Arte do Cinema
Mulheres no cinema: a importância de L3-37 em ‘Han Solo: Uma História Star Wars’
Personagem é a primeira droide feminina de destaque em um filme da franquia - e personalidade não falta!
3 min de leituraApesar de a bilheteria do primeiro fim de semana de Han Solo: Uma História Star Wars ter sido tímida - US$ 101 milhões contra os US$ 150 que o estúdio esperava -, o filme tem vários elementos para se louvar. Dirigido por Ron Howard (O Grinch, Rush: No Limite da Emoção e Uma Mente Brilhante), o spin off conta a história do jovem Han Solo, desde o momento em que ele sai do planeta de origem Corellia para se tornar o trambiqueiro divertido que amamos na primeira trilogia de George Lucas. Para quem é fã (caso da jornalista que aqui escreve), as cenas de apresentação de Chewbacca, as apostas com Lando Calrissian e a primeira viagem na Millenium Falcon são de arrepiar. Contudo, uma das surpresas mais despretensiosas foi a droide L3-37, de Lando.
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L3, para os mais próximos, é a primeira droide mulher de grande destaque em um filme da franquia. A voz de Phoebe Waller-Bridge (acima) guia a personalidade forte e única da personagem, que luta pela igualdade entre droides e outros seres na galáxia. Com uma forma simples e muito pontual, o filme trata de assuntos atuais, como representatividade e liberdade. “Ela é revolucionária, ela é feminista, ela luta pelos direitos de seu povo, e é completamente destemida em relação a isso", comentou Phoebe em entrevista no behind the scenes de Han Solo: Uma História Star Wars.
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A droide é feita a partir de peças de outros droides que morreram, como uma forma dela mesma de melhorar a sua performance, de se transformar em alguém melhor, sempre atualizar as suas capacitações, mas nunca em detrimento de outro ser. "L3 se transformou em uma criatura única que é mais alta, mais forte, mais independente do que ela era originalmente", continua a atriz, responsável pela credibilidade da personagem. Além das características físicas, que destoam totalmente dos padrões de droides que vimos nos outros filmes da franquia, L3 nos mostra também um lado sexual e sensual, revelando uma questão sua de não conformidade com aquilo que é esperado de alguém da sua espécie. Uma verdadeira revolucionária.
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A profundidade dos personagens de Han Solo: Uma História Star Wars é outro ponto alto do filme. Ninguém é o que parece de primeira e existem tantos plot twists que enriquecem a trama. Dessa forma, outra figura feminina muito interessante é Qi’ra (Emilia Clarke), par romântico do jovem Han Solo, que fica para trás quando ambos tentam escapar juntos de Corellia. Três anos se passaram e eles se reencontram inesperadamente em um destino incomum para ambos. Nas mãos do vilão Dryden Vos (Paul Bettany), ela é muito mais do que uma ‘donzela indefesa’, e, sem cair em clichês, se revela mais complexa do que era imaginado desde o começo do filme. E Emilia dá todo o crédito para Ron Howard - em entrevista à Vanity Fair, ela revelou ter tido ruídos de relacionamento com os diretores antigos, Phil Lord e Chris Miller, que após problemas com o elenco, foram demitidos.
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