Casa de 2,2 mil m² é paraíso entre mar e montanha

O design de interiores é assinado pela arquiteta Julia Weisheimer de Aguiar, à frente do escritório W Arquitetura. Ela teve o desafio de valorizar a amplitude dos ambientes, distribuídos em 2,2 mil m² de construção, e, ao mesmo tempo, desenvolver uma decoração aconchegante, como desejavam os clientes. Com uma natureza imponente ao redor da casa, a inspiração não poderia ser diferente. “Por ter muito verde e o azul do céu e do mar em volta, a paleta de cores foi baseada em tons mais neutros, lembrando a areia da praia e a terra”, explica a profissional.

Adepta da máxima “menos é mais”, ela tem como ponto forte em seu trabalho criar uma base suave e trazer pontos de matizes mais vivos nos detalhes – solução que coube perfeitamente neste projeto. Julia também tirou proveito da luminosidade farta que incide em todos os cômodos ao longo do dia. “A luz natural proporciona sensação de vida e bem-estar. Ao escolher tons terrosos, busquei realçar os raios de sol que entram e, assim, gerar o clima de acolhimento que os proprietários tanto queriam”, detalha.

Afora as cores, essa atmosfera intimista vem da variedade de texturas naturais escolhidas para pisos e paredes internos. Onipresente nos ambientes, a madeira garante fluidez e reveste, inclusive, o teto do living, criando linhas paralelas com o piso de Travertino. Em outros cantos da casa, destaca-se a pedra moledo, capaz de adicionar um bem-vindo toque rústico ao décor sóbrio. “As paredes de pedra compõem a fachada e vieram de fora para dentro, em sintonia com o conceito do projeto de interiores. Além de marcar o hall de entrada, esse revestimento recobre a área da lareira. Foi uma escolha certeira misturar os elementos rocha e fogo”, comemora.

O mobiliário segue a mesma proposta da inspiração na natureza e a maioria das peças exibe superfícies de couro e linho e formas orgânicas, que fazem um contraponto às linhas retas da arquitetura. “As curvas trouxeram leveza e fluidez para os espaços.” Segundo Julia, pelo fato de os ambientes serem amplos e minimalistas, os móveis logo se tornaram protagonistas, colaborando para atingir o resultado almejado, além de acrescentar personalidade. “Para isso, a premissa foi escolher um design atemporal e confortável”, diz a arquiteta, que mesclou novos itens com peças que já faziam parte do acervo da família.

Outros artigos com relevância afetiva são as obras de arte, com destaque para a tela colorida da artista Thalita Hamaoui no living, as esculturas – herança da mãe da proprietária – e objetos decorativos inseridos pontualmente. Tudo para contar a história de vida dos moradores enquanto eles criam novas memórias durante os dias quentes de verão.