Bebê de 1 ano morre após ser atacado por cachorro de estimação

De acordo com a polícia, o menino brincava em uma cama elástica com a mãe quando foi atacado. A família disse que o cachorro nunca tinha agido com agressividade antes. “Se o cachorro fosse violento ou algo assim, acredite, ele não estaria perto do bebê”, garantiu Ricky Rohena, pai da criança, em entrevista à NBC.

Na hora, Rohan Green, um vizinho, ouviu os gritos e atravessou a rua correndo para tentar ajudar. “Tentei lutar contra o cachorro e ajudar o bebê o máximo que pude”, declarou. “Um minuto pareceu uma eternidade. Foi uma longa batalha”, acrescentou.

A criança chegou a ser levada às pressas para o hospital, onde foi declarada morta. “Ele estava vivo na ambulância”, afirma Crystal Rod, tia do bebê. “Ele lutou e tentou ficar conosco o máximo que pode”, disse ela. A polícia relatou que o cão era grande e mestiço e informou que havia ainda um outro cachorro, que também foi levado da propriedade.

“Eu simplesmente não tive a chance de segurar meu bebê. Não tive a chance de vê-lo”, disse o pai. "Eu estava trabalhando. Eu não estava aqui. Cheguei em casa, levei os cachorros para passear. Eu não esperava que isso fosse acontecer. Deixei os cachorros lá fora. Eu nunca deveria tê-los deixado do lado de fora”, lamentou.

A mãe de Lennox, Keyshla Torres, que está grávida, também ficou ferida no ataque. “Eu testemunhei isso”, disse ela, chorando. “O cachorro subiu na cama elástica e agarrou o bebê”, contou. Lennox tinha acabado de completar 1 ano e a família se preparava para comemorar o primeiro ano da criança naquela noite. “Ele era um bebê feliz”, disse a mãe. “Cada vez que ouvia o pai chegar em casa, cada vez que o ouvia abrir a porta, ele ficava feliz. Ele era o garotinho do papai”, descreve.

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Além do sofrimento da perda, a família diz que tem recebido diversos ataques na internet. “Já estamos lidando com a perda de uma criança, um anjo inocente”, disse o pai. “Deveríamos estar celebrando a vida dele. Ele fez um ano no dia 9 de março. Mas, em vez de comemorar seu aniversário de 1 ano, temos que nos reunir como família e planejar um funeral”, lamenta. “Estamos recebendo muito ódio do público. Eu não desejaria isso ao meu pior inimigo. Era o cachorro da família. Ninguém nunca previu que isso poderia acontecer. Esses cães eram amados e Lennox era amado 17 vezes mais do que os cães”, completou.

Abaixo, reunimos algumas dicas da especialista em comportamento canino Renata Gomes de Lima, proprietária do Bang Solução para Cães (SP), que podem ajudar a ter uma boa relação com os cães e evitar acidentes:

As necessidades dos cães são simples: eles precisam caminhar — isso faz com que tenham equilíbrio mental e físico — alimentar-se e descansar. Se você propuser essa rotina estruturada diariamente, ele será um animal mais equilibrado.

Os cães sempre dão sinais de que algo está errado. De uma forma genérica, quando ele se curva para trás, está acuado — e cães atacam muito mais por medo do que por agressividade. Portanto, um cão que tem medo é mais perigoso, mas isso são sinais genéricos. Para fazer uma boa leitura de um animal é preciso conhecê-lo, observá-lo e conviver com ele. Quando você coloca um cão dentro de casa, precisa estar disposto a construir um relacionamento interespecies. É fundamental entender quais são as necessidades dele, o que é preciso para supri-las e o que esse animal precisa aprender e entender sobre a rotina da família para fazer parte do contexto humano. Quando você negligencia isso, acaba criando desinformação.

Quando se tem um animal e uma criança em casa é importante gerenciar a estrutura. Para que um cão tenha respeito pela criança é fundamental separar os espaços. Toda vez que inserir uma pessoa nova no espaço dos cães — até mesmo um cão novo —, precisa fazer uma apresentação para que entendam que aquele ser não é uma ameaça, e que você, enquanto líder desse grupo, é a referência. E essa apresentação deve ser feita dando espaço. Nunca apresente uma pessoa ou outro animal para um cão colocando o rosto com rosto, focinho com focinho. Faça sempre de lado e com muito espaço. Pois essa interação de frente, cara a cara, é uma posição muito afrontosa para eles e pode dar muito errado, como quando um cão morde o rosto de uma criança e acontece uma tragédia. Pode dar certo uma vez ou outra, mas acredite, pode dar muito errado!

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