No coração do Leblon, a rua Juquiá, conhecida por suas longas calçadas, ganha um novo capítulo na história artística e cultural do bairro. A transformação eleva o local ao status de galeria ao ar livre com a contribuição de diversos artistas da região.
O projeto encabeçado pela construtora Mozak tem o objetivo de trazer cultura e arte ao cotidiano dos moradores e frequentadores do bairro, com a revitalização do antigo espaço da Comlurb, transformado no empreendimento Essência, um centro de expressão artística batizado de Largo do Piva, em homenagem ao saudoso arquiteto André Piva.
Diversos artistas foram convidados a convergir suas inspirações criativas para reimaginar a calçada e as galerias ao redor, ressaltando a energia vibrante do Leblon.
Sob a curadoria da arquiteta Vanessa Borges, ex-sócia de Piva, o projeto une diferentes formas de expressão, desde o paisagismo de Rodrigo Oliveira nos brises da fachada e varandas, e o de Wabi-Sabi, responsável pelo Jardim Nossa Essência na calçada, além da luminotécnica de Maneco Quinderé e Christina Draeger.
“A ideia é presentear os moradores e frequentadores da cidade com um novo polo artístico e cultural. Os nomes que integram o projeto levarão beleza, provocação, utilidade e vida ao local. Queremos que o Essência se transforme em uma referência para o bairro, um lugar de encontros e admiração”, afirma Isaac Elehep, presidente da Mozak.
A intervenção vai além da galeria ao ar livre. As calçadas foram redesenhadas pelo coletivo MUDA, com uma nova paginação que convida as pessoas a se aventurarem por seus caminhos geométricos.
Marina Caverzan e Marina Rodrigues são responsáveis por um bicicletário e uma escultura interativa, enquanto Vanessa Borges concebeu bancos e canteiros em formatos orgânicos, tornando o espaço ainda mais convidativo para momentos de contemplação e interação.
“O calçadão ressignifica o entorno. Ao passar, você vive a obra. Ela estabelece relação entre quem passa e o espaço. O ritmo no chão, os caminhos geométricos e a interação com os objetos urbanos e as árvores, o passar do trânsito e o das pessoas. São muitos trajetos pelos quais se dobra o quarteirão”, destaca Bruna Vieira, do Coletivo MUDA.