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Por Redação do ge — Campinas, SP


Nove meses se passaram desde o último encontro entre Guarani e Ponte Preta, em setembro de 2023, quando os dois times entraram em campo pela 26ª rodada da Série B, no Brinco de Ouro. O dérbi 206 terminou com vitória alviverde, por 1 a 0, com gol de Bruno José.

Com golaço de Bruno José, Guarani vence a Ponte Preta no dérbi 206

Com golaço de Bruno José, Guarani vence a Ponte Preta no dérbi 206

De lá para cá, foram mudanças dentro e fora de campo nos rivais. Abaixo, o ge mostra o que aconteceu com as equipes entre o clássico do ano passado e o do próximo domingo.

O Guarani já está no terceiro técnico desde a saída de Umberto Louzer e apostou justamente em Pintado, que estava no lado oposto no último clássico. Já a Ponte é atualmente comandada por Nelsinho Baptista.

Dérbi 206 entre Guarani e Ponte Preta — Foto: Júlio César Costa

Os times

Dos 32 jogadores que foram a campo no dérbi de 2 de setembro, entre titulares e reservas que entraram no decorrer da partida, 23 já não estão mais em Campinas. São 13 baixas no elenco da Ponte Preta e 10 no grupo do Guarani.

Deixaram a Macaca: o goleiro Caíque França (Sport), os laterais Maílton (Chapecoense) e Artur (Água Santa), o zagueiro Fábio Sanches (Botafogo-SP), os volantes Felipinho (Athletico), Felipe Amaral (América-MG) e Léo Naldi (Vitória), o meia Tales (Jeju United), e os atacantes Igor Torres (Aparecidense), Everton (sem clube), Eliel (Cuiabá), Paulo Baya (Goiás) e André (América-RJ).

Léo Naldi, André e Everton estão entre os jogadores que não permaneceram na Ponte — Foto: Júlio César Costa

Ainda permanecem no Majestoso: o lateral-direito Luiz Felipe, o zagueiro Mateus Silva e o meia Elvis. Os três, inclusive, podem figurar entre os titulares no dérbi 206.

Já no Guarani, foram embora do clube: os zagueiros Lucão (OFI) e Alan Santos (São Bernardo), o lateral-esquerdo Mayk (Grêmio), o volante Matheus Barbosa (Botafogo-SP), os meias Bruninho (Ceará), Isaque (Mirassol) e Régis (Goiás), além dos atacantes Derek (Atlético-GO), Bruno José (Júbilo Iwata) e Pablo Thomaz (Maricá).

Seguem no Brinco de Ouro: o goleiro Pegorari (lesionado), o lateral-direito Diogo Mateus, os volantes Matheus Bueno e Lucas Araújo e os atacantes Bruno Mendes (lesionado) e João Victor.

João Victor segue no Guarani — Foto: Thomaz Marostegan

Os estreantes

Dos jogadores mais utilizados pelo Guarani na Série B, 16 podem jogar o clássico pela primeira vez: o goleiro Vladimir, os zagueiros Pedro Henrique, Douglas Bacelar e Lucas Adell, os laterais Heitor e Jefferson, os volantes Kayque, Lucas Araújo e Camacho, os meias Bruno Oliveira e Luan Dias, além dos atacantes Caio Dantas, Airton, Luccas Paraizo, Marlon Douglas e Renyer.

Assim como o técnico Pintado, que já participou do dérbi pela Ponte Preta, o zagueiro Léo Santos também foi titular pela Macaca no clássico do Paulistão de 2022. Na ocasião, o Guarani venceu por 3 a 0.

Léo Santos defendeu a Ponte Preta no Paulistão de 2022 — Foto: Marcos Ribolli

No lado da Macaca estarão em campo pela primeira vez: o goleiro Pedro Rocha, os laterais Igor Inocêncio e Gabriel Risso, o zagueiro Sérgio Raphael, os volantes Dudu Vieira, Emerson Santos e Castro, o meia Dodô e o atacante Matheus Régis.

Joilson, João Gabriel, Edson, William Arthur, Emerson, Zé Mário, Lucas Buchecha, Iago Dias, Venícius, Guilherme Beléa, Éverton Brito e Renato também serão debutantes se acionados durante o jogo.

Os destaques

O protagonismo no lado da Ponte Preta não mudou. Elvis segue como referência da equipe e vai para o seu quarto dérbi. O camisa 10 tem uma vitória, um empate e uma derrota em dérbis. O meia contribuiu com uma assistência para o gol de Jeh na dérbi 205, no Moisés Lucarelli, e ainda persegue a marca de balançar a rede pela primeira vez no clássico.

A Macaca também conta com o atacante Jeh como destaque. Responsável por seis gols da equipe em 2024, o camisa 9 marcou no único dérbi que esteve em campo na carreira - justamente a edição 205, com assistência de Elvis.

Comemoração no gol de Jeh no dérbi 205 — Foto: Júlio César Costa

Já o Guarani mudou as principais figuras. Bruno José, Derek, Bruninho e Bruno Mendes eram os destaques na última edição do clássico, mas nenhum deles estará em campo desta vez. O principal nome alviverde neste momento de crise na Série B é o atacante Caio Dantas.

O camisa 99 tem quatro gols em nove jogos e assumiu a artilharia do Bugre na competição.

Caio Dantas — Foto: Raphael Silvestre

Os resultados

Aqui, vantagem clara para a Ponte Preta, que fez 37 jogos desde o dérbi. Foram 10 vitórias, 13 empates e 14 derrotas, um aproveitamento de 38,7%. A equipe lutou contra o rebaixamento na Série B até as últimas rodadas e se livrou com vitória sobre o CRB, por 3 a 0, sob o comando de João Brigatti. O ex-goleiro também foi o responsável por dirigir a equipe na campanha do Paulistão, chegando às quartas de final, mas caindo diante do Palmeiras na Arena Barueri.

Já o Guarani entrou em campo 36 vezes e conseguiu 25,9% de aproveitamento. São seis vitórias, 10 empates e 20 derrotas desde o último clássico. A derrocada tirou chances de acesso na Série B do ano passado e fez com que o time lutasse para não cair no Paulistão até a última rodada. Agora, a equipe amarga o último lugar da Série B e não vence há oito jogos.

Os ambientes

No dérbi 206, o Guarani entrou em campo lutando para se aproximar do G-4 e seguir na briga pelo acesso. A vitória por 1 a 0 contra a Macaca, aliás, deixou o time com a mesma pontuação do Criciúma, quarto colocado. Já a Ponte Preta estava na briga para não cair e tinha dez pontos de desvantagem em comparação ao Bugre - a mesma diferença atual.

Dérbi 206 entre Guarani e Ponte — Foto: Júlio César Costa

Nove meses depois, o cenário está diferente. Desta vez, o Bugre é quem chega para o clássico em desvantagem de dez pontos. A equipe enfrenta crise dentro e fora de campo. Ocupa o último lugar da Série B, não vence há oito jogos e está no terceiro treinador em 12 rodadas de competição.

Nos bastidores, o cargo do CEO Ricardo Moisés foi extinto como resposta aos protestos dos torcedores para afastamento do ex-presidente das decisões do futebol. O clube também optou por passar a semana de preparação para o clássico no Otho Resort Hotel, em Itu, para se distanciar do clima de pressão.

Ricardo Moisés e André Marconatto — Foto: Guarani FC

Já a Ponte Preta chega para o dérbi em um ambiente de maior estabilidade em comparação ao ano passado. Em setembro, o clube ainda enfrentava problemas financeiros e lutava para se afastar da zona próxima da degola. O clima desta vez é de mais tranquilidade, principalmente pela sequência de três vitórias seguidas como mandante sob o comando de Nelsinho Baptista.

A equipe, porém, ainda persegue a primeira vitória como visitante na Série B e vai precisar derrubar uma invencibilidade de sete jogos do Guarani em dérbis no Brinco de Ouro.

Nelsinho Baptista, técnico da Ponte Preta — Foto: Diogo Reis/ PontePress

No próximo domingo, o Bugre chega para o clássico em busca de quebrar um jejum de oito jogos sem vencer na Série B. É o lanterna, com cinco pontos. A Macaca, por sua vez, aparece em situação mais confortável: tem 15 pontos, na 13ª colocação. O ge acompanha o dérbi 207 em Tempo Real a partir das 16h30 de domingo.

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