Só de ouvir a palavra "piolho" você já sente a sua cabeça coçar? Pois é, esses parasitas não são hóspedes bem-vindos, mas fazem parte da infância de muitas crianças! E uma das dúvidas muito comuns entre os pais é a época do ano em que eles mais se proliferam: no verão ou no inverno? Especialistas consultados pela CRESCER explicam quando o contágio é maior entre os pequenos, como ele ocorre e derrubam alguns mitos envolvendo esses seres minúsculos, mas que causam uma baita dor de cabeça. Confira:
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Segundo a dermatologista Luciana Samorano, médica do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e do Hospital Santa Catarina, ambos em São Paulo, realmente existe uma proliferação maior dos piolhos em temperaturas mais altas. “Esse inseto se adapta mais ao clima quente e isso acaba favorecendo sua infestação”, diz. No verão, também há o início das aulas, momento em que as crianças ficam mais aglomeradas, principalmente em locais fechados, e, assim, têm mais contato com os amigos, facilitando a transmissão.
Vale destacar que, apesar de termos em nosso imaginário popular que os piolhos pulam de uma cabeça para outra, isso não é verdade. De acordo com a Chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital Pequeno Príncipe (PR), Nádia Almeida, o contágio é feito pelo contato entre humanos. Como as crianças, muitas vezes, se abraçam ou estão bem próximas umas das outras, esses insetos podem andar até alcançar um novo hospedeiro.
A dermatologista pediátrica Carolina Gonçalves Contin, do Sabará Hospital Infantil (SP), também afirma que, em meninas com cabelos longos, a propagação é maior. Outra forma de transmissão é compartilhar objetos contaminados, como escova de cabelo, boné e chapéu.
E para quem imagina que o piolho gosta de cabeça suja, isso não passa de um mito! A especialista Luciana ressalta que o parasita não tem relação com falta de higiene. “Não lavar o cabelo não aumenta as chances de propagação da pediculose. Inclusive acredita-se que o inseto prefira cabelos limpos”, completa.
