Alimentação
 

Por Amanda Moraes


Doce, salgado, azedo, amargo… Todo mundo conhece esses quatro gostos que nosso paladar consegue sentir. Mas você sabia que existe um quinto gosto? Ele é chamado “umami”, uma palavra japonesa que significa “sabor delicioso”. “Ele é formado por uma sensação nas papilas gustativas devido ao aminoácido glutamato e seus ribonucleotídeos, inosinato e guanilato, que estão presentes naturalmente em carnes, peixes, vegetais e produtos lácteos”, explica Natalia Barros, nutricionista mestre em ciências e fundadora da NB Clinic, de São Paulo.

O umami é o "sabor delicioso" (Foto: Thinkstock) — Foto: Crescer
O umami é o "sabor delicioso" (Foto: Thinkstock) — Foto: Crescer

A sua descoberta foi feita através de estudos realizados com a alga kombu e é relativamente nova. “A partir das pesquisas do químico japonês Kikunae Ikeda, a comunidade científica aceitou, em meados da segunda metade do século XX, a existência de receptores específicos para um quinto tipo de gosto: o umami. A escolha do nome tem origem justamente pela sensação causada. É algo saboroso, delicioso, prazeroso”, afirma a nutricionista Andrea Mariana Teixeira. De acordo as especialistas, é aquele gosto que literalmente dá água na boca, isto é, aumenta a salivação.

Despertar o umami, assim como outros gostos e texturas, é fundamental para o desenvolvimento do paladar dos pequenos. Eles devem experimentar todos os gostos básicos. “Em um ambiente acolhedor e positivo, a exposição repetida de alimentos variados permite ampliar a preferência dos gostos da criança”, diz Andrea.

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Além disso, o quinto gosto pode ajudar as crianças a aceitarem sabores novos. “Ele aumenta o apetite e a palatabilidade dos outros alimentos, consequentemente aumentando o consumo desses e a oferta de nutrientes na dieta das crianças”, afirma a nutricionista. “Estudos também indicam que o sabor umami aumenta a secreção de saliva e de outras secreções que facilitam a digestão e contribuem com a saciedade”, completa.

As especialistas ressaltam, no entanto, que é preciso tomar alguns cuidados. “É comum a adição artificial de glutamato monossódico em alimentos industrializados para realçar seu sabor. Um exemplo é o molho de soja, que naturalmente provoca o gosto umami, no entanto, é comumente preparado com corante, açúcar e realçadores artificiais de sabor”, alerta Andrea.

O ideal é evitar ao máximo o consumo de industrializados para crianças pequenas. “Prefira estimular o umami com alimentos in natura e minimamente processados e evitar produtos ultraprocessados que contenham na composição o glutamato monossódico”, indica Natalia Barros. Para ajudar, as nutricionistas selecionaram algumas opções que despertam o umami para oferecer às crianças. Confira:

1. Leite materno

“Estudos apontam que o leite materno é abundante em L-glutamato, o que provoca o gosto umami nas crianças. A amamentação é recomendada até os 2 anos ou mais do bebê, sendo que de forma exclusiva até os 6 meses”, diz Andrea Teixeira.

2. Tomate

“As crianças costumam ter aceitação muito boa desse vegetal. Pode ser ofertado a partir da introdução alimentar tanto na forma de salada como adicionado em preparações, de forma a agregar o sabor umami a elas. Alguns exemplos são: molho natural de tomates, carne moída com tomates, tomate no refogado para temperar frango, tomate refogado para temperar o feijão, entre outras receitas”, recomenda Andrea.

3. Peixe bonito

“Os peixes, principalmente o peixe bonito, possuem compostos que despertam o umami. Esse alimento é permitido a partir da introdução alimentar, mas é importante que você busque orientação de um profissional da área para te auxiliar nesse momento”, recomenda Natalia. Anchovas também são uma boa opção. “Podem ser introduzidas como parte de preparações, como no molho da salada Caeser”, indica Andrea.

Vale lembrar que os peixes crus podem fazer parte da alimentação das crianças apenas a partir dos 2 anos. Até lá, é preciso que eles sejam oferecidos já cozidos — grelhados, assados (no forno ou na airfryer) ou no vapor.

4. Ervilhas

“Podem ser ofertadas desde a introdução alimentar, tomando cuidado devido ao risco de engasgo, caso seja oferecida a versão in natura para crianças menores. Pode ser servida na forma de salada, purê, sopa, ou incluída em tortas e refogados com carnes”, sugere Andrea.

5. Cogumelos

Cogumelos, especialmente o shiitake. Eles podem ser consumidos a partir da introdução alimentar, refogados sozinhos ou como parte de preparações, como escondidinho de cogumelo com purê de batatas, polenta com cogumelos, espaguete com cogumelos, entre outras receitas”, diz Andrea.

6. Carnes

“As carnes bovinas apresentam em sua composição natural ácido glutâmico e inosinato, que formam o sabor umami que acaba trazendo esse gosto naturalmente”, afirma Natalia. Andrea complementa, destacando que as carnes, de forma geral, também estão liberadas desde a introdução alimentar dos bebês: “Elas podem ser oferecidas nas mais variadas formas, até mesmo no preparo de caldos, que podem ser acrescentados a risotos e sopas”.

7. Queijos

“Os lácteos, apesar de terem um gosto salgado acentuado, no final da mastigação é possível notar o umami e um aumento na salivação, que caracteriza também esse quinto sabor”, explica Natalia Barros. Segundo ela, o parmesão é uma boa escolha. “Os queijos podem ser incluídos de forma eventual na alimentação da criança a partir de 1 ano, com o cuidado especial em decorrência do teor de sal. Ao escolher, é importante ler a lista de ingredientes e excluir aqueles que contenham corantes e/ou realçadores de sabor. Podem ser consumidos com pães e também complementando preparações, como na versão ralada com macarronada ou em uma sopa/creme”, indica Andrea.

8. Algas

“Embora não estejam no hábito do brasileiro, as algas também despertam o umami”, lembra Andrea. Elas podem ser oferecidas a partir dos 6 meses, mas em quantidades moderadas. E é sempre melhor optar por aquelas que possuem baixo teor de sódio e iodo, como a nori e a wakame.

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