Saúde
 

Por Giovanna Forcioni


Subiu o número de casos de covid-19 no Brasil nas últimas semanas. O aumento da quantidade de testes positivos para a doença chega em um momento em que outros vírus respiratórios também preocupam os especialistas. Influenza, vírus sincicial respiratório (VSR), rinovírus... Todos eles têm sido responsáveis por lotar pronto socorros pelo Brasil.

Leito de internação (Foto: Pexels)
Leito de internação (Foto: Pexels)

As UTIs pediátricas já começaram a sentir os efeitos desse aumento. Nesta semana, a Bahia atingiu a marca de 100% de ocupação nas alas de atendimento para crianças: todos os 20 leitos de internação disponíveis no estado estavam cheios. A última atualização dos dados da Secretaria da Saúde, neste sábado (26), mostra que a situação melhorou um pouco, mas ainda segue preocupante. Nas enfermarias pediátricas a atual taxa de ocupação é de 85%.

"Desde o meio do ano, a UTI pediátrica está com altas taxas de ocupação. Normalmente nessa época, no verão, a gente vê outro tipo de doenças, como diarréia, desidratação... Não é comum ter quadro respiratório. Não é comum as UTIs ficarem tão cheias em fim de ano, mas as UTIs e as emergências pediátricas estão lotadas de quadros respiratórios. Está sendo um ano bem atípico", diz o pediatra Cefas Oliveira, da Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape), especialista em terapia intensiva, em entrevista à CRESCER.

Vários motivos podem explicar essa "onda" de infecções respiratórias fora de época. Segundo o médico, ela pode ter sido causada por uma baixa na imunidade das crianças após tanto tempo de isolamento social ou até mesmo a um excesso de exposição a ambientes de risco, depois da liberação das máscaras e do afrouxamento dos cuidados em relação à pandemia.

"Estamos observando em crianças muitos casos de VSR, de rinovírus, da variante BQ.1 da covid... Em relação ao coronavírus, os quadros estão sendo de leve a moderados. São poucos os quadros graves de covid-19 na pediatria, mas estamos tendo quadros graves de outros vírus", explica.

Child playing with plasticine at home making virus (Foto: Getty Images) — Foto: Crescer
Child playing with plasticine at home making virus (Foto: Getty Images) — Foto: Crescer

Uma situação relatada pelo especialista é de crianças que estão sendo infectadas por mais de um vírus ou bactéria ao mesmo tempo. "As crianças mais graves são aquelas menores de 1 ano. Mas crianças de todas as idades, saudáveis, mesmo sem comorbidades, estão tendo quadros respiratórios graves", afirma.

As famílias também podem colaborar para ajudar a diminuir a lotação dos hospitais pediátricos. A recomendação do pediatra Cefas Oliveira é ir ao pronto socorro só em casos realmente necessários. "Muitas vezes a emergência pediátrica está lotada de casos que poderiam ser acompanhados pelo pediatra da criança. E isso faz com que a gente tenha períodos de seis, sete horas de espera para ser atendido. Quadros leves, com febre mais baixa, em que a criança não tem dificuldade para respirar, podem ser tratados em consulta ou ligação com o pediatra. Não precisa ir para o hospital", reforça.

Como proteger seu filho

Apesar de o cenário ser atípico, não é preciso entrar em pânico. Para evitar que as crianças peguem infecções respiratórias, basta manter os mesmos cuidados que tanto foram recomendados durante a pandemia: vacina em dia, higienização das mãos, máscara no rosto, isolamento em caso de sintomas gripais e distância de aglomerações.

Para o VSR, ainda não temos uma vacina. Mas é bom lembrar que para a Influenza e covid-19, sim, nós já temos imunizante para os pequenos. Crianças a partir dos seis meses já podem tomar a vacina da gripe. E, no caso da covid, alguns estados já começaram a vacinar os bebês a partir de seis meses com comorbidades com o imunizante da Pfizer. Para os menores sem comorbidades, a vacina está disponível para o público a partir de 3 anos.

"Além de manter o calendário vacinal em dia, é fundamental que a criança tenha uma boa alimentação, hábitos saudáveis, faça atividade física. Em caso de qualquer sintoma respiratório, a recomendação é ficar em casa, não é ir para escola. Se a família puder evitar visitas a recém-nascidos e aglomerações desnecessárias nesse fim de ano, melhor ainda", diz Cefas.

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