que eles consideram aceitável”, disse ela. “As famílias ficam amontoadas em um único quarto miserável", lamenta.

“Em outro caso recente, uma mãe que tinha saído de uma relação abusiva foi colocada, junto com seus filhos, em uma pousada, na emergência. Na noite seguinte, o homem que ela tinha deixado a localizou e mudou-se para o quarto no mesmo corredor. Histórias assim não são tão raras quanto deveriam ser", disse Charneze.

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Além do baixo salário, as responsabilidades incluíam transportar as crianças, preparar refeições e manter a limpeza da casa. A babá também deveria estar disponível de domingo à noite até quinta-feira à noite e possuir carteira de motorista válida, veículo confiável, verificação de antecedentes limpa e certificação em Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) e primeiros socorros

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