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Resíduos
agroindustriais
aula 1
Prof. Adriana Dantas
UERGS – Caxias do Sul
Introdução
• Resíduos de alimentos e sua industrialização
• Subprodutos de resíduos de alimentos
• Tipos de resíduos de alimentos
• Fontes e utilização de alimentos
• Bioutilizaçao dos resíduos
• Tratamentos de resíduos não renováveis
Resíduos
• Na industria de alimentos são conhecidos como ‘resíduos’,
parte da matéria-prima não utilizadas no processamento do
produto principal.
• Matéria-prima mão aproveitada para a elaboração do produto
alimentício e como subproduto.
Classes de subprodutos
• Tradicionais – elaborados no material sobrante
do produto principal:
leite (manteiga, queijo, etc..);
carnes (embutidos, defumados, etc..)
• Esporádicos – poderão sofrer ou não
transformações.
Aplicação de subprodutos de
resíduos de alimentos
• Na alimentação humana
• Na alimentação animal
• Na agricultura
• Na medicina
• Diferentes fins
Alimentação humana
• Álcool; bebidas fermentadas não alcoólicas; caldas e xaropes;
complexos protéicos; farinhas; geléias; gelatina; gorduras
hidrogenadas; margarina; óleos comestíveis; óleos essenciais;
patês; adstringentes; coalho; enzimas proteolíticas; pectina;
pigmentos; vinagre; etc.
Alimentação animal
• Farelinho e remoído
• Farinhas de ossos; marisco, peixe, ostra
• Gorduras não comestíveis pelo homem
• Melaço de cana
• Soro de leite
• Suplemento cálcico e protéico
• Tortas oleaginosas e de frutas
Agricultura
• Águas residuais de digestores
• Resíduos de casca de ovo
• Resíduos de cinzas de ossos
• Resíduos empregados na alimentação
• Resíduos de matadouros
• Resíduos orgânicos
• Bagaços esgotados de cana
• Tortas em bruto de sementes e de frutas
Medicina
• Ácido nucléico
• Adstringentes
• Albuminas e peptonas
• Cafeína
• Colecistocinina
• Complexo protéico (plasma sanguínea)
• Complexo B
• Diurético
• Enzimas proteolíticas
• Extrato de órgãos
• Hesperidina
• Sais biliares
• Terebintina
• Vermífugo
• Vitaminas A e D
Diferentes fins
• Amuleto
• Botões
• Pentes
• Tapetes
• Calçados
• Cintos
• Tapetes
• Cola e material plástico
• Colchões e travesseiros
• Escovas
• Graxa
• Velas
Medicina
• NA industria farmacêutica, numerosas
substâncias químicas são retiradas de vegetais,
animais e convertidas em subprodutos de
emprego terapêutico.
• Além de uso via bucal, inúmeros subprodutos
com objetivo medicinal, tem uso tópico;
manteiga para queimaduras leves e reabsorção
de hematomas; toucinho para feridas causadas
por moscas varejeiras.
Medicina
• De origem vegetal
• Cafeína ( envoltório e cascas de sementes de café)
• Complexo B – capa de aleurona de certos cereais
• Hesperidina – cascas de cítrico
• Terebentina – cascas de manga
• Ergotina – esporão de centeio
Medicina
• Estigma de milho – diurético
• Mesocarpo e casca de romã – adstringente
• Sementes de abóbora – vermífugo
• Bagaço de cítricos ou vegetais ricos em celulose –
anticonstipantes
• Casca de limão, laranja – antitérmicos e antigripais
Medicina
• Da carne
• De aparas de carnes e resíduos protéicos – isolam-se albuminas,
peptonas, concentrados protéicos.
• Carne de peixe – extraída a estreptogenina (regulador protéico);
vigneron (fator de crescimento)
• Músculos de animais – ATP (adenosina trifosfato) – pesquisas sob
ação muscular e estudo na área molecular
Medicina
• De ossos e cartilagens
• Tíbias de bovinos – farinha de osso purificada – alto teor cálcio-
fosforo, em alimentos infantis
• Ossos de vitela - elementos de reparação plástica, substitutos de
tecidos, reconstituição óssea
• Cartilagens – implantadas em lugar de ossos faciais
Medicina
• De órgãos
• Estomago – renina, pepsina(alimento infantil) e mucina(ulceras)
• Intestinos – duodeno – vitaminas B12 (anemia); - segmento
ceco-pilórico – proteases, tripsina.
• Fígado – glândula hepática se extrai medicamento para
transtornos hematopoiéticos (anemia)
• Vesícula biliar – extraída a colecistoina
• Pâncreas – tripsina (transtornos digestivos, lesões necróticas,
ulceras), quimotripsina (digere tecidos necrosados) e amilase,
insulina (controle da glicemia)
• Coração – antígenos (tratamentos de sífilis) – coração do atum e
peixe espada
• Pulmões – heparina isolada do pulmão e do fígado –
enfermidades cardiovasculares
• Medula espinhas – hormônios sexuais, colesterol
Medicina
• De origem animal – Do sangue
• Isolados aminoácidos, como caseína – períodos pós-operatório
• Plasma sanguínea dessecado – dietoterápica, complemento
protéico
• Albumina purificada – diversas aplicações (alimento, meios de
cultura de tecidos, determinar fator Rh, estabilizador de
vacinas, culturas microbianas, etc..)
• Fibrinogênio e gamaglobulinas – pesquisas
• Albumina cristalizada de boi – proteína padrão em pesquisas
• Potrombina – produzida a cortisona e outros esteróides
• Plasma de peixe - Esteróides como a cortisona principalmente
Salmão
Tipos de resíduos de alimentos
• Resíduos ‘in natura’Resíduos ‘in natura’
Aqueles que permanecem em seu estado natural e que assim
são utilizados, em sua totalidade ou parcialmente.
Ex.: frutas refugadas, determinadas folhas, pendões de cana e
outros
Tipos de resíduos de alimentos
• Resíduos resultantes do beneficiamento deResíduos resultantes do beneficiamento de
alimentosalimentos
Os resultantes do beneficiamento de alimentos,
surgem durante o preparo destes, para a sua
conversão em produtos alimentícios. Pertencem
a este tipo, os resíduos que não se integram aos
produtos como seus componentes e que por
esse motivo necessitam serem deles excluídos.
Ex.: aparas de vegetais; certas sementes; cascas
e centros de frutas; palhas e sabugos de milho.
Tipos de resíduos de alimentos
• Resíduos eliminados durante o processamentoResíduos eliminados durante o processamento
de alimentosde alimentos
Este tipo de resíduo é eliminado dos alimentos
durante o seu processamento e, por estratégias
tecnológicas se tornam subprodutos.
Ex.: melaço, tortas (originadas das sementes de
frutas e leguminosas), bagaços ( da extração
para obtenção de sucos), farelos e germens (da
moagem de cereais e de leguminosas), etc..
Tipos de resíduos de alimentos
• Resíduos de alimentos já processadosResíduos de alimentos já processados
Esses resíduos tem características próprias de serem parte do
produto terminado, isto é, são resíduos já prontos.
Ex.: resíduos de subprodutos impróprios ao comércio ou ao
consumo humano destinado a outros fins.
Resíduos vegetais
• ‘‘In natura’In natura’
Vegetais refugados – em entrepostos, mercados e centros de
produção (colheitas excessivas ou encalhadas)
• Convertidas em subprodutos
Ex.: Frutas refugadas – na industria de enlatados, na produção
de sucos, de vinagre e aguardente, de doces secos e
cristalizados
Resíduos vegetais
• Laranjas destinadas a exportação e separadas nas ‘packing
houses’, por irregularidades de forma, tamanho, aspecto –
indústria de sucos, vinagre, xaropes e outras.
• Limões não deteriorados, porém refugados – elaboração de
sucos
• Outras frutas – ameixas, maças, figos, etc....
Resíduos vegetais
• FolhasFolhas
Utilizadas em pratos exóticos
Alimentação de índios
Bebibas fermentadas
• Vegetais pigmentadosVegetais pigmentados
cenoura – carotenóides
beterraba – antocianina
espinafre e ervilha – clorofila
tomate – licopeno
diversas frutas (jabuticaba, jenipapo, pitanga)
Subprodutos de cascas e
centros de frutas
• Abacaxi – bebidas fermentadas – álcool – vinagre – calda pata
compota de abacaxi
• Maçã – geléias – vinagre
• Pêra – Caldas para adicionar em conservas de pêra e consumo de
mesa
• Amêndoas – álcool neutro para fortificar bebidas
Sementes e caroços de
frutas
• Principal subproduto – óleo
Sementes de uvas – procedentes da fabricação de vinhos ou
de passas
Damasco, de cerejas, de ameixas,pêssegos – óleo comestível
Resíduos animais
• Surgidos durante o preparo, para as diferentes qualidades de
consumo:
durante o beneficiamento de leite
da carne de animas abatidos
• Cartilagens
• Ossos e tendões
Resíduos animais
• O maior contingente de resíduos de alimentos
animais é justamente formado pelos que
decorrem dos processos de beneficiamento.
• Nos animais de corte, sua carne e órgãos são
separados de imediato para consumo humano;
outras partes, surgidas do beneficiamento, são
usadas para ração animal e para outros
empregos.
Farinhas empregadas na alimentação de
aves e de porcinos, excelentes fontes de
nutrientes protéicos e minerais
• Farinhas de ossos
• Farinha de sangue
• Farinha de carne
• Farinha de carne e ossos
• Farinha de penas
• Farinha de aves
• Farinhas de animais mamíferos
• Farinha de peixe
Agricultura
• Impróprios para alimentação e para aproveitamento em
outros setores, só servindo para fabricação de adubos.
VALORIZAÇÃO INTEGRAL DA
BIOMASSA
• O conceito do uso de fontes renováveis está implicitamente
conectado com a idéia de Valorização Integral, destacando a
importância do uso completo do produto entregue pela
natureza (agricultura)
Resíduos agroindustriais
Resíduos agroindustriais
Resíduos agroindustriais
Resíduos agroindustriais
Resíduos agroindustriais
Resíduos agroindustriais
Resíduos agroindustriais
Resíduos agroindustriais
Principais resíduos usados como
fertilizantes (direta ou indiretamente):
• De origem vegetalDe origem vegetal
Adubo vegetal
Cascas de frutas
Farelinho
Tortas de sementes e frutas oleaginosas
Bagaço esgotado de cana
Resíduos vegetais secos ou submetidos as fermentações
Principais resíduos usados como
fertilizantes (direta ou indiretamente):
• De origem animal
• Sangue de matadouros
• Pescado deteriorado
• Farinha de osso
• Cinzas de ossos
• Cascas de ovos
• Estrumes animal de curral e de matadouros
Outras finalidades
• Cascas de nozes – combustível, pós de uso industrial,
fabricação de plástico, espessante, de capa de
revestimento de parede, inseticidas
• Sementes de uvas – industriais de sabões, tintas
• Cascas e centros de uvas – tanino
• Pedúnculo de uva – tartarato de potássio (cremor
tártaro)
• Semente e cascas de tomates – purê, extração de óleos
• Caroços de frutas – carvão, óleos fixos (amigdalina,
glicose e ácido cianídrico), graxa e sabão.
• Óleo de amêndoas amargo, agente farmacêutico, doces
e bolos
UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS AGRO-INDUSTRIAIS EM
PROCESSOS BIOTECNOLÓGICOS COMO PERSPECTIVA
DE REDUÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL
• A crescente preocupação com o meio ambiente vem
mobilizando vários segmentos do mercado. Inúmeros órgãos
governamentais e indústrias estão se preparando para aplicar
uma política ambiental que diminua os impactos negativos à
natureza.
• Resíduos sólidos diferenciam-se do termo lixo
porque, enquanto este último não possui
nenhum tipo de valor, já que é aquilo que
deve apenas ser descartado, aqueles
possuem valor econômico agregado, por
possibilitarem reaproveitamento no próprio
processo produtivo.
• Além de criar potenciais problemas
ambientais, os resíduos representam perdas
de matérias-primas e energia, exigindo
investimentos significativos em tratamentos
para controlar a poluição.
Implementação de transformação de
resíduos de industrias de vegetais:
• transformação de resíduos em ingredientes para a indústria
de sucos e panificação;
• bioconversão destes resíduos por fermentação em estado
sólido, sendo que, neste caso, os resíduos foram usados como
substratos para a produção de aroma de frutas;
• uso dos resíduos como bioadsorvente em tratamento de
resíduos.
Bioutilização de resíduos
• Fermentação da palha de trigo pelo Chaetomium
cellulolyticum - incremento no teor protéico e produção de
biomassa
• Biorreator para ser utilizado no enriquecimento protéico da
polpa de beterraba pelo Trichoderma viride.
• Produção de ração animal pela fermentação de sagu pelo
Rhizopus oligosporus
Bioutilização de resíduos
• Sargantanisis et al. (1993) - produção de Rhizopus
oligosporus em farinha de milho obtiveram
rendimento de 0,6g biomassa.g-1 de produto seco.
• Yang et al. (1993) - enriquecimento protéico de
resíduos de batata doce através de vários
microrganismos, teor de umidade do substrato em
torno de 70%,os microrganismos que
apresentaram melhor desempenho Saccharomyces
e o Rhizopus. Os incrementos em teor protéico
obtidos foram de 3,2 para 8,4 e 18,5%,
respectivamente.
Bioutilização de resíduos
• Zvauya e Muzondo (1994) - enriquecimento
protéico da farinha de mandioca através de
algumas variedades de Aspergillus. Teores de
umidade acima de 55,0% e concentração de
inoculo acima de 107 esporos.g-1.
• Joshi e Sandhu (1996) - ração animal através da
fermentação da polpa de maçã residual de
indústria de suco por Saccharomyces cerevisiae,
Candida utilis e Torula utilis. Incremento no teor
protéico de 5,80% para 16,80; 18,50 e 15,57%
para cada microrganismo utilizado,
respectivamente.
Bioutilização de resíduos
• Pelizer (1997) - resíduos da indústria de beneficiamento do
arroz para a produção de bioinseticida a base de Bacillus
thuringiensis.
No processamento de arroz, desde a colheita até o
beneficiamento, podem-se destacar os seguintes
subprodutos e resíduos: palha de arroz, soca ou soqueira,
casca, farelo e quirela (ou quirera), que podem ser
considerados resíduos com grande potencial de utilização
como substratos.
A bioutilização dos rejeitos industriais para a produção de
bioinseticidas pode ser considerada muito importante, pois
ao mesmo tempo em que significa uma solução para as
indústrias, este produto não causa danos ao meio ambiente
e pode ser utilizado na agricultura que fornece matérias-
primas para produção das mesmas.
Bioutilização de resíduos
• Bravo et al. (2000) - produção de poligalacturonase (enzima
amplamente usada na indústria de alimentos, tais como as de
sucos de frutas, vinhos, cacau e café) utilizando-se o caldo de
cana (resíduos da indústria de sucro-alcoleira).
• Coelho et al. (2001) - resíduos da indústria de coco verde para
a produção de enzimas.
Bioutilização de bagaço de cana-de-açúcar
• Diferentes sistemas de fermentação em estado sólido –
suporte inerte para produção de penicilina utilizando o
Penicillium chrysogenum.
• Produção de biomassa protéica de Trichoderma reesei e
Rhizopus (cultura mista) em fermentação submersa.
• Produção de alcalóides pela Claviceps purpurea por
fermentação em estado sólido.
• Produção de mais de 2 milhões de toneladas de bagaço de
cana-de-açúcar como resíduo agro-industrial. Esse material
enriquecido com proteína microbiana através da fermentação
em estado sólido pode ser utilizado como ração animal.
• Produção de proteína,para utilização em ração animal, através
do Chaetomium cellulolyticum. Conteúdo de proteína inicial do
bagaço era 2% e no produto final de 8,65% mínimo exigido
para ração de ruminantes (7%).
SILAGENS ALTERNATIVAS DE
RESÍDUOS AGRO-INDUSTRIAIS
• A ensilagem, como técnica de conservação de
forragens, tem sido largamente utilizada em
propriedades rurais como estratégia de reserva
forrageira para períodos críticos ou mesmo para
uso contínuo na alimentação animal.
• O uso de silagem ou mesmo de feno, contribui
significativamente no custo de produção do leite
e da carne, com conseqüente redução na
margem de lucro.
• O uso de resíduos agro-industriais como bagaço
de laranja e rama de mandioca tem apresentado
alto potencial para uso na alimentação de
ruminantes.
• Pelo alto custo de implantação de lavouras
anuais como milho e sorgo e de outras culturas
de alto valor forrageiro (milheto, aveia, azevém,
alfafa, ...), normalmente utilizadas na produção
de silagem.
Industria de Sucos
• A indústria de suco de laranja produz como subproduto o
bagaço de laranja ou polpa de laranja que compreende
aproximadamente 50% do total da fruta. É obtida após
duas prensagens que restringe a umidade a 65 – 75%;
sendo depois submetida à secagem, da qual resulta até
90% de matéria seca, para então, ser peletizada e
comercializada.
• Para o desprendimento da água e atenuar a natureza
hidrofílica da pectina, principal carboidrato presente na
polpa, adiciona-se hidróxido de cálcio ou óxido de cálcio
antes das prensagens.
• A prática de desidratar o bagaço de laranja é comum, mas
devido ao alto custo de energia, muitas vezes esta
tecnologia se torna antieconômica.
Bagaço da laranja
• O bagaço de laranja tem algumas características
que contribuem para que seja armazenado na
forma de silagem, todavia, existem controvérsias
quanto à ensilagem de alimentos com alto
conteúdo de umidade.
• Estima-se que, nos Estados Unidos, 90% da
polpa cítrica utilizada são consumidos por vacas
em lactação, categoria esta para a qual a polpa
mostrou-se um alimento de alto valor,
principalmente quando a quantidade de
forragem disponível é pequena.
Ensilagem e uso de aditivos
• A ensilagem é outro método de conservação que vem sendo usado, porém,
devido às perdas faz-se necessário rever esta tecnologia de conservação, em
bases econômicas.
• O uso de diferentes aditivos na ensilagem do subproduto da indústria de
suco de laranja, pode melhorar significativamente a qualidade do ensilado,
merecendo ser estudado, principalmente, devido a importância econômica
regional.
• A conservação de uma forrageira como silagem depende da fermentação
natural dos açúcares a ácidos, sob condições anaeróbias, principalmente
láctico e acético, por bactérias ácido lácticas, o que torna o processo de
fermentação grandemente sujeito a variações.
• As alterações bioquímicas que ocorre durante o processo de ensilagem,
apontando as atividades enzimáticas das plantas, das bactérias produtoras
de ácido láctico, clostrídios, enterobactérias e leveduras como principais
responsáveis.
Procedimentos
• Para aumentar o teor de matéria seca do bagaço de laranja,
adicionar 20% de palha de trigo picada em partículas igual ou
inferior a 2,5 cm, proporcionando uma relação, com base na MS, de
80/20.
• A dinâmica da fermentação do bagaço de laranja durante a
ensilagem, apresenta um número de leveduras menor que o
número de bactérias lácticas, elas não se extinguiram através do
período de ensilagem, devido à presença de açúcares fermentáveis
disponíveis, suficientes para manter o metabolismo, atribuindo as
perdas a estas populações.
• Um modo promissor para melhorar o processo de fermentação do
bagaço de laranja seria inibir a população de leveduras.
• A população de leveduras que utilizam lactato �� um dos fatores
determinantes se uma silagem deteriorará ou não à exposição ao ar.
Procedimentos
• A inoculação por bactérias lácticas é importante pois o
ácido resultante atua como inibidor das leveduras,
devido a rápida fermentação ácida produzida contribui
para a redução da atividade de levedura durante o uso
da silagem.
• O bagaço de laranja in natura pode ser eficientemente
conservado sob a forma de silagem sem o uso de
aditivos.
• A aplicação de aditivos, ácidos ou enzimático
microbiano, não melhoraram os parâmetros de
fermentação das silagens ao ponto de recomendá-los
para a confecção de silagem de bagaço.
Uso de aditivos
• O objetivo original do uso de aditivos é garantir que as bactérias
ácido lácticas dominassem a fermentação resultando em uma
silagem bem conservada.
• A esse respeito, o melaço, que foi disponível comercialmente,
forneceu uma fonte de baixo custo de carboidratos fermentáveis e
foi grandemente usado por fazendeiros durante o início do século.
• Em 1933, Virtanen, trabalhando na Finlândia, adotou uma maneira
diferente e recomendou a rápida acidificação da forragem com
ácidos minerais para chegar a um pH por volta de 3,5 que foi
originalmente a idéia que inibiria a atividade microbiana e das
enzimas da planta.
• Em 1945 recebeu o Prêmio Nobel pelo seu esforço. A silagem feita
com adição de ácido mineral é chamada de silagem AIV ou processo
AIV
Composição quimica
• A conservação do bagaço de laranja, ensilado por 92 dias, em
experimentos laboratoriais, utilizando dois tratamentos, o primeiro
com drenagem do efluente e o outro sem drenagem, foi
quantificada as perdas por liberação de gases.
• Em silagens de bagaço de laranja, armazenados por 142 dias, em
que o efluente foi permitido escorrer, e naquele em que o efluente
foi mantido dentro do silo, não foram encontradas diferenças nos
componentes químicos e microbiológicos (ASHBELL e LISKER,
1987).
• O bagaço de laranja geralmente contém entre 12 e 21% de matéria
seca e durante o processo de fermentação mais de 22% do peso do
bagaço fresco pode ser perdido pela lixiviação
• As perdas causadas por microrganismos aeróbios se restringe à
camada superior da silagem de bagaço de laranja, e a presença
desses microrganismos não explica todas as perdas registradas
durante a estocagem .

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Resíduos agroindustriais

  • 1. Resíduos agroindustriais aula 1 Prof. Adriana Dantas UERGS – Caxias do Sul
  • 2. Introdução • Resíduos de alimentos e sua industrialização • Subprodutos de resíduos de alimentos • Tipos de resíduos de alimentos • Fontes e utilização de alimentos • Bioutilizaçao dos resíduos • Tratamentos de resíduos não renováveis
  • 3. Resíduos • Na industria de alimentos são conhecidos como ‘resíduos’, parte da matéria-prima não utilizadas no processamento do produto principal. • Matéria-prima mão aproveitada para a elaboração do produto alimentício e como subproduto.
  • 4. Classes de subprodutos • Tradicionais – elaborados no material sobrante do produto principal: leite (manteiga, queijo, etc..); carnes (embutidos, defumados, etc..) • Esporádicos – poderão sofrer ou não transformações.
  • 5. Aplicação de subprodutos de resíduos de alimentos • Na alimentação humana • Na alimentação animal • Na agricultura • Na medicina • Diferentes fins
  • 6. Alimentação humana • Álcool; bebidas fermentadas não alcoólicas; caldas e xaropes; complexos protéicos; farinhas; geléias; gelatina; gorduras hidrogenadas; margarina; óleos comestíveis; óleos essenciais; patês; adstringentes; coalho; enzimas proteolíticas; pectina; pigmentos; vinagre; etc.
  • 7. Alimentação animal • Farelinho e remoído • Farinhas de ossos; marisco, peixe, ostra • Gorduras não comestíveis pelo homem • Melaço de cana • Soro de leite • Suplemento cálcico e protéico • Tortas oleaginosas e de frutas
  • 8. Agricultura • Águas residuais de digestores • Resíduos de casca de ovo • Resíduos de cinzas de ossos • Resíduos empregados na alimentação • Resíduos de matadouros • Resíduos orgânicos • Bagaços esgotados de cana • Tortas em bruto de sementes e de frutas
  • 9. Medicina • Ácido nucléico • Adstringentes • Albuminas e peptonas • Cafeína • Colecistocinina • Complexo protéico (plasma sanguínea) • Complexo B • Diurético • Enzimas proteolíticas • Extrato de órgãos • Hesperidina • Sais biliares • Terebintina • Vermífugo • Vitaminas A e D
  • 10. Diferentes fins • Amuleto • Botões • Pentes • Tapetes • Calçados • Cintos • Tapetes • Cola e material plástico • Colchões e travesseiros • Escovas • Graxa • Velas
  • 11. Medicina • NA industria farmacêutica, numerosas substâncias químicas são retiradas de vegetais, animais e convertidas em subprodutos de emprego terapêutico. • Além de uso via bucal, inúmeros subprodutos com objetivo medicinal, tem uso tópico; manteiga para queimaduras leves e reabsorção de hematomas; toucinho para feridas causadas por moscas varejeiras.
  • 12. Medicina • De origem vegetal • Cafeína ( envoltório e cascas de sementes de café) • Complexo B – capa de aleurona de certos cereais • Hesperidina – cascas de cítrico • Terebentina – cascas de manga • Ergotina – esporão de centeio
  • 13. Medicina • Estigma de milho – diurético • Mesocarpo e casca de romã – adstringente • Sementes de abóbora – vermífugo • Bagaço de cítricos ou vegetais ricos em celulose – anticonstipantes • Casca de limão, laranja – antitérmicos e antigripais
  • 14. Medicina • Da carne • De aparas de carnes e resíduos protéicos – isolam-se albuminas, peptonas, concentrados protéicos. • Carne de peixe – extraída a estreptogenina (regulador protéico); vigneron (fator de crescimento) • Músculos de animais – ATP (adenosina trifosfato) – pesquisas sob ação muscular e estudo na área molecular
  • 15. Medicina • De ossos e cartilagens • Tíbias de bovinos – farinha de osso purificada – alto teor cálcio- fosforo, em alimentos infantis • Ossos de vitela - elementos de reparação plástica, substitutos de tecidos, reconstituição óssea • Cartilagens – implantadas em lugar de ossos faciais
  • 16. Medicina • De órgãos • Estomago – renina, pepsina(alimento infantil) e mucina(ulceras) • Intestinos – duodeno – vitaminas B12 (anemia); - segmento ceco-pilórico – proteases, tripsina. • Fígado – glândula hepática se extrai medicamento para transtornos hematopoiéticos (anemia) • Vesícula biliar – extraída a colecistoina • Pâncreas – tripsina (transtornos digestivos, lesões necróticas, ulceras), quimotripsina (digere tecidos necrosados) e amilase, insulina (controle da glicemia) • Coração – antígenos (tratamentos de sífilis) – coração do atum e peixe espada • Pulmões – heparina isolada do pulmão e do fígado – enfermidades cardiovasculares • Medula espinhas – hormônios sexuais, colesterol
  • 17. Medicina • De origem animal – Do sangue • Isolados aminoácidos, como caseína – períodos pós-operatório • Plasma sanguínea dessecado – dietoterápica, complemento protéico • Albumina purificada – diversas aplicações (alimento, meios de cultura de tecidos, determinar fator Rh, estabilizador de vacinas, culturas microbianas, etc..) • Fibrinogênio e gamaglobulinas – pesquisas • Albumina cristalizada de boi – proteína padrão em pesquisas • Potrombina – produzida a cortisona e outros esteróides • Plasma de peixe - Esteróides como a cortisona principalmente Salmão
  • 18. Tipos de resíduos de alimentos • Resíduos ‘in natura’Resíduos ‘in natura’ Aqueles que permanecem em seu estado natural e que assim são utilizados, em sua totalidade ou parcialmente. Ex.: frutas refugadas, determinadas folhas, pendões de cana e outros
  • 19. Tipos de resíduos de alimentos • Resíduos resultantes do beneficiamento deResíduos resultantes do beneficiamento de alimentosalimentos Os resultantes do beneficiamento de alimentos, surgem durante o preparo destes, para a sua conversão em produtos alimentícios. Pertencem a este tipo, os resíduos que não se integram aos produtos como seus componentes e que por esse motivo necessitam serem deles excluídos. Ex.: aparas de vegetais; certas sementes; cascas e centros de frutas; palhas e sabugos de milho.
  • 20. Tipos de resíduos de alimentos • Resíduos eliminados durante o processamentoResíduos eliminados durante o processamento de alimentosde alimentos Este tipo de resíduo é eliminado dos alimentos durante o seu processamento e, por estratégias tecnológicas se tornam subprodutos. Ex.: melaço, tortas (originadas das sementes de frutas e leguminosas), bagaços ( da extração para obtenção de sucos), farelos e germens (da moagem de cereais e de leguminosas), etc..
  • 21. Tipos de resíduos de alimentos • Resíduos de alimentos já processadosResíduos de alimentos já processados Esses resíduos tem características próprias de serem parte do produto terminado, isto é, são resíduos já prontos. Ex.: resíduos de subprodutos impróprios ao comércio ou ao consumo humano destinado a outros fins.
  • 22. Resíduos vegetais • ‘‘In natura’In natura’ Vegetais refugados – em entrepostos, mercados e centros de produção (colheitas excessivas ou encalhadas) • Convertidas em subprodutos Ex.: Frutas refugadas – na industria de enlatados, na produção de sucos, de vinagre e aguardente, de doces secos e cristalizados
  • 23. Resíduos vegetais • Laranjas destinadas a exportação e separadas nas ‘packing houses’, por irregularidades de forma, tamanho, aspecto – indústria de sucos, vinagre, xaropes e outras. • Limões não deteriorados, porém refugados – elaboração de sucos • Outras frutas – ameixas, maças, figos, etc....
  • 24. Resíduos vegetais • FolhasFolhas Utilizadas em pratos exóticos Alimentação de índios Bebibas fermentadas • Vegetais pigmentadosVegetais pigmentados cenoura – carotenóides beterraba – antocianina espinafre e ervilha – clorofila tomate – licopeno diversas frutas (jabuticaba, jenipapo, pitanga)
  • 25. Subprodutos de cascas e centros de frutas • Abacaxi – bebidas fermentadas – álcool – vinagre – calda pata compota de abacaxi • Maçã – geléias – vinagre • Pêra – Caldas para adicionar em conservas de pêra e consumo de mesa • Amêndoas – álcool neutro para fortificar bebidas
  • 26. Sementes e caroços de frutas • Principal subproduto – óleo Sementes de uvas – procedentes da fabricação de vinhos ou de passas Damasco, de cerejas, de ameixas,pêssegos – óleo comestível
  • 27. Resíduos animais • Surgidos durante o preparo, para as diferentes qualidades de consumo: durante o beneficiamento de leite da carne de animas abatidos • Cartilagens • Ossos e tendões
  • 28. Resíduos animais • O maior contingente de resíduos de alimentos animais é justamente formado pelos que decorrem dos processos de beneficiamento. • Nos animais de corte, sua carne e órgãos são separados de imediato para consumo humano; outras partes, surgidas do beneficiamento, são usadas para ração animal e para outros empregos.
  • 29. Farinhas empregadas na alimentação de aves e de porcinos, excelentes fontes de nutrientes protéicos e minerais • Farinhas de ossos • Farinha de sangue • Farinha de carne • Farinha de carne e ossos • Farinha de penas • Farinha de aves • Farinhas de animais mamíferos • Farinha de peixe
  • 30. Agricultura • Impróprios para alimentação e para aproveitamento em outros setores, só servindo para fabricação de adubos.
  • 31. VALORIZAÇÃO INTEGRAL DA BIOMASSA • O conceito do uso de fontes renováveis está implicitamente conectado com a idéia de Valorização Integral, destacando a importância do uso completo do produto entregue pela natureza (agricultura)
  • 40. Principais resíduos usados como fertilizantes (direta ou indiretamente): • De origem vegetalDe origem vegetal Adubo vegetal Cascas de frutas Farelinho Tortas de sementes e frutas oleaginosas Bagaço esgotado de cana Resíduos vegetais secos ou submetidos as fermentações
  • 41. Principais resíduos usados como fertilizantes (direta ou indiretamente): • De origem animal • Sangue de matadouros • Pescado deteriorado • Farinha de osso • Cinzas de ossos • Cascas de ovos • Estrumes animal de curral e de matadouros
  • 42. Outras finalidades • Cascas de nozes – combustível, pós de uso industrial, fabricação de plástico, espessante, de capa de revestimento de parede, inseticidas • Sementes de uvas – industriais de sabões, tintas • Cascas e centros de uvas – tanino • Pedúnculo de uva – tartarato de potássio (cremor tártaro) • Semente e cascas de tomates – purê, extração de óleos • Caroços de frutas – carvão, óleos fixos (amigdalina, glicose e ácido cianídrico), graxa e sabão. • Óleo de amêndoas amargo, agente farmacêutico, doces e bolos
  • 43. UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS AGRO-INDUSTRIAIS EM PROCESSOS BIOTECNOLÓGICOS COMO PERSPECTIVA DE REDUÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL • A crescente preocupação com o meio ambiente vem mobilizando vários segmentos do mercado. Inúmeros órgãos governamentais e indústrias estão se preparando para aplicar uma política ambiental que diminua os impactos negativos à natureza.
  • 44. • Resíduos sólidos diferenciam-se do termo lixo porque, enquanto este último não possui nenhum tipo de valor, já que é aquilo que deve apenas ser descartado, aqueles possuem valor econômico agregado, por possibilitarem reaproveitamento no próprio processo produtivo. • Além de criar potenciais problemas ambientais, os resíduos representam perdas de matérias-primas e energia, exigindo investimentos significativos em tratamentos para controlar a poluição.
  • 45. Implementação de transformação de resíduos de industrias de vegetais: • transformação de resíduos em ingredientes para a indústria de sucos e panificação; • bioconversão destes resíduos por fermentação em estado sólido, sendo que, neste caso, os resíduos foram usados como substratos para a produção de aroma de frutas; • uso dos resíduos como bioadsorvente em tratamento de resíduos.
  • 46. Bioutilização de resíduos • Fermentação da palha de trigo pelo Chaetomium cellulolyticum - incremento no teor protéico e produção de biomassa • Biorreator para ser utilizado no enriquecimento protéico da polpa de beterraba pelo Trichoderma viride. • Produção de ração animal pela fermentação de sagu pelo Rhizopus oligosporus
  • 47. Bioutilização de resíduos • Sargantanisis et al. (1993) - produção de Rhizopus oligosporus em farinha de milho obtiveram rendimento de 0,6g biomassa.g-1 de produto seco. • Yang et al. (1993) - enriquecimento protéico de resíduos de batata doce através de vários microrganismos, teor de umidade do substrato em torno de 70%,os microrganismos que apresentaram melhor desempenho Saccharomyces e o Rhizopus. Os incrementos em teor protéico obtidos foram de 3,2 para 8,4 e 18,5%, respectivamente.
  • 48. Bioutilização de resíduos • Zvauya e Muzondo (1994) - enriquecimento protéico da farinha de mandioca através de algumas variedades de Aspergillus. Teores de umidade acima de 55,0% e concentração de inoculo acima de 107 esporos.g-1. • Joshi e Sandhu (1996) - ração animal através da fermentação da polpa de maçã residual de indústria de suco por Saccharomyces cerevisiae, Candida utilis e Torula utilis. Incremento no teor protéico de 5,80% para 16,80; 18,50 e 15,57% para cada microrganismo utilizado, respectivamente.
  • 49. Bioutilização de resíduos • Pelizer (1997) - resíduos da indústria de beneficiamento do arroz para a produção de bioinseticida a base de Bacillus thuringiensis. No processamento de arroz, desde a colheita até o beneficiamento, podem-se destacar os seguintes subprodutos e resíduos: palha de arroz, soca ou soqueira, casca, farelo e quirela (ou quirera), que podem ser considerados resíduos com grande potencial de utilização como substratos. A bioutilização dos rejeitos industriais para a produção de bioinseticidas pode ser considerada muito importante, pois ao mesmo tempo em que significa uma solução para as indústrias, este produto não causa danos ao meio ambiente e pode ser utilizado na agricultura que fornece matérias- primas para produção das mesmas.
  • 50. Bioutilização de resíduos • Bravo et al. (2000) - produção de poligalacturonase (enzima amplamente usada na indústria de alimentos, tais como as de sucos de frutas, vinhos, cacau e café) utilizando-se o caldo de cana (resíduos da indústria de sucro-alcoleira). • Coelho et al. (2001) - resíduos da indústria de coco verde para a produção de enzimas.
  • 51. Bioutilização de bagaço de cana-de-açúcar • Diferentes sistemas de fermentação em estado sólido – suporte inerte para produção de penicilina utilizando o Penicillium chrysogenum. • Produção de biomassa protéica de Trichoderma reesei e Rhizopus (cultura mista) em fermentação submersa. • Produção de alcalóides pela Claviceps purpurea por fermentação em estado sólido. • Produção de mais de 2 milhões de toneladas de bagaço de cana-de-açúcar como resíduo agro-industrial. Esse material enriquecido com proteína microbiana através da fermentação em estado sólido pode ser utilizado como ração animal. • Produção de proteína,para utilização em ração animal, através do Chaetomium cellulolyticum. Conteúdo de proteína inicial do bagaço era 2% e no produto final de 8,65% mínimo exigido para ração de ruminantes (7%).
  • 52. SILAGENS ALTERNATIVAS DE RESÍDUOS AGRO-INDUSTRIAIS • A ensilagem, como técnica de conservação de forragens, tem sido largamente utilizada em propriedades rurais como estratégia de reserva forrageira para períodos críticos ou mesmo para uso contínuo na alimentação animal. • O uso de silagem ou mesmo de feno, contribui significativamente no custo de produção do leite e da carne, com conseqüente redução na margem de lucro.
  • 53. • O uso de resíduos agro-industriais como bagaço de laranja e rama de mandioca tem apresentado alto potencial para uso na alimentação de ruminantes. • Pelo alto custo de implantação de lavouras anuais como milho e sorgo e de outras culturas de alto valor forrageiro (milheto, aveia, azevém, alfafa, ...), normalmente utilizadas na produção de silagem.
  • 54. Industria de Sucos • A indústria de suco de laranja produz como subproduto o bagaço de laranja ou polpa de laranja que compreende aproximadamente 50% do total da fruta. É obtida após duas prensagens que restringe a umidade a 65 – 75%; sendo depois submetida à secagem, da qual resulta até 90% de matéria seca, para então, ser peletizada e comercializada. • Para o desprendimento da água e atenuar a natureza hidrofílica da pectina, principal carboidrato presente na polpa, adiciona-se hidróxido de cálcio ou óxido de cálcio antes das prensagens. • A prática de desidratar o bagaço de laranja é comum, mas devido ao alto custo de energia, muitas vezes esta tecnologia se torna antieconômica.
  • 55. Bagaço da laranja • O bagaço de laranja tem algumas características que contribuem para que seja armazenado na forma de silagem, todavia, existem controvérsias quanto à ensilagem de alimentos com alto conteúdo de umidade. • Estima-se que, nos Estados Unidos, 90% da polpa cítrica utilizada são consumidos por vacas em lactação, categoria esta para a qual a polpa mostrou-se um alimento de alto valor, principalmente quando a quantidade de forragem disponível é pequena.
  • 56. Ensilagem e uso de aditivos • A ensilagem é outro método de conservação que vem sendo usado, porém, devido às perdas faz-se necessário rever esta tecnologia de conservação, em bases econômicas. • O uso de diferentes aditivos na ensilagem do subproduto da indústria de suco de laranja, pode melhorar significativamente a qualidade do ensilado, merecendo ser estudado, principalmente, devido a importância econômica regional. • A conservação de uma forrageira como silagem depende da fermentação natural dos açúcares a ácidos, sob condições anaeróbias, principalmente láctico e acético, por bactérias ácido lácticas, o que torna o processo de fermentação grandemente sujeito a variações. • As alterações bioquímicas que ocorre durante o processo de ensilagem, apontando as atividades enzimáticas das plantas, das bactérias produtoras de ácido láctico, clostrídios, enterobactérias e leveduras como principais responsáveis.
  • 57. Procedimentos • Para aumentar o teor de matéria seca do bagaço de laranja, adicionar 20% de palha de trigo picada em partículas igual ou inferior a 2,5 cm, proporcionando uma relação, com base na MS, de 80/20. • A dinâmica da fermentação do bagaço de laranja durante a ensilagem, apresenta um número de leveduras menor que o número de bactérias lácticas, elas não se extinguiram através do período de ensilagem, devido à presença de açúcares fermentáveis disponíveis, suficientes para manter o metabolismo, atribuindo as perdas a estas populações. • Um modo promissor para melhorar o processo de fermentação do bagaço de laranja seria inibir a população de leveduras. • A população de leveduras que utilizam lactato é um dos fatores determinantes se uma silagem deteriorará ou não à exposição ao ar.
  • 58. Procedimentos • A inoculação por bactérias lácticas é importante pois o ácido resultante atua como inibidor das leveduras, devido a rápida fermentação ácida produzida contribui para a redução da atividade de levedura durante o uso da silagem. • O bagaço de laranja in natura pode ser eficientemente conservado sob a forma de silagem sem o uso de aditivos. • A aplicação de aditivos, ácidos ou enzimático microbiano, não melhoraram os parâmetros de fermentação das silagens ao ponto de recomendá-los para a confecção de silagem de bagaço.
  • 59. Uso de aditivos • O objetivo original do uso de aditivos é garantir que as bactérias ácido lácticas dominassem a fermentação resultando em uma silagem bem conservada. • A esse respeito, o melaço, que foi disponível comercialmente, forneceu uma fonte de baixo custo de carboidratos fermentáveis e foi grandemente usado por fazendeiros durante o início do século. • Em 1933, Virtanen, trabalhando na Finlândia, adotou uma maneira diferente e recomendou a rápida acidificação da forragem com ácidos minerais para chegar a um pH por volta de 3,5 que foi originalmente a idéia que inibiria a atividade microbiana e das enzimas da planta. • Em 1945 recebeu o Prêmio Nobel pelo seu esforço. A silagem feita com adição de ácido mineral é chamada de silagem AIV ou processo AIV
  • 60. Composição quimica • A conservação do bagaço de laranja, ensilado por 92 dias, em experimentos laboratoriais, utilizando dois tratamentos, o primeiro com drenagem do efluente e o outro sem drenagem, foi quantificada as perdas por liberação de gases. • Em silagens de bagaço de laranja, armazenados por 142 dias, em que o efluente foi permitido escorrer, e naquele em que o efluente foi mantido dentro do silo, não foram encontradas diferenças nos componentes químicos e microbiológicos (ASHBELL e LISKER, 1987). • O bagaço de laranja geralmente contém entre 12 e 21% de matéria seca e durante o processo de fermentação mais de 22% do peso do bagaço fresco pode ser perdido pela lixiviação • As perdas causadas por microrganismos aeróbios se restringe à camada superior da silagem de bagaço de laranja, e a presença desses microrganismos não explica todas as perdas registradas durante a estocagem .