Por Memória Globo

Fábio Rocha/Globo

PRODUÇÃO

Para a realização da série, a casa onde Hebe Camargo viveu até o fim de sua vida foi usada como locação, além de roupas de seu acervo pessoal. Joias, uma marca registrada da apresentadora, foram reproduzidas para serem usadas por Andréa Beltrão em cena. Os diretores buscaram mostrar um ponto de vista diferente do que o público estava acostumado, com destaque aos bastidores e ângulos de câmera incomuns.

Felipe Rocha e Andréa Beltrão em Hebe, 2019 — Foto: Fábio Rocha/Globo

O OLHAR DO DIRETOR

Os diretores Maurício Farias e Maria Clara Abreu procuraram oferecer uma perspectiva da apresentadora diferente da que era conhecida do grande público. Foram destacados os bastidores de sua vida e de seus programas, o que inclui posicionamentos de câmera particulares, por trás dos holofotes ou de frente para o público.

PREPARAÇÃO

Hebe Camargo é vivida em duas fases de sua vida, de 1943 a 1954 pela atriz Valentina Herszage, e de 1965 a 2012 por Andréa Beltrão. Para garantir a continuidade e sintonia, especialmente nos gestos e nos padrões de fala, ambas as atrizes fizeram juntas parte da preparação para o papel, como aulas de prosódia com Íris Gomes da Costa, canto com a cantora e arranjadora Cris Delanno e corpo com Marina Salomon. Andréa já tinha vivido a personagem no longa-metragem que deu origem à série, para o qual fez um profundo mergulho na vida da apresentadora, conheceu sua casa e até contracenou com alguns dos animais de estimação deixados por ela, como a cacatua Tutu. Valentina pôde beber dessa fonte, assistindo às filmagens de Andréa para o filme.

Valentina Herszage e Daniel de Oliveira em Hebe, 2019 — Foto: Fábio Rocha/Globo

ARTE: CENOGRAFIA, FIGURINO E CARACTERIZAÇÃO

A estratégia da diretora de arte da série, Luciana Nicolino, para conduzir o público por diferentes temporalidades foi criar uma paleta de cores para cada década. Os saltos temporais também eram marcados por meio dos ambientes e objetos, muitos dos quais selecionados em antiquários e lojas de aluguel de São Paulo.

A maior parte do figurino de Andréa Beltrão em Hebe, assinado por Antonio Medeiros, foi composta por roupas, acessórios e sapatos do acervo da apresentadora. A joias foram reproduzidas a partir das peças originais. Para compor a personagem na fase vivida por Valentina Herszage, foram garimpadas roupas em brechós, além de roupas contemporâneas inspiradas no vintage. A caracterização ficou a cargo de Simone Batata, que abusou de perucas e apliques, além das cores trabalhadas pela direção de arte em cada década.

Karine Teles, Andréa Beltrão e Claudia Missura em Hebe, 2019 — Foto: Fábio Rocha/Globo

A HISTÓRIA

Para contar a história de Hebe, a roteirista e criadora da série, Carolina Kotscho, recorreu a um material de mais de 3 mil recortes de jornais e revistas guardados por uma fã, o que lhe garantiu uma visão da apresentadora em primeira pessoa, em diferentes momentos de sua vida, com suas incoerências e contradições. Essa perspectiva inspirou a autora a elaborar uma narrativa que explora as memórias da protagonista. O recorte dos episódios é feito a partir de momentos marcantes da vida de Hebe, que inspiram o resgate de situações análogas ou contrárias, em outro tempo de sua vida. Assim, a história vai e vem, ligando temporalidades distintas.

Veja como foram feitas as cenas musicais da série ‘Hebe’

Veja como foram feitas as cenas musicais da série ‘Hebe’

MÚSICA

A música tem um importante papel da série, já que Hebe começou sua carreira como cantora de rádio. Valentina Herszage, que interpreta a apresentadora neste período, pôde dar voz às músicas do período. Também Andréa Beltrão pôde revelar seu talento musical.

Valentina Herszage em Hebe, 2019 — Foto: Fábio Rocha/Globo

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