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Ataque aéreo em Rafah mata 12 civis palestinos, dizem médicos de Gaza

Profissionais da saúde afirmam que outras pessoas foram feridas ao tentar recuperar corpo de uma vítima

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São Paulo

Um ataque atribuído a Israel matou pelo menos 12 palestinos na manhã desta quinta-feira (30) em Rafah, enquanto combates continuavam em várias outras áreas da Faixa de Gaza, disseram médicos da região à agência Reuters. Até a tarde desta quinta, nenhuma autoridade israelense havia se manifestado sobre o episódio.

Os mortos eram civis, de acordo com os profissionais da saúde, que afirmaram ainda haver um número não especificado de feridos, atingidos enquanto tentavam recuperar o corpo de um civil no centro de Rafah.

Outro palestino foi morto em um ataque aéreo no campo de refugiados de Al-Shati, a oeste de Gaza, disseram os médicos.

Um palestino caminha perto dos destroços de um veículo atingido em ataque israelense, em Rafah, no sul da Faixa de Gaza - Hatem Khaled - 30.mai.24/Reuters

A ofensiva em Rafah continua, um dia depois de Tel Aviv dizer que suas forças haviam tomado o controle de uma zona de segurança ao longo da fronteira entre Gaza e o Egito.

De acordo com Israel, a conquista desse ponto estratégico, conhecido como Corredor Filadélfia, cortou uma rota usada pela facção terrorista para contrabandear armas para Gaza durante mais de sete meses de guerra, período em que grande parte do território foi devastada.

O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, anunciou que as tropas encontraram "cerca de 20 túneis" nesta região, de acordo com a AFP. "O corredor Filadélfia era um balão de oxigênio para o Hamas, usado regularmente para transportar armas para Gaza", disse Hagari.

No mesmo dia, moradores de Rafah relataram intensos bombardeios. Israel confirmou confrontos no sul, centro e norte de Gaza.

O governo israelense manteve os ataques a Rafah, apesar de uma ordem da CIJ (Corte Internacional de Justiça), o principal tribunal da ONU, para interromper as ofensivas. Tel Aviv diz que o objetivo é eliminar os terroristas do Hamas e resgatar reféns.

Segundo o Ministério da Saúde em Gaza, controlado pelo Hamas, mais de 36 mil palestinos já foram mortos desde o início da ofensiva de Israel, em resposta aos atentado de 7 de Outubro. O Exército israelense contabiliza 292 militares mortos desde que suas forças entraram em Gaza, em 20 de outubro do ano passado.

TÚNEIS, ARMAS E EXPLOSIVOS

Em um telefonema com o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou ser necessário manter as operações em Rafah "devido a informações concretas sobre reféns mantidos lá".

O Exército também disse em um comunicado que túneis usados pelo Hamas para contrabando e movimentação subterrânea de seus membros foram descobertos durante os últimos ataques, bem como grandes quantidades de armas e explosivos.

Principais aliados de Israel, os EUA têm reiterado sua oposição a uma grande ofensiva terrestre em Rafah. Junto com Egito e Qatar, os EUA estiveram envolvidos em esforços para mediar conversas indiretas entre Israel e o Hamas para negociar um cessar-fogo e a libertação dos reféns. Essas conversas estagnaram, porém, com ambos os lados culpando o outro pela falta de progresso.

Cerca de 1 milhão de pessoas já fugiram de Rafah nas últimas três semanas, diante da ampliação das operações militares de Israel à cidade ao sul de Gaza, de acordo com informações da UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinos, divulgadas na terça-feira (28).

Com Reuters e AFP

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