A Pseudosasa japonica, mais conhecida como bambu metake ou bambu japonês, é originária do Japão, China e Coreia. É considerada uma das espécies mais populares de bambu ornamental no Brasil, especialmente, em regiões de clima mais ameno.
"O bambu é frequentemente associado à resistência, à flexibilidade e ao crescimento. No Japão, é considerado um símbolo de prosperidade e longevidade", afirma a arquiteta paisagista July Franchesca Dallagrana.
Uma das principais característica da espécie são as folhas grandes e largas, com crescimento vigoroso. Suas hastes costumam ser retas, podendo atingir até 5 metros de altura, o que torna a planta uma boa opção para formar cercas-vivas em jardins.
![A Pseudosasa japonica é mais conhecida como bambu metake ou bambu japonês — Foto: Wikimedia / KENPEI](https://cdn.statically.io/img/s2-casaejardim.glbimg.com/2XSHjWlPm85e7D9eI5ccFpJP4C4=/0x0:1400x1867/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_a0b7e59562ef42049f4e191fe476fe7d/internal_photos/bs/2024/I/N/z0aoASQPuC0WwN9XX4Hw/pseudosasa-japonica.jpg)
"Devido ao seu desenvolvimento, a espécie também funciona como uma ótima barreira acústica e atua contra correntes de ar e poeira", destaca André Possolli, proprietário do garden center Casa das Plantas, em Curitiba (PR).
Outra característica marcante é a fluidez do bambu japonês quando ele se movimenta com o vento. “O som resultante pode ser traduzido em um espaço de tranquilidade e conexão”, comenta July.
Cultivo e cuidados
Idealmente, o bambu japonês prefere sol pleno, podendo acostumar-se à meia-sombra. O plantio deve ser feito em solo bem drenado e rico em matéria orgânica, preferencialmente, na primavera, quando as temperaturas estão mais amenas.
Além de jardins, ele também pode ser cultivado em vasos, desde que o recipiente seja grande o suficiente para comportar o desenvolvimento saudável das raízes. “Embora possa ser cultivado dentro de casa, é importante fornecer luz adequada e espaço para seu crescimento, já que algumas variedades podem atingir alturas consideráveis”, diz July.
![A Pseudosasa japonica é uma das espécies de bambu mais comuns no Brasil — Foto: Plantnet / Thierry S. / Creative Commons](https://cdn.statically.io/img/s2-casaejardim.glbimg.com/wcKzNzKkQG48v67pbzQ_A3STmgs=/0x0:1400x1867/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_a0b7e59562ef42049f4e191fe476fe7d/internal_photos/bs/2024/2/j/l3zH1LSVCntjHk7qyEzw/pseudosasa-japonica2.jpg)
A espécie prefere solo levemente úmido, portanto, a rega frequente é essencial. A adubação com fertilizante balanceado durante a primavera e o verão ajuda a promover um crescimento saudável. O bambu também aguenta bem o vento, mas correntes de ar muito fortes podem danificar as suas hastes.
Apesar de ser resistente a pragas, pode ser afetado por ácaros, cochonilhas e pulgões. Por isso, é importante manter inspeções regulares a fim de acelerar a detecção e o tratamento. A poda é interessante para controlar o crescimento e conter a vegetação, que pode se tornar facilmente invasiva.
Espécie exige atenção
O bambu japonês costuma propagar-se espalhando sementes com o próprio vento. A multiplicação da espécie se dá por meio da divisão de "raízes", na realidade, rizomas. Mas atenção: "Não há limites quando o assunto é o desenvolvimento dos rizomas, eles podem invadir beiradas de piscinas, entrar por tubulações, estragar gramados e chegar às casas vizinhas", alerta André.
De acordo com o paisagista, o bambu japonês pode até ser uma ameaça para outras espécies existentes no jardim devido à vigorosa expansão do rizoma, que interfere no progresso de outras plantas. Além disso, removê-lo da propriedade pode ser um processo lento e trabalhoso.
“Sua massa e rizoma são extremamente fincadas no solo e se multiplicam com tamanha facilidade que voltam a todo momento. Por essas razões, ao planejar seu uso no paisagismo é importante considerar o crescimento vigoroso, posicionando a espécie em grandes áreas e espaços mais abertos”, orienta.