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Série 'Pose' retrata a cena gay dos anos 1980 em Nova York

Patrícia Kogut

Dominique Jackson na série 'Pose' (Foto: Reprodução)Dominique Jackson na série 'Pose' (Foto: Reprodução)

 

Ryan Murphy escalou cinco atrizes transgênero para sua mais recente criação, “Pose” (da Fox). Essa escolha significa, claro, uma afirmação da representatividade sem precedentes na televisão. MJ Rodriguez (Blanca Rodriguez), Indya Moore (Angel), Dominique Jackson (Elektra Abundance), Hailie Sahar (Lulu Abundance) e Angelica Ross (Candy Abundance) são trans interpretando trans. Todas mostram talento, isso não se discute. Porém, suas presenças contribuem também para atribuir verdade ao mundo de plumas e paetês retratado na série. Tudo o que poderia parecer imitativo ou caricatural tem um peso de legitimidade. Elas são, em si, razões para atrair a atenção do espectador. Mas há inúmeras outras.

Na produção (que estreia no Fox Premium no segundo semestre), Murphy retrata uma certa cena gay da Nova York dos anos 1980. A trama é ambientada, mais precisamente, na “cultura do ballroom”, como se chamavam certas festas da comunidade LGBT. Elas varavam a madrugada, com desfiles de figurinos que seguiam temas pré-determinados. Muitos dos frequentadores dessas noitadas moravam em chamadas “casas”. Elas funcionavam como lares adotivos e acolhiam jovens rejeitados por suas famílias por causa da orientação sexual. As “casas” eram gerenciadas por uma figura que exercia um papel de mãe e cuidava de seus protegidos com mão de ferro, ajudando até na sua educação.

“Pose” vai acertar aquele público que gosta de musicais e de dança. Mas conta com a dose de drama necessária para atrair os fãs de tramas cheias de conflitos densos. Entre eles, os gerados pela sombra da Aids, àquela altura, uma sentença de morte. Vale conferir.

 

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