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'Bridgerton' volta com um enredo leve e irresistível

Patrícia Kogut

O casal de 'Bridgerton': Kate (Simone Ashley) e Anthoyny (Jonathan Bailey) (Foto: Liam Daniel/Netflix)O casal de 'Bridgerton': Kate (Simone Ashley) e Anthony (Jonathan Bailey) (Foto: Liam Daniel/Netflix)

 

A segunda temporada de “Bridgerton” parece ser a expressão concreta da gíria “a fila andou”. Daphne (Phoebe Dynevor), a protagonista da trama em 2020, se casou e praticamente desapareceu da história. Par dela, o mocinho, o Duque de Hastings (Regé-Jean Page), deixou o elenco. Chegou a vez de o filho mais velho da família Bridgerton, Anthony (Jonathan Bailey), procurar uma noiva. A fila andou, mas sem traumas. Acompanhamos de novo um enredo leve e irresistível, que fisgará mesmo os espectadores mais mal-humorados. A aventura acaba de chegar à Netflix e já escalou a lista das séries mais vistas da plataforma, et pour cause.

Anthony busca a mulher ideal, mas é movido apenas pela força das obrigações sociais. Ele não pensa em paixão ou amor. Ao contrário. Fez uma lista dos predicados que espera da candidata perfeita. Deve ser bonita, inteligente e culta. E ele sai à procura dela, como quem vai ao mercado. O “mercado” em questão não é força de expressão. É como funcionam os salões de baile da aristocracia da trama.

Estamos na estação das debutantes, quando as jovens beldades são apresentadas à Rainha (Golda Rosheuvel). Elas atravessam o palácio observadas e julgadas por toda a corte. Uma delas, a mais especial, receberá o emblema de “diamante”. Essa distinção, que só pode ser conferida por sua alteza, valoriza a moça e é uma garantia de subida ao altar.

A série envolve com os cenários suntuosos e os figurinos farfalhantes. Trata-se de um ambiente de futricas, de personagens que cochicham, trocam olhares e evoluem em danças bem coreografadas. “Bridgerton” é uma festa para os olhos também.

Porém, como nos mais tradicionais contos de fadas, uma surpresa cruza o caminho do protagonista e subverte seus planos. Acontece quando ele está cavalgando no parque. Uma moça aparece na sua frente montando elegantemente. O rapaz se apaixona à primeira vista, mas não sabe quem é ela. Em outra ponta da trama, somos apresentados à personagem. Kate (Simone Ashley), de 26 anos, veio de Bombaim com a madrasta e a irmã de 19, Edwina (Charithra Chandran). A família procura um noivo para a caçula.

A tensão sexual se instala entre Anthony e Kate. Ela se manifesta em duelos verbais e numa aparente antipatia mútua. É o clássico recurso de impor obstáculos ao par principal, mantendo assim o público grudado na tela até o final. As cenas quentes de antes já não marcam a produção nesta temporada. Mas o charme continua.

Criação de Shonda Rhimes, a série é moderna. Em 2020, o mocinho era negro e a mocinha, branca. Nesta sociedade da ficção, a cor da pele não separa as pessoas. O racismo foi mencionado rapidamente, só uma vez na primeira temporada e como algo superado. Agora, a protagonista vem da Índia. “Bridgerton” nos leva a um passado indefinido, mas que também aponta para um futuro auspicioso. É uma combinação deliciosa de romantismo com visão otimista. Não perca.

 

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