A Honda mudou por várias vezes a estratégia para seu sedã de luxo no Brasil, o Accord. No passado, o carro chegava em versões com motores de seis cilindros —que proporcionavam bom desempenho, mas com alto consumo de combustível.
O motor 2.0 turbo veio no fim de 2018, o que reduziu o gasto de gasolina. Mas a eficiência, de fato, chegou na linha 2022.
A montadora japonesa adotou um conjunto híbrido que privilegia o modo elétrico. A potência caiu de 256 cv para 184 cv, mas agora há o motor 2.0 sem turbo e dois elétricos (um funciona como gerador). O resultado: consumo médio de 28,9 km/l na cidade, o melhor resultado já obtido por um carro movido a gasolina no teste Folha-Mauá.
Ou mais ou menos a gasolina. O motor 2.0 funciona mais em velocidades acima de 100 km/h, quando mantém o ritmo do carro na estrada.
Na cidade, seu trabalho é dar uma força em arrancadas e manter a pequena bateria com carga, queimando o mínimo de combustível possível.
Importado em pequenos lotes —é vendido praticamente sob encomenda—, o Honda Accord nem aparece no site da montadora. Mas outra novidade com sistema híbrido já está confirmada para este ano: a nova geração do Civic.
O mais rápido entre os automóveis de luxo foi o BMW M440i, que é equipado com motor 3.0 turbo (387 cv).
O carro foi do zero aos 100 km/h em 4,9 segundos, mesma marca atingida pelo Mercedes CLA 35 AMG. O desempate veio na prova de retomada de 80 km/h a 120 km/h.
O M 440i completou essa parte do teste em 2,9 segundos, enquanto o concorrente cravou 3,7 segundos.
O BMW é um carro de luxo clássico: cupê com duas portas, tração traseira e rodar suave. O espaço é pensado para dois ocupantes, sendo até difícil acessar o banco traseiro.
É também um veículo raro de se ver nas ruas, tanto pelo desenho quanto pelo preço —aproximadamente R$ 600 mil.
Sua plataforma é a mesma do sedã Série 3, que vai passar por mudanças em breve. A BMW confirmou que a produção em Araquari (SC) começa em setembro.
O modelo vem com um novo painel digital, composto por duas telas que têm uma ligeira curvatura. Por fora, há novos para-choques e faróis.
O modelo atual também passou pelo teste Folha-Mauá, na versão 320i. Foi o único modelo de luxo com tecnologia flex entre os avaliados, ficando sem concorrentes quando abastecido com etanol.
COMO OS TESTES SÃO FEITOS
Para aferir o desempenho dos carros, o IMT (Instituto Mauá de Tecnologia) utiliza o V-Box, equipamento que usa sinal de GPS.
Os testes de aceleração e retomada são feitos na pista da empresa ZF, em Limeira (interior de São Paulo).
A etapa que verifica o consumo na cidade tem 27 km. Para simular um percurso rodoviário a 90 km/h, os engenheiros dirigem por 31 km. Ambos os trajetos ficam em São Caetano do Sul (ABC), onde está a sede do instituto.
Se o carro for flex, são feitas duas medições: uma com etanol, outra com gasolina.
O consumo de modelos elétricos é medido por meio do carregador instalado no IMT. O teste calcula o gasto para rodar 100 km nos modos urbano e rodoviário.
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