Os 2.090 quilos da Toyota Hilux cabine dupla não a impediram de alcançar a primeira colocação em desempenho entre as picapes a diesel.
O utilitário partiu do zero e chegou aos 100 km/h em 10,9 segundos. Já a prova de retomada (80 km/h a 120 km/h) foi cumprida em 7,1 segundos.
O modelo obteve ainda a melhor marca de consumo rodoviário. De acordo com o resultado alcançado pelo Instituto Mauá de Tecnologia, a Hilux tem autonomia para rodar até 1.208 quilômetros na estrada com um tanque de diesel (80 litros).
A versão avaliada foi a SRX, que tem câmbio automático e custa R$ 325,5 mil. É um veículo pensado para rodar no Brasil profundo, equipado com tração 4X4 e capaz de transportar até uma tonelada de carga. Seu motor 2.8 turbodiesel tem 204 cv de potência.
Com proposta mais urbana, a Fiat Toro foi bem na prova de consumo na cidade. Nessa condição, conseguiu percorrer 11,3 quilômetros com um litro de diesel.
A versão avaliada foi a Ranch, que tem preço sugerido de R$ 213,3 mil. Seu motor 2.0 turbo oferece 170 cv de potência.
Em vendas, Toro e Hilux estão próximas. A picape da Fiat teve 25.863 unidades emplacadas no primeiro semestre, enquanto o modelo da Toyota acumulou 21.546 licenciamentos no período.
Enquanto o utilitário de origem italiana tem opções flex e a diesel à disposição do cliente —todas com câmbio automático—, a Hilux é oferecida também em opções com cabine simples e câmbio manual.
Em 2023, a disputa no segmento de picapes será mais acirrada. Entre as novidades confirmadas estão a nova Chevrolet Montana e a Peugeot Landtrek.
COMO OS TESTES SÃO FEITOS
Para aferir o desempenho dos carros, o IMT (Instituto Mauá de Tecnologia) utiliza o V-Box, equipamento que usa sinal de GPS.
Os testes de aceleração e retomada são feitos na pista da empresa ZF, em Limeira (interior de São Paulo).
A etapa que verifica o consumo na cidade tem 27 km. Para simular um percurso rodoviário a 90 km/h, os engenheiros dirigem por 31 km. Ambos os trajetos ficam em São Caetano do Sul (ABC), onde está a sede do instituto.
Se o carro for flex, são feitas duas medições: uma com etanol, outra com gasolina.
O consumo de modelos elétricos é medido por meio do carregador instalado no IMT. O teste calcula o gasto para rodar 100 km nos modos urbano e rodoviário.
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