O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quarta-feira que preferiu aumentar o volume de recursos disponíveis para financiamentos no Plano Safra 2024/25 em detrimento da redução de juros.
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O montante de recursos subiu 9,7%, de R$ 364,2 bilhões em 2023/24 para R$ 400,59 bilhões agora. Os juros ficaram estáveis. A única linha que teve redução foi o Moderfrota Empresarial, que caiu de 12,5% ao ano para 11,5% ao ano. Demais programas de investimentos e as operações de custeio foram mantidos: serão 8% para médios e 12% para grandes produtores.
“Se não podíamos fazer as duas coisas, aumentar o volume de dinheiro e reduzir as taxas de juros, preferimos aumentar o volume de dinheiro e cobrir ainda mais agropecuária brasileira com recursos do Plano Safra”, disse em coletiva de imprensa após o lançamento do plano.
Fávaro ressaltou que a elaboração do plano foi impactada pelos movimentos da economia, como uma “fuga de investidores” da poupança rural e dos depósitos à vista, importantes fontes de crédito rural, por conta da manutenção da taxa Selic em 10,5%.
“Um dos efeitos colaterais dos juros altos, da taxa básica neste nível, é que a poupança rural e o depósito à vista começam a minguar. Quem larga recurso na poupança que remunera 7% ou 8% ao ano se a taxa básica é 10,5% e qualquer investimento paga mais de 12%?”, questionou Fávaro. “Isso significou R$ 60 bilhões a menos disponível que não teria custos para o Tesouro (...) Essa fuga de R$ 60 bilhões impactou”, completou.