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Por GloboEsporte.com — Rio de Janeiro


O Prêmio Brasil Olímpico 2018 prestou homenagens, nesta terça-feira, a dois grandes líderes do esporte nacional que faleceram neste ano. O Troféu de Melhor Técnico de Esportes Coletivos levou o nome de Jesus Mórlan e foi entregue a Fernando Possenti, técnico da nadadora Ana Marcela Cunha, pelos canoístas Isaquias Queiroz e Erlon Souza. O Troféu de Melhor Técnico de Esportes Coletivos foi chamado de Troféu Bebeto de Freitas e entregue a Renan Dal Zotto, técnico da Seleção Brasileira de Voleibol Masculino, das mãos de Jorge Barros, o Jorjão, auxiliar técnico de Bebeto durante grande parte de sua carreira.

Fernando Possenti, à esquerda, com o troféu Jesus Morlan, e Renan Dal Zotto, à direita, com Troféu Bebeto — Foto: André Durão

A recordação do legado dois grandes líderes do esporte nacional que faleceram neste ano emocionou os premiados e os espectadores presentes na premiação realizada em um teatro na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Considerado um dos principais treinadores da canoagem no mundo, Jesus Morlán faleceu no dia 11 de novembro. Ele lutava contra um tumor no cérebro há dois anos. Ele revolucionou a canoagem brasileira e liderou o Brasil rumo a três medalhas olímpicas e 10 em mundiais. Fernando Possenti ressaltou a honra por receber um troféu com nome Jesus Morlán.

- É uma grande honra, mas uma grande responsabilidade receber um prêmio com o nome do grande treinador que foi Jesus Morlan. Responsabilidade de seguir com o legado e o com os ensinamentos dele. Assim a gente espera continuar. Queria agradecer a todos que ajudam os resultados da Ana, a minha família que sempre me apoiou e a todos que sabem a responsabilidade que é preparar uma atleta - disse.

Fernando Possenti, técnico da nadadora Ana Marcela Cunha, vence o troféu Jesus Morlán

Fernando Possenti, técnico da nadadora Ana Marcela Cunha, vence o troféu Jesus Morlán

Na sequência, foi a vez de Renan Dal Zotto subir ao palco de cadeira de rodas. Ele ainda se recupera de uma cirurgia no joelho, mas não deixou de comparecer ao evento para receber o troféu que levou o nome de Bebeto, um dos grandes ícones do vôlei brasileiro, que faleceu em março. Bebeto disputou de duas Olimpíadas, 1972 em Munique em 1976 em Montréal. Entrou para o Hall da Fama do vôlei e também brilhou como técnico da Seleção Brasileira de Vôlei de 1980 a 1984 e depois de 1987 a 1990. Ao fim do discurso, Dal Zotto comoveu

Na categoria esporte coletivo, Renan Dal Zotto conquista o troféu Bebeto de Freitas

Na categoria esporte coletivo, Renan Dal Zotto conquista o troféu Bebeto de Freitas

- É um orgulho e uma grande emoção estar aqui no templo do esporte brasileiro. É um momento de agradecimento e reconhecimento. Agradecer à Confederação Brasileira de Vôlei, que me confiou essa dura missão de estar à frente de um projeto tão vitorioso que o Bernardo deixou após década de trabalho de extrema excelência. Agradecer ao Comitê Olimpíco Brasileiro que em momento delicado esteve muito próximo a nossa seleção. Agradecer a cada jogador, cada atleta que acreditou no trabalho proposto. Permaneceram focados e comprometidos o tempo todo. Isso tudo é uma emoção muito grande. E, claro, deixar um registro muito forte. A pessoa que mais me inspirou para ser treinador foi Bebeto de Freitas. Então, Bebeto, obrigado - disse.

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