Nem sempre a opção mais conhecida é a melhor. Na hora de planejar ou reformar áreas molhadas, é importante ter em mente a precisão entre funcionalidade e beleza, o que deve garantir a durabilidade do material escolhido e o bem-estar dos moradores.
O azulejo é um dos candidatos mais conhecido, justamente por equilibrar a variedade de cores com a função de proteger as paredes da umidade. Ainda assim, para quem não gosta do acabamento ou já cansou dele, existem dezenas de opções para todos os tipos de bolso, como explica a arquiteta e designer de interiores Martha Franco. "Nas áreas molhadas, em especial, no banheiro, podemos usar a pintura epóxi, a pastilha de vidro, o porcelanato, o mármore, o granito e até o ladrilho hidráulico", sugere.
Na hora de dividir o banheiro em materialidades, entretanto, a arquiteta Andreia Marchionno recomenda cuidado: "Dentro do boxe, o banheiro pede um revestimento parecido com azulejo ou porcelanato. Na área externa já é possível aplicar outros artifícios".
O uso de ladrilho hidráulico dentro do boxe, por exemplo, não é recomendado por Andreia, pois a peça não envelhece bem. "Do lado de fora, pensar em um rodapé mais alto por conta da limpeza e, se for aplicada tintas, precisam ser laváveis por conta do vapor e da durabilidade", sugere.
Este banheiro 👆 é um exemplo de que abusar das cores de porcelanato permite abdicar dos azulejos, que, antes, eram mais usados pela sua variedade de estilos.
Segundo Martha, inclusive, o material vem sendo mais aplicado que os convencionais. "Temos diversos tamanhos, desde os menores àqueles que parecem uma chapa de mármore, o que facilita a instalação. Além disso, o porcelanato tem uma composição mais densa do que o azulejo. Sua queima é feita em uma temperatura maior, tornando-o mais resistente e com menos absorção de água", explica.
Ao considerar a limpeza diária (especialmente nas áreas mais altas) e a possível necessidade ou vontade de reforma, os azulejos acabam por não ser as melhores opções para todos os banheiros, como explicam Raphael Martins e Gabriel Galera do Martins Galera Arquitetura. A dupla, neste caso, sugere a pintura.
"Os revestimentos garantem maior resistência para áreas de contato direto com a água, mas tendem a ter um custo mais elevado, tanto na hora da compra como para eventuais reformas ou manutenções. A pintura é uma alternativa mais dinâmica, tem manutenção facilitada e rápida, além de garantir uma estética mais limpa sem os rejuntes", observam.
A pintura epóxi pode ser uma opção resistente e de fácil manutenção, porém, segundo Martha, é mais escorregadia e deve ser escolhida para as paredes ou área externa do boxe.
Materiais como o mármore ou o granito são geralmente mais caros, porém evocam classe e muito charme ao banheiro. Para Martha, ainda é possível equilibrar os valores em caso de optar por peças nacionais.
"A mão de obra para instalação do mármore e do granito também é específica, por isso, outra opção é o ladrilho hidráulico, uma peça retrô não rejuntada. A única preocupação é tomar cuidado com os excessos", complementa a arquiteta.
Se a busca é por um banheiro fora do óbvio, pensar além dos revestimentos clássicos pode ser uma boa escolha. "Existem muitas outras opções para banheiros, como o deque de madeira, um banheiro com sauna ou piso que lembre vestiários de piscina. É até possível o usar o seixo e diversas pedras que trazem um visual de férias e spa", finaliza Martha.