Paula Amorim é líder de uma maiores marcas de Portugal e aprendeu de perto os meandros dos negócios com um dos homens mais poderosos do País,
o pai, Américo Amorim, mas houve um período em que se sentiu sem a segurança que o apelido sempre lhe deu.
Quando,
há 19 anos, a empresária decidiu lançar um projeto em nome próprio viu-se sem o apoio do seu mentor, Américo Amorim. O empresário (que morreu em 2017) tinha feito o seu grande investimento no ano anterior. "Era o momento dele, era a vida dele e eu tinha de fazer o meu percurso", recordou Paula Amorim recentemente na conferência "Portugal o país onde vais querer estar", citada pelo 'Eco'.
"Na altura, sem suporte familiar e sem suporte financeiro, porque não foi decisão bem acolhida", Paula Amorim
avançou com o lançamento da Fashion Clinic dando como garantia as ações que detinha na holding da família Amorim para ter financiamento.
"Contrariamente a todas as expectativas", a empresária não quis ficar "exclusivamente à espera", recordou. "Tive oportunidade de fazer o meu próprio caminho", afirmou. "O maior risco da minha vida foi o julgamento do meu próprio líder", acrescentou. O risco podia significar ter de "penhorar" o seu futuro nos negócios da família.
Onze anos depois daquele investimento, Américo Amorim decidiu deixar a presidência do conselho de administração da Galp Energia, para ser substituído pela filha mais velha, Paula Amorim, que já há vários anos estava nos quadros das empresas da família. Na altura, Paula Amorim já tinha assumido a presidência do Grupo Américo Amorim - cargo que em 2020 passou para a irmã Marta Amorim.
Desde 2005, portanto, a empresária tem tentado conciliar o império que herdou do pai com os seus próprios interesses ligados ao luxo. O grupo Amorim Luxury, aliás, tem refletido as ideias da mulher mais poderosa de Portugal. Um dos investimentos que mais deu que falar nesta área foi a recente venda de 10% da Tom Ford, que lhe permitiu encaixar cerca de 270 milhões de euros.
