Escutar o chorinho do bebê após o nascimento traz um sentimento de alívio para os pais, uma vez que os primeiros minutos de vida do recém-nascido necessitam de um monitoramento cuidadoso. Se a sala de parto permanece em silêncio, os médicos, geralmente, ficam em alerta. Mas porque será que o bebê chora ao nascer?
De acordo com o pediatra e neonatologista Paulo Telles, membro da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o choro logo após o nascimento é essencial, pois marca o início de uma importante transição para a vida fora do útero, em que se inicia a respiração pulmonar independente. A partir da chegada do pequeno ao mundo, uma série de transformações ocorrem no corpo do bebê para ajudá-lo a sobreviver.
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O choro é uma maneira do recém-nascido encher seus pulmões de ar, expelir o líquido amniótico que estava dentro deles e ajudar na expansão e abertura do órgão. "É o início da troca independente de oxigênio e gás carbônico pelo bebê, ou seja, ele chora para sobreviver sozinho e iniciar a respiração", explica o médico.
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Quando o bebê não chora
Em algumas situações, o recém-nascido pode nascer sem chorar, o que pode estar relacionado a dificuldades respiratórias. Nesses casos, é importante que os médicos ajam rapidamente para prestar assistência à criança assim que ela nasce, em um momento conhecido como "minuto de ouro".
Segundo Ana Claudia Soares, coordenadora neonatal do bloco cirúrgico obstétrico do Hospital e Maternidade Pro Matre Paulista (SP), em casos de bebês que nascem com baixa vitalidade e depressão respiratória, é fundamental agir rapidamente durante o "minuto de ouro" para oferecer a assistência adequada e ajudá-los a respirar novamente. Dessa forma, esses sessenta segundos são essenciais para salvar a vida do bebê e impedir que ele tenha sequelas futuras, como lesões cerebrais.
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