As estradas mais perigosas do mundo

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Com as suas 99 curvas fechadas, esta estrada no Parque Nacional Monte Tianmen, no centro da China, é um exemplo de perigo. Traçado pelas montanhas, a quase 2.000 metros de altitude, este percurso é reservado aos condutores mais experientes, pois os acidentes são muito prováveis, principalmente quando a estrada é muito íngreme e o tempo está feio, sem falar no risco constante de terremotos.

Não, as estradas mais perigosas do mundo não estão todas na Ásia ou na América Latina. O Passo do Stelvio, localizado na fronteira entre a Itália e a Suíça, é uma prova disso. Composta por cerca de 75 curvas fechadas, é considerada pela revista automotiva Top Gear como uma das melhores estradas do mundo para dirigir uma Ferrari. Mas é preciso ousar, pois este trecho costuma fechar com mau tempo e não é recomendado durante à noite.

A Estrada da Morte é comumente considerada a mais perigosa do mundo. Nas Yungas, no norte da Bolívia, a floresta amazônica domina. Mas será que este panorama vale o perigo que representa? 200 curvas acentuadas, falésias mortais, deslizamentos de terra, quedas de rochas... Os riscos são muitos e frequentes, tanto que até a década de 90 morriam ali 300 pessoas por ano. Hoje, o trânsito está amplamente regulamentado, mas as mortes continuam a ocorrer; infelizmente, o nome da estrada é muito adequado.

No sul do Peru, este passeio pelo terceiro cânion mais profundo do mundo dura entre 10 e 12 horas. A Rodovia Cotahuasi Canyon não é totalmente pavimentada e teoricamente deveria ser acessível apenas a veículos 4x4. Na época das chuvas, a estrada fica especialmente lamacenta e por isso é proibida.

Apesar da excelente história de segurança rodoviária da França, ainda existem algumas rotas relativamente arriscadas, como a Passagem do Gois, que liga a ilha de Noirmoutier a França. Para chegar à ilha é necessário atravessar o Atlântico por este percurso, na maior parte do tempo coberto de água. Fique de olho nos horários das marés, pois você terá apenas três horas para usar esta estrada antes que o oceano retorne.

Acredita-se que milhares de motoristas tenham morrido na Rodovia Sichuan-Tíbet desde que ela foi construída na década de 1950 – o suficiente para dissuadir muitos de usá-la. A área corre risco constante de deslizamentos de terra e avalanches e, apesar de ser chamada de “rodovia”, na verdade consiste em inúmeras curvas e curvas através de montanhas imponentes. Os nostálgicos do filme Himalaya (1999) vão se lembrar das trágicas quedas de iaques nas trilhas mais estreitas.

Situado a uma altitude de 1.200 metros, a Estrada de Katu-Yaryk, na região siberiana de Altai, oferece uma rota espetacular até o topo da montanha. No entanto, este percurso é estritamente reservado a veículos 4x4, pois é constituído maioritariamente por gravilha instável e sem protecção lateral. O percurso envolve também a travessia de pequenas ribeiras e encostas. A vista do vale lá de cima é impressionante, vale a pena o esforço.

Não há dúvida de que a Ásia Central abriga um grande número de rotas perigosas. Uma das mais conhecidas, a Estrada de Zoji La, atravessa o Himalaia, a cordilheira mais alta do mundo. Esta estrada de terra, sem grades e sinalização, sofre constantes deslizamentos e chega a atingir mais de 3.350 metros de altitude. Felizmente, tem apenas nove quilômetros de extensão e é intransitável no inverno.

As almas sensíveis devem abster-se: esta série de túneis chineses é escavada diretamente na rocha e ondula entre as montanhas. Mas apesar de sua aparência assustadora, o Túnel de Guoliang é muito popular porque oferece uma vista excepcional do ponto turístico que domina. Ônibus, carros e scooters se amontoam nesta estrada de curvas estreitas e cegas na face do penhasco.

*Matéria originalmente publicada na Architectural Digest França

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