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A importância dos figurinos em '1883', 'spin-off' de 'Yellowstone'

Patrícia Kogut

Isabel May como Elsa Dutton em ''1883' (Foto: Paramount)Isabel May como Elsa Dutton em ''1883' (Foto: Paramount)

 

No quarto episódio de “1883”, Elsa Dutton (Isabel May), a mocinha, se cansa do vestido apertado com espartilho. Ela então passa a usar calças, algo totalmente estranho ao mundo das mulheres da época. A série da Paramount+ é um spin-off de “Yellowstone”. Ela narra a chegada dos antepassados de John Dutton (Kevin Costner) a Montana, onde eles se tornaram prósperos latifundiários. Elsa e os pais estão fazendo a penosa travessia do Texas até o Oeste.

Os Dutton integram um grupo de pioneiros que deixa absolutamente tudo para trás em busca de um Eldorado desconhecido. Elsa, uma heroína clássica, é linda, corajosa e com a energia da juventude. Ama a liberdade, está descobrindo o sexo e defende seus pontos de vista com convicção. É uma figura protofeminista. Quando abandona as saias, causa um estranhamento.

O gesto cheio de simbolismos da protagonista também chama a atenção para os figurinos. Os homens desse grupo de viajantes usam roupas de vaqueiros. As mulheres, vestidos com espartilho. Não há luxos. Nas cenas, vemos muito cáqui e xadrez, lenços no pescoço para proteger da poeira e chapéus para driblar o Sol inclemente. Ao adotar calças, a mocinha quebra uma certa monotonia.

Tudo isso reforça a importância do trabalho da equipe de figurinos. Eles ajudam a atribuir credibilidade à trama. “1883” tem ambience. É algo que as séries americanas fazem muito bem. Assim, a produção carrega seu público para o Velho Oeste. Recomendo.

 

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