Ser mãe de UTI é uma experiência que deixa marcas profundas. Afinal, ver o filho prematuro na incubadora, muitas vezes conectado a uma série de aparelhos dia após dia, sem saber quando poderá levá-lo para casa… não é uma tarefa fácil. E foi sobre isso que Kailyn Lowry, ex-estrela do reality Jovens e Mães 2, da MTV, falou recentemente em seu podcast “Barely Famous”.
No episódio que foi ao ar no dia 19 de janeiro, Kailyn deu um emocionante relato sobre os desafios que enfrentou na UTI neonatal após a chegada de seus filhos gêmeos - um casal -, que vieram ao mundo cinco semanas antes do previsto, no outono [americano] do ano passado. “Foi realmente assustador”, declarou.
Já mãe de outros cinco filhos - Isaac, 14, Lincoln, 10, Lux, 6, e Creed, 3, frutos de relacionamentos anteriores, e de Rio, que ela e o namorado, Elijah Scott, deram as boas-vindas em 2022 -, Kailyn revelou que o parto dos caçulas foi realizado por meio de uma cesárea, mas que ela não pôde segurar os bebês no colo logo após o nascimento. “Chorei muito. Provavelmente chorei mais com a jornada na UTIN do que com a cesariana”, afirmou, segundo o portal Motherly.
“Já tínhamos vivenciado a UTIN com Rio por alguns dias, mas ele era grande. Ele já pesava 4,5 quilos e voltou para casa logo depois. Então, isso era diferente para nós. Os gêmeos eram muito menores. Eles estavam cinco semanas adiantados. E havia dois deles, então foi realmente assustador. Não consegui segurá-los até o dia seguinte ou 48 horas [depois do parto]”, contou a mãe.
Kailyn contou, ainda, que os gêmeos - cujos nomes não foram divulgados - não passaram apenas alguns dias na UTI neonatal, mas, sim, semanas. E o que deixou tudo ainda mais complicado foi o fato de uma das crianças ter recebido alta antes da outra. “Tínhamos que viajar de um lado para outro, pelo menos uma vez por dia, pelo menos um de nós”, disse Elijah, que participou do episódio do podcast, ao lado da namorada.
A menina - única entre tantos irmãos - foi quem permaneceu mais tempo internada, e Kailyn abordou as dificuldades enfrentadas pela filha enquanto esteve na UTI neonatal. “Nunca tinha visto um bebê na minha vida não acordar para comer ou não mostrar sinais de fome. Ela apenas dormia durante as mamadas. E quando tentei alimentá-la, ela não aceitou a mamadeira”, relatou a mãe, que ficava com o coração apertado, pois via que o filho estava na UTIN pelos mesmos motivos, mas não tinha problemas para se alimentar.
Além disso, Kailyn também ficou muito abalada por ver os gêmeos separados, quando o menino foi para casa antes da irmã, preocupando-se com o vínculo entre eles. “Ela estava longe de seu irmão gêmeo - e nós estávamos longe dela. Quando estávamos em casa, ainda não conseguíamos processar, porque havia muita coisa acontecendo aqui”, afirmou. “Enquanto estávamos em casa com ele, sempre havia alguém com ele, segurando-o e tudo mais”, disse a mãe, destacando o quão estressante foi não ter os dois gêmeos juntos por um período.
Diante desse momento de separação dos bebês, Kailyn disse que tentou tornar a UTIN o mais aconchegante possível para a filha. “Imprimi fotos [e coloquei] na parede da UTIN porque não sabia quanto tempo ficaríamos lá. Queria ter certeza de que seria aconchegante... só não queria que ela ficasse sozinha”, afirmou.
Agora que todos estão em casa, Kailyn se sente mais aliviada: “Sinto que minha experiência de vínculo tem sido muito melhor.” Apesar disso, a ansiedade que os pais viveram depois da experiência de ter os filhos na UTI neonatal não foi embora. “Ainda nem sei se processamos isso”, admitiu a mãe. “Acho que não processei isso até hoje. Fomos ontem ao pediatra e ainda estou muito preocupada com tantas coisas”, acrescentou, observando que “ninguém a preparou” para o que ela viveu.