Se as duas baixas na disputa pela Sabesp já vinham sendo esperadas pelos bancos e agentes que participam do processo de privatização da companhia paulista, dado o ritmo de interações, quem surpreendeu nas últimas semanas foi Nelson Tanure.
O empresário, que tem acenado apetite e bolso infinitos em grandes disputas de diferentes setores, se credenciou para a fase de acionista de referência, apurou o Pipeline. Tanure cogitou composição de consórcio mas, até o momento, segue solo. Ele já colocou os pés no setor por meio da compra da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae): o fundo Phoenix, que arrematou a companhia em leilão em abril, tem Tanure entre os cotistas.
Ele chega à rodada da Sabesp como azarão. O mercado segue apostando numa reta final entre Aegea e Equatorial e já tem até preferência. "Preferimos a Equatorial, mas apostaríamos na Aegea", resumem quase em mesmas palavras um agente que participa do processo e um grande gestor, em referência à disposição financeira da Aegea e à gestão de eficiência da Equatorial. Tem muita água para rolar até a oferta em julho.
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