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GERADO EM: 27/06/2024 - 02:30

Nova gestão da UFRJ reabre leitos e realiza obras nos hospitais do Fundão

Nova gestão da UFRJ promete reabrir leitos e realizar obras nos hospitais do Fundão. Empresa pública do MEC assume a administração das unidades de saúde, com foco em melhorias estruturais e aumento da capacidade de atendimento. Novo modelo de gestão busca resgatar a qualidade dos serviços prestados e enfrentar desafios como a fila de espera para tratamentos de câncer no Rio de Janeiro.

Referência para tratamentos de alta complexidade e sinônimo de excelência, o complexo de saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) está sob nova administração. O Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Fundão), o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira e a Maternidade Escola são administrados desde o início do mês pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), vinculada ao Ministério da Educação. A promessa do novo comando é resgatar a qualidade dos serviços prestados com a reabertura de leitos, obras estruturantes e normalização dos contratos de insumos. Há anos as unidades enfrentam uma crise orçamentária que reduziu drasticamente a capacidade de atendimento.

Ao GLOBO, o presidente da Ebserh, Arthur Chioro, ressaltou que 36 vagas de internação serão reabertas em cem dias. No primeiro ano, a meta é ter as três unidades funcionando com todos os 493 leitos — hoje há 331 disponíveis. Apenas no Clementino Fraga, devem ser reabertos 146 leitos até o fim do primeiro semestre de 2025. As melhorias devem ser custeadas pelo incremento orçamentário das unidades, que hoje são custeadas quase que na totalidade pelo repasse de procedimentos médicos realizados. O planejamento é que os três hospitais recebam este ano R$ 340 milhões, 161% a mais que os R$ 130 milhões previstos.

— Precisamos de uma unidade no SUS e para o SUS. A pesquisa e a inovação vão continuar, voltadas para atender o Sistema Único de Saúde. Houve um pedido para aumentarmos o diagnóstico de câncer, os procedimentos de oftalmologia e de tratamento intensivo. Com mais leitos de UTI, poderemos realizar mais cirurgias complexas já que os pacientes precisam dessas vagas para se recuperarem — disse Chioro.

Rede de hospitais do SUS

A Ebserh é uma empresa pública que gere ao todo 45 hospitais universitários federais no país, com cerca de 9,1 mil leitos. No caso da fila do câncer, um dos maiores gargalos atuais do SUS no Rio, conforme mostrou ontem O GLOBO, há a intenção de usar a rede da UFRJ de duas formas: tanto para a redução da fila do tratamento quanto para fazer diagnósticos. Todas as 45 unidades têm o sistema interligado, o que possibilita, caso necessário, a análise de exames por especialistas de outros estados de forma ágil. Outro foco prometido pela novo gestão será o investimento no tratamento de doenças raras e na especialização em pré-natal de homens trans e de pacientes bariátricos.

Para as unidades da UFRJ, serão contratados 1.243 funcionários que vão trabalhar em regime CLT. Está nos planos da empresa substituir, a curto prazo, os cerca de 800 funcionários extraquadros e, a longo prazo, com as aposentadorias, todos os servidores concursados por celetistas.

— Nosso modelo de gestão nos permite uma maior eficiência de compras, que pode ser regionalizada ou até nacional. Na contratação de profissionais, também há maior agilidade na substituição de vagas ociosas. Em casos de profissionais especializados e que a necessidade seja pontual, há a possibilidade de um outro tipo de contratação, como a de prestador de serviços — explica Chioro.

São justamente o novo modelo de contratação e a incerteza de como ocorrerão as substituições as críticas feitas pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação da UFRJ. Ao longo da última década parte do corpo acadêmico se posicionou contra a chegada da empresa pública, que somente ano passado conseguiu um acordo para assumir as unidades da UFRJ por 20 anos. Há 42 anos no Clementino Fraga, a técnica de enfermagem e coordenadora do sindicato Laura Gomes diz que teme pelo futuro dos profissionais que serão substituídos.

— Há um sentimento geral de insegurança quanto ao futuro dos hospitais. Nós lutamos contra a chegada da Ebserh, mas agora que eles assumiram a gestão esperamos que todos os funcionários tenham um ambiente de trabalho de qualidade porque isso impacta também no atendimento — afirma Laura.

Financiamento do PAC

Para as obras estruturantes no complexo hospitalar, o governo federal aprovou a liberação de até R$ 115 milhões, via Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC). No Clementino Fraga, por exemplo, parte dos recursos será utilizada para reformar os elevadores — um problema crônico na unidade — e fazer melhorias na parte elétrica. O laboratório que faz a pesquisa para produzir a vacina contra a tuberculose está parcialmente fechado há cerca de três anos porque o sistema elétrico não oferece a carga necessária de energia.

— Vamos realizar as reformas progressivamente para não perder mais leitos. As enfermarias, por exemplo, têm um banheiro para cada seis leitos, enquanto a proporção deveria ser um sanitário para dois pacientes. É desconfortável para os pacientes, e muitos são idosos com direito a acompanhante — diz o superintendente-geral do Complexo Hospitalar da UFRJ, Amâncio Paulino de Carvalho.

O Complexo Hospitalar da UFRJ

  • As unidades: o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Fundão), o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) e a Maternidade Escola
  • Cenário atual – 331 leitos nas três unidades
  • Planejamento para 100 dias – 367 leitos nas três unidades
  • Planejamento para até 1 ano – 493 leitos nas três unidades, sendo 162 novos leitos: 146 no Clementino, 12 no IPPMG e 4 na Maternidade
  • Contratação de 764 novos profissionais em até um ano. Ao todo, serão contratados 1.243 celetistas
  • Planejamento de restruturar a informática das unidades, renovação de todos os elevadores
  • Licitar mais de 2 mil itens em 55 pregões de compras de medicamentos

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