Urbanismo

Por Rosana Ferreira

No coração do Leblon, a rua Juquiá, conhecida por suas longas calçadas, ganha um novo capítulo na história artística e cultural do bairro. A transformação eleva o local ao status de galeria ao ar livre com a contribuição de diversos artistas da região.

Fachada do edifício Essência, da construtora Mozak, no Leblon, construído no antigo espaço da Comlurb — Foto: Pedro Mascaro / Divulgação
Fachada do edifício Essência, da construtora Mozak, no Leblon, construído no antigo espaço da Comlurb — Foto: Pedro Mascaro / Divulgação

O projeto encabeçado pela construtora Mozak tem o objetivo de trazer cultura e arte ao cotidiano dos moradores e frequentadores do bairro, com a revitalização do antigo espaço da Comlurb, transformado no empreendimento Essência, um centro de expressão artística batizado de Largo do Piva, em homenagem ao saudoso arquiteto André Piva.

A obra “Maresia em Azuis”, de Camilo Portugal, um exercício revisionista, ancorado no resgate de dois elementos essenciais da nossa cultura, o barro e o mosaico, convidando à reflexão sobre a essência e a identidade cultural do Rio de Janeiro — Foto: Pedro Mascaro / Divulgação
A obra “Maresia em Azuis”, de Camilo Portugal, um exercício revisionista, ancorado no resgate de dois elementos essenciais da nossa cultura, o barro e o mosaico, convidando à reflexão sobre a essência e a identidade cultural do Rio de Janeiro — Foto: Pedro Mascaro / Divulgação

Diversos artistas foram convidados a convergir suas inspirações criativas para reimaginar a calçada e as galerias ao redor, ressaltando a energia vibrante do Leblon.

Sob a curadoria da arquiteta Vanessa Borges, ex-sócia de Piva, o projeto une diferentes formas de expressão, desde o paisagismo de Rodrigo Oliveira nos brises da fachada e varandas, e o de Wabi-Sabi, responsável pelo Jardim Nossa Essência na calçada, além da luminotécnica de Maneco Quinderé e Christina Draeger.

"Bicicletários Cósmico e Prima" se destacam pela estética visual e escultórica baseados na pesquisa de Marina Caverzan — Foto: Pedro Mascaro / Divulgação
"Bicicletários Cósmico e Prima" se destacam pela estética visual e escultórica baseados na pesquisa de Marina Caverzan — Foto: Pedro Mascaro / Divulgação

“A ideia é presentear os moradores e frequentadores da cidade com um novo polo artístico e cultural. Os nomes que integram o projeto levarão beleza, provocação, utilidade e vida ao local. Queremos que o Essência se transforme em uma referência para o bairro, um lugar de encontros e admiração”, afirma Isaac Elehep, presidente da Mozak.

O totem "Consciência", de Linda Lerner, é um convite para sair do cubo, observar-se, expandir a percepção do ser eterno e se conectar com a sua essência — Foto: Pedro Mascaro / Divulgação
O totem "Consciência", de Linda Lerner, é um convite para sair do cubo, observar-se, expandir a percepção do ser eterno e se conectar com a sua essência — Foto: Pedro Mascaro / Divulgação

A intervenção vai além da galeria ao ar livre. As calçadas foram redesenhadas pelo coletivo MUDA, com uma nova paginação que convida as pessoas a se aventurarem por seus caminhos geométricos.

Marina Caverzan e Marina Rodrigues são responsáveis por um bicicletário e uma escultura interativa, enquanto Vanessa Borges concebeu bancos e canteiros em formatos orgânicos, tornando o espaço ainda mais convidativo para momentos de contemplação e interação.

A obra "Portal para Sonhar", de Marina Rodrigues, feita de lâminas de metal, propõe, com encaixes e da entrada de luz, jogos de equilíbrio e frestas para respirar. Para a calçada, o Coletivo MUDA revisitou o piso feito de pedra portuguesa, um tipo de pavimentação trazida ao Rio e que, aqui, tornou-se um elemento da identidade carioca conectada diretamente com a memória afetiva da cidade — Foto: Pedro Mascaro / Divulgação
A obra "Portal para Sonhar", de Marina Rodrigues, feita de lâminas de metal, propõe, com encaixes e da entrada de luz, jogos de equilíbrio e frestas para respirar. Para a calçada, o Coletivo MUDA revisitou o piso feito de pedra portuguesa, um tipo de pavimentação trazida ao Rio e que, aqui, tornou-se um elemento da identidade carioca conectada diretamente com a memória afetiva da cidade — Foto: Pedro Mascaro / Divulgação

“O calçadão ressignifica o entorno. Ao passar, você vive a obra. Ela estabelece relação entre quem passa e o espaço. O ritmo no chão, os caminhos geométricos e a interação com os objetos urbanos e as árvores, o passar do trânsito e o das pessoas. São muitos trajetos pelos quais se dobra o quarteirão”, destaca Bruna Vieira, do Coletivo MUDA.

Obra "Ação em Juquiá", de Ana Biolchini, são pés feitos um a um em um ritual de silêncio e inteireza em contato direto da argila com a pele da artista ou a de outra pessoa — Foto: Pedro Mascaro / Divulgação
Obra "Ação em Juquiá", de Ana Biolchini, são pés feitos um a um em um ritual de silêncio e inteireza em contato direto da argila com a pele da artista ou a de outra pessoa — Foto: Pedro Mascaro / Divulgação
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