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Paixões, discussões e até um cofre incendiado. O cunhado da filha de Ricardo Salgado abriu as portas para mostrar os dramas da família

Não há famílias sem conflitos e a família do multimilionário suíço Phillipe Amon, genro de Ricardo Salgado, não é excepção... a diferença é que as excentridades dos Amon custam muitos milhões.
Amarílis Borges
Amarílis Borges
04 de julho de 2024 às 20:06
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Tracey e Maurice Amon Foto: Getty Images
A filha de Ricardo Salgado, Catarina, e o marido, Philippe Amon, fazem tudo para manterem-se longe dos olhares de todos. Com uma vida discreta na pequena comuna suíça Aubanne, onde compraram as casas de todos os vizinhos para serem os únicos moradores da rua, longe das festas dos famosos, e, principalmente, longe dos destinos com concentrações de paparazzi, Catarina e Philippe Amon gostam de alimentar o mistério da família. Quem contrariava isso era o irmão de Philippe, Maurice Amon, que morreu há cinco anos depois de uma vida cheia de polémicas - todas seguidas pelos jornais e revistas. 

Philippe e Maurice Alain Amon passaram anos lado a lado na liderança da empresa da família, a gigante de tintas de segurança usadas na emissão de notas de dinheiro, a SICPA. Mas esta parceria era pouco pacífica. "A relação entre os dois irmãos era complicada", lê-se numa reportagem da 'Swiss Info'. "Maurice era um homem generoso, que gostava de viajar e festejar com os amigos. Casou-se três vezes e viajou pelo mundo em nome da SICPA, preferindo o glamour do principado do Mónaco à vida em Genebra".

Maurice era um homem de paixões e o maior exemplo foi o seu último casamento, que terminou com um pedido de divórcio por carta, um cofre incendiado e fotografias caricatas de uma coleção de sapatos.

"OS ANOS DE PURA LOUCURA"

Maurice Amon estava a finalizar um divórcio difícil em dezembro de 2007 quando conheceu Tracey Hejailan no hall de um grande hotel em Gstaad, um dos destinos favoritos dos milionários que gostam das férias na Suíça. Tracey também estava a passar por uma separação polémica, com um empresário saudita com quem teve dois filhos. 

Pouco depois daquele final de ano na Suíça, o casal trocou alianças em Hong Kong, sem acordo pré-nupcial, sem proteção de fortunas. Segundo o jornal 'Capital', Maurice e Tracey viajaram pelo mundo no avião privado, um Gulfstream IV comprado ao ator americano Russell Crowe, compravam quadros de mestres em leilões, davam festas para cerca de 500 convidados na luxuosa Gstaad e terão gasto nos anos de casados entre 500 e 700 milhões de euros. Foram "sete anos de pura loucura", escreveu a 'Capital'.

A relação acabou com a mesma intensidade como a que começou. Em setembro de 2015, Maurice enviou à mulher os documentos do pedido de divórcio, um processo que abriu no Mónaco... e a escolha pelos tribunais monegascos não foram à toa. A legislação do principado sobre o divórcio diz que, sem um acordo, os bens de cada um voltam para as contas anteriores ao casamento.

Tracey Hejailan-Amon respondeu ao abrir ela própria um processo de divórcio em Nova Iorque, alegando que era lá a sua residência oficial, e em Nova Iorque a mulher teria direito a uma parte dos bens adquiridos pelo casal, incluindo parte de uma coleção de obras de arte de 25 milhões de dólares.

Mas antes de apresentar qualquer documento para o divórcio, a mulher abriu o cofre do apartamento de Paris com um maçarico para retirar alguns dos seus bens, deixando para trás a aliança de casamento e obras de arte cobertas de cinzas.

"O cofre exalava um odor de queimado. Havia entulho no chão e uma grande quantidade de poeira por todo lado", contou Maurice Amon nos documentos do processo de divórcio, citados pelo 'New York Post'. "Vi a olho nu que a maior parte da arte contemporânea, de artistas como Jean-Michel Basquiat, Damien Hirst, Richard Prince, Gerhard Richter, Cy Twombly e Andy Warhol, estava coberta pela fina poeira de betão gerada pelo arrombamento do cofre".

Aquela mesma pintura de Basquiat esteve envolvida em outro atrito do ex-casal. Depois do episódio do cofre queimado, Maurice colocou o quadro que estava em Paris num leilão da Christie's para vendê-lo por seis milhões de dólares, mas recebeu uma ordem judicial que quase impediu o seu objetivo. Acabou por conseguir que um juiz concordasse com a venda minutos antes do leilão, disse o 'Daily Mail'.

A batalha entre o ex-casal arrastou-se durante anos nos tribunais com alguns momentos caricatos. Para provar que a principal residência da ex-mulher era no Mónaco, Maurice Amon enviou uma série de fotos da coleção de 80 sapatos de Tracey. "Basta olhar para o número de pares de sapatos no seu closet para concluir que ela mora lá", escreveu o advogado de Maurice, Peter Bronstein, no processo. A argumentação deu a Tracey a alcunha de "a senhora dos sapatos" como disse o 'Monaco Life', e deu origem à brincadeira "a casa é onde os sapatos estão", escreveu o 'The Telegraph'.

O advogado de Tracey, Aaron Richard Golub, respondeu que a cliente passava apenas os finais de semana no Mónaco. 

Tanto quanto se sabe, o divórcio arrastou-se por pelo menos três anos, até 2018, quando um tribunal de Nova Iorque decidiu que o ex-casal não tinha residência fixa nos Estados Unidos.

No processo no Mónaco, Tracey ganhou o direito a uma pensão de alimentos mensal de 122.858 dólares, que se somava a 1,2 milhões de dólares de um pagamento único feito por Maurice. A ex-mulher do empresário continuou a recorrer da decisão, justificando que tinha 500 mil dólares de despesas mensais, entre viagens de avião, temporadas em iates e despesas de casas na Suíça, Londres, Paris e Hong Kong.

Maurice Amon recusou-se a pagar mais, alegando que ao longo do casamento deu milhões em presentes a Tracey, como uma coleção de joias avaliada em 10 milhões de dólares, propriedades em Londres, um chalé suíço, um barco e um Ferrari, noticiou a 'Page Six'.

TRAGÉDIA EM SAINT-TROPEZ

Depois desta longa batalha com a terceira ex-mulher, em julho de 2019, Maurice Amon foi encontrado morto, aos 68 anos, numa villa de férias em Saint-Tropez. De acordo com o '24 Heures', o empresário morreu durante o sono com uma paragem cardíaca.

O cunhado de Catarina Amon era esperado na gala da Cruz Vermelha, no Mónaco, onde mais uma vez não ia passar despercebido dos olhos de todos, o único membro da família de multimilionários Amon que gostava dos holofotes.

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