Amamentação
 


Quando a amamentação se transforma em um processo doloroso, é preciso investigar. Afinal, esse quadro pode estar relacionado a diferentes condições. Uma delas é a mastite — uma inflamação nas mamas que, em geral, ocorre quando há acúmulo de leite materno nos ductos. A boa notícia é que, com o tratamento adequado, os desconfortos com aleitamento materno começam a diminuir.

Nesse caso, o acompanhamento profissional é essencial, pois não só garante que o bebê tenha acesso ao leite materno, padrão ouro de alimentação, como também impede a evolução da inflamação para uma infecção generalizada. Para responder às principais dúvidas das mães, a CRESCER conversou com especialistas que comentaram sobre o assunto e deram dicas de como evitar esse tipo de quadro. Confira!

Mastite não impede amamentação — Foto: Getty Images
Mastite não impede amamentação — Foto: Getty Images

O que é mastite?

A mastite é uma inflamação do tecido mamário provocada, frequentemente, por uma infecção bacteriana. Embora seja mais comum em lactantes, o processo inflamatório também pode ocorrer em mulheres que não estão amamentando e, em casos mais raros, em homens.

Quais são as causas da mastite

Grande parte dos casos de mastite ocorre durante a amamentação, normalmente duas ou três semanas após o parto. Um dos principais fatores que podem desencadear a inflamação é a pega incorreta do bebê. A sucção errada pode fazer com que surjam fissuras no tecido do mamilo que acabam se tornando porta de entrada para as bactérias. Bebês com freio de língua curto e usam mamadeiras ou chupetas estão mais propensos a ter a pega incorreta.

Outras causas associadas à mastite estão:

  • Falta de esvaziamento do leite nos seios.
  • Compressão dos seios por sutiãs muito apertados ou bolsas pesadas.
  • Fadiga ou estresse.

Quais são os sintomas da mastite?

Um dos principais sintomas da mastite é uma dor aguda, latejante, que pode piorar durante a amamentação. As mulheres também podem notar uma vermelhidão e inchaço na mama afetada e senti-la quente ao toque.

Entre os outros sintomas estão febre de 38 ºC ou mais, calafrios, fadiga, náusea e vômito. Além disso, o leite materno pode se apresentar pus. Vale lembrar que as lactantes podem ter apenas alguns dos sintomas, enquanto outras podem ter todos eles.

Mastite pode causar pus?

Sim! Esse quadro ocorre quando a infecção progride e se transforma em um abscesso mamário, isto é, uma coleção de pus que se forma nos seios. Quando há um acúmulo de secreção na mama, é necessário fazer uma cirurgia para tirar o abscesso e fazer a drenagem.

Como a mastite é diagnosticada?

A mastite, em geral, é diagnosticada com base na história clínica da paciente, exame físico — para identificar sinais de inflamações como vermelhidão, inchaço, calor e dor — e testes laboratoriais:

  • Leucograma: teste que mede o número de glóbulos brancos no sangue. Um número elevado de glóbulos brancos pode indicar uma infecção.
  • Cultura do leite materno: usado para identificar o tipo de bactéria que está causando a infecção. Isso pode ajudar o médico a escolher o antibiótico certo para tratar a infecção.
  • Ultrassom: usado para visualizar os seios e procurar sinais de abscesso mamário.

Quais são as principais complicações da mastite?

A mastite pode evoluir para quadros graves e, em alguns casos, é necessário retirar parte da mama. Além disso, o processo inflamatório pode levar a uma infecção generalizada fatal.

Há mulheres que são mais propensas a ter esse tipo de quadro?

Sim! Existem alguns fatores que podem aumentar o risco de uma mulher desenvolver mastite, especialmente a mastite puerperal (durante a amamentação). Entre eles estão:

  • Ser uma mãe de primeira viagem.
  • Ter tido mastite no passado.
  • Ter rachaduras ou feridas nos mamilos.
  • Ter seios grandes.
  • Não esvaziar completamente os seios a cada mamada.
  • Tabagismo.
  • Fadiga e estresse.
  • Diabetes.
  • Obesidade.
  • Câncer de mama.

A mastite pode impedir a amamentação?

Em geral, a mastite não interrompe a amamentação. Na verdade, continuar a amamentar o bebê pode ajudar a prevenir o acúmulo de leite nos seios e a progressão da infecção. No entanto, para diminuir o desconforto durante esse momento, é aconselhado:

  • Massagear os seios durante a amamentação.
  • Descansar bastante e beber muitos líquidos.
  • Tomar os medicamentos prescritos pelo médico.
  • Usar sutiãs que se encaixem bem e sejam feitos de material respirável.

Se você estiver com dor intensa, febre alta ou calafrios, pare de amamentar e procure atendimento médico imediatamente.

Tratamento e prevenção

O tratamento da mastite dependerá do tipo de infecção. Em alguns casos, o quadro pode ser resolvido com medidas adequadas de esvaziamento das mamas, pega adequada do bebê e uso de antibióticos. No entanto, às vezes, pode ser necessário drenar um abscesso mamário. Isso é feito por meio de um procedimento chamado incisão e drenagem, ou por meio de uma agulha guiada por ultrassom.

Como é possível evitar esse tipo de quadro?

  • Coloque o bebê corretamente no peito.
  • Respeite a livre demanda (não estabeleça horários rígidos para amamentar o bebê).
  • Amamente com frequência.
  • Esvazie completamente os seios a cada mamada.
  • Varie as posições de amamentação.
  • Mantenha os mamilos limpos e secos.
  • Evite protetores de mamilos que possam abafar os mamilos (absorventes de leite).
  • Mantenha as rotinas ginecológicas em dia (principalmente se houver história de câncer de mama na família).

Fontes: Carolina Curci - Ginecologista e obstetra; Lais Cantanhede, obstetra e ginecologista da clínica Theia e Milca Chade, ginecologista e mastologista

Mais recente Próxima Como saber se o leite materno está sustentando o bebê?
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