A influenciadora digital Caroline Haddad com 168 mil seguidores no Instagram (até o momento que a matéria foi escrita) mora num condomínio em Campinas, em São Paulo, onde tem uma casa com o quintal grande para seus quatro cachorros: Sixa, Pirulito, Iara e Sorte.
Desde pequena, Caroline desejava ter cachorros, mas, por morarem a apartamento, os pais não deixaram durante sua infância. Diziam que um espaço pequeno não era o ideal para um animal. Ela cresceu e mudou-se para Goiânia (GO), onde o namorado da época, sabendo do seu desejo, adotou a salsicha Iris, que ficou conhecida como Sixa, sua alma gêmea.
Além de dividir o tempo entre carreira, família e os animais, durante a pandemia a modelo criou o projeto social AMARmita, com o objetivo de distribuir comida para pessoas em vulnerabilidade social. As doações ocorrem todo sábado no centro de Campinas.
A influenciadora é adepta da adoção de animais e defende a causa. “Todo mundo uma vez na vida deveria adotar um bicho para entender o que é o amor, o reconhecimento e a gratidão de um bicho adotado. Eu convivo com outros bichinhos de parentes, de amigas, de vizinhos que foram comprados e que são maravilhosos, mas a energia, a troca e a gratidão é diferente de um bicho adotado”, diz. Ela conta, inclusive, que sonha em adotar também uma criança.
Sixa, a alma gêmea
A pequena adora usar roupas e tem uma gaveta só dela no armário da tutora. Após o banho, a cachorra fica esperando na frente do cômodo para ser vestida. “Quando está muito calor, eu geralmente tiro a roupinha, mas quando qualquer visita chega aqui em casa e ela está sem roupa, a Sixa desce e fica na frente da gaveta para eu colocar, depois fica desfilando, como se quisesse que as pessoas falassem: aí que linda”, conta Caroline.
“A Sixa é uma parceira fora de realidade. Os outros que são maiores ficam no quintal, não ficam dentro de casa como ela. A gente acaba tendo uma proximidade maior com ela pelo porte e por ficar dentro de casa”, explica a tutora.
A história de Sixa começou na época em que a influenciadora morava com um namorado em Goiânia (GO). Ele, sabendo do desejo dela por cachorros, decidiu ir a um canil. Quando chegou lá, apenas uma salsicha havia sobrado. Os outros filhotes tinham sido todos vendidos e a que sobrou estava com cinco meses, ninguém queria pegá-la. O dono do lugar acabou doando o cão para o namorado que o deu de presente para Caroline.
“A salsicha é a minha alma gêmea, como se fosse parte de mim. A gente se entende pelo olhar e somos muito grudadas”, conta Caroline.
Pirulito, o protetor
Após cinco anos da adoção da Iris, Caroline estava morando em uma casa grande com o marido e ficou sabendo de um pitbull que seria sacrificado em Petrolina (PE). “Ele estava vivendo em subcondições e o criador não tinha condições de cuidar, porque a ninhada era encomendada e o que sobrou seria sacrificado”, conta. Depois da apelação dela para adotá-lo ser atendida, o cachorro viajou de caminhão até São Paulo.
O pitbull recebeu o nome de Israel e o apelido de Pirulito. Desmistificando a fama de agressividade da raça, a tutora conta que o pet é protetor, manso e carinhoso. Quando um animal ferido cai no quintal, Pirulito fica com ele até ser atendido e não deixa Sorte ou Iara chegarem perto.
Iara, a pequena pônei
Iara é um pastor alemão de 1,86 m de comprimento com uma boca grande que facilita no seu hobby favorito: caçar pássaros. “Ela já me trouxe um gambá morto na minha cama de presente, lagarto, passarinho e pombinha mortos”, compartilha Caroline.
Após um ano da adoção de Pirulito, Caroline continuou acompanhando algumas ONGs de Campinas e viu uma postagem sobre uma cachorra que tinha sido amarrada e jogada para morrer num terreno e estava sobrevivendo comendo as próprias fezes.
“Eu vi a foto dela e fiquei apaixonada. Nesse dia, estava trabalhando em Vitória (ES) e liguei para o meu marido: pelo amor de Deus, vai atrás dessa cachorrinha, porque eu senti que ela tem que ser nossa. Ele foi atrás da ONG e a resgatou”, relembra.
Sorte, a sociável
“Não queríamos mais cachorros, mas ela escolheu o meu marido e a nossa casa. A Sorte ficou do lado de fora até a gente abrir a porta e deixá-la entrar. Quando ela entrou, se deu super bem com meu pitbull, a dog alemão e a salsicha”, conta.
O encontro aconteceu quando o marido da Caroline foi correr 8 km e encontrou uma vira-lata na estrada, que começou a acompanhá-lo até o condomínio e permaneceu na garagem do casal. A tutora acredita que ela foi abandonada.
A história mais engraçada com a Sorte aconteceu no lago do condomínio. Quando viu os gansos, se desprendeu da coleira e pulou na água, passando um longo tempo nadando atrás das aves. “Todo mundo em volta do lago ficou olhando e ninguém conseguia fazer nada. Meu marido teve que tirar a roupa, ficar de cueca e pular no lago do condomínio na frente de todos para ir atrás dela no meio do lago para resgatar a bichinha. Foi o maior mico”, relembra Caroline.