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O escândalo que derrubou 'House of Cards'

Patrícia Kogut

Kevin Spacey em 'House of cards' (Foto: Netflix)Kevin Spacey em 'House of cards' (Foto: Netflix)

 

As acusações de assédio envolvendo Kevin Spacey afetaram... “This is us”. A segunda temporada teria uma cena de flashback ambientada em 2008. Nela, um amigo de Kevin (Justin Hartley), um ator em início de carreira, dizia ter conseguido trabalho num filme estrelado por Spacey. A menção acabou suprimida do capítulo exibido esta semana nos EUA. O fato foi notícia ontem na imprensa especializada de lá.

Como se sabe, a Netflix anunciou o cancelamento de “House of Cards” e suspendeu inclusive a sexta temporada, que estava em produção. A decisão saiu logo após o ator Anthony Rapp afirmar ter sido alvo de investidas sexuais de Spacey quando tinha só 14 anos (na década de 1980). Spacey, ao se manifestar publicamente depois que a confusão eclodiu, em vez de se limitar ao assunto, resolveu sair do armário. Tal atitude foi malvista inclusive na comunidade gay e apontada como uma tentativa de “jogar uma cortina de fumaça sobre o episódio”. É como disse o editor da revista britânica “Gay Times”: “Um suposto comportamento predatório é condenável, não importa a sexualidade da pessoa”. Tem ele toda razão.

Sobre “House of Cards”, por mais que os executivos da Netflix tenham afirmado, num primeiro momento, que a decisão de encerrar a série era anterior ao escândalo, ninguém acreditou nisso. Verdade que Donald Trump com a sua inacreditável capacidade de surpreender já tinha superado de longe a ficção e volta e meia deixava Frank Underwood no chinelo. Também é fato que a trama que abriu caminho para o streaming nas mais prestigiosas premiações da TV americana estava parecendo sucateada há umas duas temporadas. Mas foram as acusações de Rapp e a vida real que a enterraram de vez.

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