Amamentação
 
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A amamentação é um processo de aprendizagem e, com o tempo, cada mãe descobre o que funciona melhor para ela e para o bebê. Existem muitas posições diferentes que as mulheres podem testar: tradicional, cavalinho, invertida... A mãe vai aprendendo aos poucos as várias possibilidades, assim ela consegue encontrar, junto com o bebê, qual a ideal. "O mais importante é estar numa posição confortável, de tal forma que consigam ficar relaxados e o processo fluir melhor", diz Márcia Regina da Silva, enfermeira obstetra e consultora em aleitamento da Maternidade São Luiz Star, da Rede D’Or.

Conheça as melhores posições para amamentar para testar com os bebês:

O filme fala de questões ligadas à amamentação com a história de seis mães e seus bebês (Foto: Flickr/ « м Ħ ж ») — Foto: Crescer
O filme fala de questões ligadas à amamentação com a história de seis mães e seus bebês (Foto: Flickr/ « м Ħ ж ») — Foto: Crescer

Tradicional

Mãe usando almofada de amamentação para alimentar o filho — Foto: Freepik
Mãe usando almofada de amamentação para alimentar o filho — Foto: Freepik

Esta é a posição mais famosa, em que o bebê fica no colo de frente para a mãe, barriga com barriga. Veja como fazer corretamente, segundo Márcia da Silva e Fabiola Cassab, membro do IBFAN (Rede Internacional do Direito de Amamentar – International Baby Food Action Network) e uma das fundadoras do grupo virtual Matrice - Ação de Apoio à Amamentação:

  • O corpo do bebê deve ficar na altura da mama, de frente para a mãe, deitado.
  • A barriga do bebê deve encostar na barriga da mãe.
  • O umbigo do bebê também deve estar encostado no corpo da mãe. “Parece um detalhe sem importância, mas, se não estiver assim, atrapalha muito a mamada”, explica Fabiola.
  • O braço de baixo do bebê vai abraçar a mãe.
  • A coluna do bebê deve estar alinhada: se o pescoço estiver dobrado/torto, pode saber que ele está desconfortável.
  • A cabeça do bebê fica apoiada no antebraço da mãe. “Noto que o ideal é apoiar até, no máximo, a metade do antebraço (e não perto do cotovelo)”, diz Fabíola.
  • As almofadas de amamentação ajudam a alcançar a altura correta, mas é possível fazer uma pilha de travesseiros ou almofadas comuns para elevar o bebê.
  • A posição diagonal é uma variação da posição tradicional, mas é ideal para bebês maiores, que, assim, conseguem alcançar a mama: seguindo as mesmas orientações acima, o bumbum do bebê é apoiado na perna da mãe, de modo que ele fica em diagonal em relação ao corpo da mãe.

Apoio cruzado

Apoio cruzado — Foto: Divulgação/Maternidade Star
Apoio cruzado — Foto: Divulgação/Maternidade Star

Semelhante à posição tradicional, está o apoio cruzado. Confira:

  • O corpo do bebê deve ficar na altura da mama, de frente para a mãe, deitado.
  • A barriga do bebê deve encostar na barriga da mãe.
  • A mãe segura a nuca do bebê com uma mão, o antebraço segura o corpo do bebê
  • Com a outra mão ela oferece o peito. "Então, o seio direito vai ser oferecido com a mão direita, por exemplo", diz Márcia da Silva.

Posição invertida

Posição invertida (Foto: Thinkstock) — Foto: Crescer
Posição invertida (Foto: Thinkstock) — Foto: Crescer

É uma boa posição para gemelares, de acordo com Nídia de Castro Bastos, pediatra neonatologista. "Esta é muito usada para o bebê mais sonolento, que ainda não está muito adaptado, ou a mãe não está muito adaptada a oferecer com o bebê de frente. Além de alternar o ponto de atrito, também ajuda a esvaziar bem que a mama no quadrante externo", acrescenta Márcia da Silva. A mãe também consegue descansar mais. Confira o passo a passo:

  • Primeiro deve-se montar uma pilha de mantas ou travesseiros (de um lado só, ou dos dois lados no caso de gêmeos), de modo que o bebê alcance a altura do peito da mulher.
  • O bebê fica debaixo do braço da mãe e o corpo dele corre pela lateral do tronco.
  • A barriga do bebê deve estar voltada para o tronco da mãe.
  • O pescoço do bebê deve estar alinhado – se estiver torto, é sinal de que ele está desconfortável.
  • Mão e braço da mãe servem de apoio para o bebê.
  • Observe se a cadeira comporta essa posição - o bebê precisa de espaço para além das suas costas. O sofá é ideal, assim você tem um encosto confortável.
  • No caso de gêmeos, você vai precisar de ajuda com os recém-nascidos. Alguém vai ter que trazer os dois até você e ajudar a ajustar a posição.
  • Ainda para gêmeos: um pode estar na invertida e outro na tradicional. É preciso que todos estejam bem apoiados.

Cavalinho

Posição cavalinho: de frente para a mama (Foto: Thinkstock) — Foto: Crescer
Posição cavalinho: de frente para a mama (Foto: Thinkstock) — Foto: Crescer

"À cavaleiro, ou cavalinho, é a posição sentadinha, em que a gente coloca a mão na nuca do bebê, que fica sentado no colo, de frente para o peito. Também é uma posição bastante utilizada quando o bebê é mais sonolento, para não dormir tanto", explica Márcia Regina da Silva. Além disso, é uma boa alternativa para prematuros, pois conseguem mamar com mais eficiência: nesta posição, fica mais fácil para o bebê abocanhar a parte de baixo da aréola, essencial para o sucesso da pega.

“No geral, a posição é um pouco mais desconfortável porque a mãe deve segurar a cabeça e o bumbum do bebê durante toda a mamada; ou a cabeça do bebê e a própria mama, no caso de elas serem grandes”, ensina a pediatra neonatologista Nídia de Castro Bastos. “Para quem está com dor ou fissura, geralmente alivia”, completa. Quem quer amamentar gêmeos ao mesmo tempo também é uma ótima opção, podendo deixar cada bebê de um lado. Veja como fazer:

  • O bebê fica sentado, apoiado em uma das pernas da mãe, com as perninhas abertas, e de frente para ela.
  • A mãe deve sustentar o peso da cabeça do bebê, pois ele ainda não tem estrutura para sustentar sozinho a própria cabeça, que é até maior do que o corpo proporcionalmente.
  • O ideal é segurar pela nuca, apoiando nos dedos polegar e médio o ossinho que fica embaixo das orelhas do bebê, fazendo uma resistência de baixo para cima: a ideia é sustentar. “Essa não é uma manobra instintiva, porém é a mais indicada para deixar a pega mais fácil para o bebê”, diz Nídia.
  • Se a mama for grande, pode ser necessário sustentá-la também. Nesse caso, convém pedir ajuda, assim a mãe sustenta a cabeça e a mama, ajustando a pega do bebê, enquanto uma terceira pessoa deixa a mão espalmada e levemente pressionada nas costas do bebê, fazendo às vezes de encosto. Dessa forma, o bebê não curva a coluna - pois ele também não a sustenta ainda.

Deitada de lado na cama

Posição deitada (Foto: Thinkstock) — Foto: Crescer
Posição deitada (Foto: Thinkstock) — Foto: Crescer

"É uma posição segura, porém, no começo, a sugestão é evitar essa posição, principalmente nos momentos em que a mãe estiver sozinha, pelo risco dela adormecer ou desse bebê cair", alerta Márcia Regina. Mas, ainda segundo a especialista, do ponto de vista de amamentação, é uma excelente posição para mamada. "Uma opção é, quando a mãe estiver mais cansada, ela pode fazer com alguém olhando, com uma supervisão, para se sentir mais segura", orienta. Confira:

  • A mãe se deita de lado e o bebê também, de frente para ela.
  • É preciso ajustar a cabeça do bebê para fazer a pega correta, levando-o à mama.
  • Pode ser totalmente na horizontal, sem medo de otite, garantem as especialistas.

As mães devem variar a posição de uma mamada para outra?

"Sim, é interessante porque você rodizia o atrito, o bebê não pega no mesmo ponto e você esvazia melhor a mama fazendo essa oferta variando, por exemplo, da tradicional para a invertida, ou apoio cruzado", diz Márcia da Silva. Mas, ela reforça que isso não é uma regra, a decisão de alternar ou não é completamente da mãe.

"Normalmente, no começo, quando a mulher está nesse processo inicial de aprendizado e ela encontrou uma posição que fez sentido para ela, que foi fácil, eu normalmente sugiro para que ela siga nesta posição até que realmente se estabeleça, se sinta segura, para aí sim, aos poucos, vá experimentando outras posições", destaca.

Como encontrar a melhor posição para cada mãe e bebê?

"É um processo de troca, então, quanto mais confortável e relaxada estiverem, melhor. No começo não é tão fácil, porque a mãe está aprendendo, está ansiosa, quer acertar de primeira, e o bebê também nunca fez isso, então é importante uma atenção nessa fase inicial. Se ela estiver numa boa posição, numa posição relaxada, com certeza vai ser melhor", reforça Márcia da Silva.

Por isso, apenas com os testes que a mãe e o bebê vão descobrir qual é a posição ideal. "A invertida, por exemplo, é uma posição boa para o bebê não dormir tanto, assim como a cavaleiro. O apoio cruzado estimula mais o bebê", afirma. Ou seja, cada uma tem as suas vantagens. "Tem que ser algo bom para a mãe e para o bebê, não tem uma regra, por mais que um profissional possa dar as dicas, as informações adequadas, essa é uma decisão entre mãe e bebê", diz. "A resposta que a mãe precisa buscar é: 'Qual a posição em que eu me sinto mais confortável, mais segura?'", acrescenta.

Amamentação é um aprendizado

Vale destacar que nem todas as posições vão funcionar para todas as mães. "É bem importante entender que a mamada é um processo de aprendizado, que o posicionamento é apenas um dos pilares para uma pega correta, para um padrão de sucção eficaz, mas não é algo que funcione sozinho", afirma Márcia da Silva.

Um bom monitoramento e observação da pega e de como esse bebê suga podem fazer a diferença. "É essencial que a mãe entenda que o processo de amamentação é muito mais amplo que só o posicionamento. O posicionamento é um facilitador, já que, se a mãe está numa posição confortável, se está numa posição correta, é meio caminho andado para uma mamada mais eficaz", acrescenta.

Com o tempo, é esperado que cada mãe encontre a melhor forma para ela e o filho. "Caso tenha dificuldade, busque ajuda, orientação profissional, informações com boa referência e também aceite ajuda da sua rede de apoio. Lembre que é uma construção de aprendizado, então, não é algo que a mãe deve esperar dar certo logo de primeira. Aos pouquinhos, a mãe vai se adaptando e ficando mais autônoma, e mais efetiva na mamada", diz a consultora em aleitamento.

Para ter sucesso com a pega

Veja dicas das especialistas para garantir que o bebê está pegando no seio corretamente durante as mamadas:

  • O bebê deve abocanhar a aréola, e não o mamilo. Isso é importante para evitar machucados.
  • O rosto do bebê deve estar virado para a mama, com a boca o mais aberta possível.
  • Os lábios dele devem estar virados para fora e o queixo, encostando na mama (isso indica que o bebê está conseguindo movimentar a língua de forma a fazer a extração correta do leite).
  • Parece fofo, mas é erro: covinha na bochecha e barulho ao mamar indicam ingestão de ar.
  • Um sinal claro de erro: o bebê vai chorar se não estiver bom para ele.
  • A dor no mamilo é um sinal de alerta. A sensação de pressão (o recém-nascido suga muito forte) é normal nos primeiros dias. Uma dor que começa a incomodar além da conta indica que a pega precisa de correção (use o dedo mindinho para descolar o cantinho da boca do bebê do mamilo). A mama já está machucada? É sinal de pega errada e não é considerado normal acontecer. Procure ajuda.

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