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Por Manuela Tecchio — São Paulo


Com a proposta de democratizar apólices de seguro de vida, a Azos acaba de ganhar dois sócios badalados. O empresário Marcus Buaiz e o cantor Thiaguinho, que são amigos e sócios em outros negócios, decidiram investir juntos na insurtech e, agora, passam a ocupar cadeiras no conselho. O valor dos investimentos e a participação não foram revelados.

“Fiquei encantado pela tese. Eu acredito muito em propósito e a Azos tem um muito forte: quer mudar profundamente o mercado de seguradoras. Além disso, gosto muito da ideia de sociedade complementar, que é o que a gente tem agora. Ninguém é bom em tudo, é muito importante construir um time como a gente tem. Estou muito animado”, disse Buaiz ao Pipeline. Ele é embaixador do BTG e membro de outros nove conselhos. Este é o primeiro investimento do empresário em uma empresa do setor de seguros.

“Sem dúvida, a missão de democratizar o serviço de seguro de vida e simplificar o acesso do público a esses serviços foi o que mais me atraiu. Imprevistos acontecem, independentemente da profissão e poder aquisitivo", emendou o músico. “Quero trazer minha experiência como empresário, bagagem que adquiri ao longo dos meus 20 anos de carreira, além de contribuir com projetos que envolvem pautas sociais que gerem um impacto positivo para a sociedade”. Thiaguinho vai atuar nas áreas de comunicação e diversidade da empresa.

É um modelo diferente daquele em que celebridades se tornam sócias de uma companhia ao receber ações como pagamento por estrelar campanhas de marketing, por exemplo - como recentemente fechado pela atriz Deborah Secco com o brechó Peça Rara ou já utilizado anos atrás pela Espaçolaser com a apresentadora Xuxa - mas que não se envolvem na estratégia.

Rafael Cló, cofundador e CEO da Azos, ao lado de Thiaguinho e Marcus Buaiz — Foto: Divulgação
Rafael Cló, cofundador e CEO da Azos, ao lado de Thiaguinho e Marcus Buaiz — Foto: Divulgação

A chegada dos novos sócios acontece um mês após a Azos receber um aporte de US$ 6 milhões da resseguradora Munich Re — a insurtech é o maior investimento da multinacional na América Latina. Ao todo, a startup já captou mais de R$ 100 milhões em funding junto a fundos como Kaszek, Maya, Propel e Prosus. Atualmente, são R$ 5 bilhões em capital segurado pela plataforma.

Natural de Belo Horizonte, o fundador Rafael Cló desenvolveu a ideia que daria origem à Azos durante o MBA em Stanford, depois de decidir deixar a Kraft Heinz americana, onde chefiava o time de analytics. Com um público muito mais receptivo aos produtos de proteção e mitigação do risco, os EUA eram na época um laboratório de novas fintechs e insurtechs, que inspiraram o modelo da brasileira.

Após uma experiência ruim com a própria seguradora no Brasil, o empreendedor decidiu testar um modelo menos burocrático e mais acessível de apólice. “Meu cartão daqui tinha vencido, enquanto eu estava fora, e o pagamento da minha apólice não estava sendo quitado. Liguei para o meu corretor, mas ele havia deixado a empresa. Suspenderam minha cobertura e me cobraram taxas. Foi aí que pensei: será que não vale a pena a gente pensar uma nova forma de seguro?”, diz Cló. “O Brasil é um mercado enorme, muito subpenetrado, também por conta disso.”

Em operação desde abril de 2021, a Azos trabalha com apólices de seguro de vida a partir de R$ 5 e alcança níveis de cobertura que variam de R$ 20 mil a R$ 2 milhões. Os planos não exigem exames médicos e conseguem a liberação da cobertura em um dia útil. Os contratos são negociados diretamente pela companhia, em sua plataforma, mas tem crescido a representação por escritórios de agentes autônomos. Hoje, mais de uma centena de corretoras vende os produtos da insurtech entre os demais produtos financeiros.

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