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'Ozark', 'Os Sopranos' e séries estreladas por famílias criminosas

Patrícia Kogut

Cena de 'Ozark' (Foto: Divulgação)Cena de 'Ozark' (Foto: Divulgação)

 

A parte final de “Ozark” chegou à Netflix. Pretendo escrever sobre ela mais adiante. Hoje, destaco um de seus principais pilares: a ambiguidade envolvendo as famílias criminosas que levam vida dupla. Esse é o aspecto mais marcante dos personagens.

Quem for convidado a citar a série da chamada “era de ouro” da televisão que tenha iniciado essa onda da mistura de bandidagem com clã vai logo se lembrar de “Os Sopranos”. Tony Soprano (James Gandolfini) era um adorável mafioso, mas capaz de matar. Além de amar os filhos e a mulher, era devotado à mãe. E ainda fazia análise, embora isso fosse considerado estranho em seu ambiente. Depois dele, vieram outros personagens equilibrados entre o crime e a existência doméstica banal. O Walter White (Bryan Cranston) de “Breaking bad” é um deles. Nesse caso, a preocupação com o futuro da mulher e dos filhos foi o fator motivador para ele abraçar a fabricação de drogas. A decisão veio quando descobriu que estava com câncer. O Philip Jennings (Matthew Rhys) de “The americans” também combinava a fidelidade à KGB e ao que Moscou exigia dele — matar muito — e a vida burguesa “normal”.

“Ozark” é estrelada por um casal que arrasta os filhos para o crime. Os espectadores, no entanto, são levados a torcer por eles. É que os valores de família que defendem apesar de tudo funcionariam como uma espécie de “capital de bondade”. Só que não. Ser um sujeito família pode ter muito a ver com maldade também.

 

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