Alegria e desenvoltura: menino de 4 anos com paralisia encanta em apresentação junina. Assista!

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O vídeo [assista logo abaixo] foi compartilhado até mesmo pelo apresentar Luciano Huck. "Vi esse vídeo e fiquei encantado com o Enzo. Ele dançou bem demais na apresentação e só reforça o quanto a inclusão é necessária. Parabéns aos professores, à escola, aos coleguinhas e aos pais das crianças que vibraram e curtiram junto. Virei seu fã, Enzo! Dance muito por aí", escreveu ele.

"Esse é o segundo ano que o Enzo se apresenta no São João da escola. Mais um ano de superação", escreveu Josi, na publicação. Em entrevista à CRESCER, ela contou a história de Enzo, o que causou a paralisia, como foi receber a notícia e os desafios da maternidade atípica.

"A gravidez de Enzo foi planejada. Em 2018, eu já estava casada há 10 anos e tinha uma filha de 17 anos. Meu marido, na época, desejava um filho, então decidimos tentar. Engravidei logo no primeiro mês após parar de tomar contraceptivos. Fiquei feliz e surpresa com o resultado tão rápido. A gestação foi tranquila. No entanto, com quase 6 meses, enfrentei problemas no casamento, passei por um processo de separação e continuei o resto da gravidez sozinha. Apesar dos desafios emocionais, o bebê se desenvolveu sem problemas. Fiz todo o pré-natal regularmente e, tanto a gestação quanto o bebê, se desenvolveram perfeitamente.

Minha bolsa rompeu com 39 semanas e três dias. Embora eu tivesse planejado um parto normal, no oitavo mês, testei positivo para Streptococcus, o que exigiu que eu recebesse antibióticos antes do parto. Sou alérgica à amoxicilina e medicamentos relacionados, mas recebi ampicilina por via intravenosa e tive uma reação alérgica grave no momento do parto. Isso afetou diretamente o Enzo, privando-o de oxigênio. Foi necessário realizar uma cesárea de emergência. Ele passou 12 minutos e 36 segundos sendo reanimado para voltar a vida, com um Apgar inicial de 1 e um grave quadro de asfixia cerebral.

Nos primeiros dias de vida do Enzo, estava sobrecarregada com informações. Além do processo de separação e complicações no parto, ele ficou na UTI por nove dias. Ele recebeu alta com onze dias, e a médica recomendou uma consulta com um neuropediatra. Na primeira visita, com apenas 25 dias, foi sugerida a possibilidade de paralisia cerebral, embora ainda fosse cedo para um diagnóstico definitivo. No entanto, já iniciamos uma rotina intensiva de fisioterapia e consultas médicas.

Enzo sempre foi tranquilo e sorridente desde pequeno. E, aos 8 meses, veio o diagnóstico de Paralisia Cerebral -Tetraparesia, o que limita sua fala e mobilidade. Hoje, ele usa um andador para se locomover e precisa de assistência para atividades cotidianas, como ir ao banheiro, se vestir e se alimentar. Enzo tem uma rotina diária com fisioterapia, equoterapia, Estimulação Básica I e fonoaudiologia pela manhã, além de frequentar a escola à tarde.

Ele estuda na Escola Pedacinho do Céu, que valoriza muito a inclusão. Na festa junina, a professora adaptou a coreografia para que todos os alunos pudessem participar, incluindo Enzo. Ele dançou com a ajuda de uma coleguinha e foi um sucesso! Todos ficaram encantados com sua performance, e eu, como mãe, me emocionei ao ver sua felicidade e desenvolvimento. Ele já tem presença nas redes sociais, e outros vídeos dele, como quando entrou com as alianças no meu casamento, também tiveram milhões de visualizações. É emocionante ver como ele inspira tantas pessoas com sua determinação e alegria.

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Os desafios para crianças com deficiência, hoje, incluem garantir um tratamento adequado às necessidades individuais. Embora haja suporte na rede pública, muitas vezes é insuficiente. Planos de saúde também podem ser limitados, o que leva muitas famílias a buscar clínicas particulares. Além disso, há desafios no desenvolvimento físico, cognitivo, social e emocional da criança, exigindo apoio psicológico para a família. Apesar das suas limitações, Enzo é uma criança tranquila e feliz. Ele enfrenta suas atividades diárias com determinação e dedicação, adaptando-se bem à rotina. É carinhoso com a família e sempre atento ao que acontece ao seu redor.

Receber um diagnóstico pode ser avassalador, mas é importante não entrar em desespero e buscar informações confiáveis sobre a condição. O que eu diria para quem acabou de receber a notícia é: 'Tenha fé e acredite que você e seu filho podem superar esses desafios. Procure apoio em comunidades de pais que enfrentam situações semelhantes e esteja aberta para aprender e crescer junto com seu filho. Cada jornada é única e, com o apoio certo, você encontrará forças que nunca imaginou possuir'".