![É o amor que faz correr Sara Matos, que não esconde brilho no olhos com a fase que está a viver](https://cdn.statically.io/img/cdn.flash.pt/images/2023-12/img_177x111$2023_12_27_18_27_54_352395.jpg)
A campanha para as eleições presidenciais norte-americanas estão em alvoroço com as suspeitas sobre o estado de saúde do atual presidente, e candidato democrata, Joe Biden, que vai fazer 82 anos em novembro. Sabe-se agora que um especialista na doença de Parkinson visitou a Casa Branca oito vezes nos últimos oito meses, uma das visitas incluiu uma reunião com o médico do presidente. Mas não se sabe quem é (ou quem serão) o paciente do especialista.
De acordo com o ‘New York Times’, o médico Kevin Cannard é um neurologista especializado em problemas de mobilidade e tem estado a fazer investigações sobre terapias de estimulação cerebral na doença de Parkinson em fase inicial. O médico é um dos consultores da Casa Branca há mais de 12 anos, o que significa que já fazia parte das equipas de Barack Obama e Donald Trump.
Durante os anos de administração de Obama – em que Biden era vice-presidente - Kevin Cannard fez 10 visitas à Casa Branca em 2012, quatro em 2013, uma em 2014, quatro em 2015 e oito visitas em 2016. Com a chegada de Trump à presidência, o ex-presidente não seguiu a política de transparência sobre as visitas à Casa Branca.
Num comunicado, o líder da equipa médica da Casa Branca, o médico Kevin O’Connor revelou que o especialista em Parkinson esteve com Joe Biden três vezes nos últimos três anos e meio, mas não explicou qual foi a natureza das visitas, se políticas ou consultas médicas.
Kevin O’Connor deu a entender, segundo o ‘New York Times’, que a maioria das idas de Kevin Cannard à Casa Branca foi para o tratamento de outros funcionários.
Um porta-voz explicou ainda que Kevin Cannard fez um check-up físico anual ao presidente dos EUA, e não encontrou nenhum sinal de Parkinson.
CAEM APOIOS
Esta semana tem sido dramática para a campanha de Joe Biden. As reações ao debate entre o presidente e Donald Trump estão a deixar Biden ainda mais enfraquecido, com declarações de que o frente-a-frente entre os candidatos foi "desastroso" para Biden.
A antiga presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, e uma das conselheiras mais próximas de Biden, recuou um pouco no seu apoio à candidatura do presidente. Se antes Nancy Pelosi era forte nas suas declarações de apoio, esta quarta-feira, 10, a congressista afirmou numa entrevista ao canal MSNBC que a discussão sobre o futuro político de Biden deve ser retomada, apesar de o presidente já ter garantido que vai continuar.
"É uma decisão do presidente se vai ser o candidato", afirmou, numa altura em que quase uma dezena de democratas pediram publicamente que Joe Biden desista da candidatura e dê o lugar a outra figura do partido.
Também George Clooney, um dos maiores financiadores de Joe Biden há vários anos, pediu que o presidente deixe a candidatura num artigo de opinião publicado no ‘New York Times’.
"Adoro Joe Biden", escreveu. "Como senador, como vice-presidente e como presidente. Considero-o um amigo e acredito nele, no seu caráter, na sua moral. Nos últimos quatro anos, ele ganhou muitas batalhas, mas a única batalha que ele não consegue ganhar é aquela contra o tempo".
"O Joe Biden com quem eu estive há três semanas numa angariação de fundos não foi o Joe de 2010", comentou ainda. "Ele nem sequer era o Joe Biden de 2020. Era o mesmo homem que todos nós vimos no debate".
A REAÇÃO DE BIDEN
"Não vou a lado nennhum, pessoal", afirmou o presidente dos Estados Unidos aos financiadores da campanha após o debate com Trump, citado pela ‘CNN’. "Estou nisto até ao fim, vou vencer o Trump. Prometo-vos".
Enquanto os democratas começam a olhar para Kamala Harris como uma possível segunda opção, a vice-presidente não recuou no apoio a Biden. "As pessoas votaram em números recordes em 2020. Foi isso que foi possível fazer acontecer, e quando todos votarem nesses números novamente, em 122 dias, poderemos ver isso acontecer".
UMA QUESTÃO DE IDADE
A assumir que os dois candidatos principais se mantêm na corrida, independentemente de quem vença as eleições em novembro, os Estados Unidos terão o presidente mais velho de sempre na História do país.
Se vencer as eleições em novembro, Joe Biden terá 82 anos. Se for Donald Trump a vencer, terá 78 anos. Mas isso não faz nem um nem outro serem os mais velhos no cenário mundial. O presidente mais velho do mundo, no momento, é Paul Biya, que tem 91 anos. Com a mesma idade de Biden, e ainda em funções, há o presidente italiano, Sergio Mattarella, e o presidente da Namíbia, Nangolo Mbumba. Mas a verdade é que nem a Itália nem a Namíbia são os Estados Unidos...