• Rachel Maia (@rachelomaia)
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Rachel Maia (Foto: Divulgação)

Rachel Maia (Foto: Divulgação)

Concordo com CEOs e presidentes que acreditam que a sustentabilidade pode ajudar a impulsionar o desempenho dos negócios, por isso esse tema é uma das maiores prioridades em 2022. O entrave tem sido a falta de insights de dados e as pressões econômicas que acabam por limitar as ações. E isso quem diz não sou só eu ou meus parceiros de grandes empresas, mas também um novo estudo do IBM Institute for Business Value (IBV).

Hoje vejo claramente que uma empresa ou marca que tem um CEO focado em sustentabilidade e consegue fazer com que a empresa se destaque dentro de seu mercado de atuação é um dos principais indicadores de sucesso. A sustentabilidade é um conjunto de políticas e ações, economicamente sustentáveis e socialmente responsáveis, aplicadas às operações e produtos de uma empresa. Além do que, ​a adoção de medidas sustentáveis nas atividades empresariais não só contribui para preservação do meio ambiente, mas também são capazes muitas vezes de reduzir os custos de um negócio.​

O estudo anual de CEOs da IBM, Own your impact: Practical paths to transformal Sustainability (em tradução livre: "Seja dono do seu impacto: caminhos práticos para a sustentabilidade transformacional"), entrevistou 3.000 CEOs em todo o mundo e descobriu que mais de 80% deles afirmam que os investimentos em sustentabilidade de sua empresa produzirão melhores resultados de negócios nos próximos cinco anos. E quase metade (45%) acham que a sustentabilidade vai acelerar o crescimento dos negócios.

Muitos líderes também se mostraram bem práticos, com quase 70% dizendo que estão diretamente envolvidos na definição da estratégia de sustentabilidade de sua organização. E isso acontece mesmo com toda a pressão rolando solta: os líderes relatam receber maior cobrança dos membros do conselho (72%), seguidos pelos investidores (57%), parceiros do ecossistema (49%), reguladores (49%) e governo (46%).

Como resultado, o investimento do CEO em sustentabilidade mais que dobrou como porcentagem da receita nos últimos cinco anos. E ainda traz benefícios como redução de custos de produção, desde os materiais ao uso de energia e água, melhor posicionamento da empresa no mercado, motivação e engajamento dos colaboradores, auxílio no desenvolvimento sustentável da sociedade, satisfação do consumidor e atratividade para investidores.

Ainda sobre o último estudo do IBV, quase 60% dos líderes listam ROI e benefícios econômicos pouco claros como um dos principais desafios para alcançar objetivos e implementar a sustentabilidade em sua organização, seguidos por uma falta de insights de dados (44%), barreiras regulatórias (43%) e barreiras tecnológicas (35% ).

Os CEOs estão colocando palavras em ação, mas não estão incorporando estratégias de sustentabilidade em toda a organização. Enquanto quase todos (95%) CEOs relatam estar pelo menos no estágio piloto de implementação de sua estratégia de sustentabilidade, pouco menos de um quarto (23%) diz que está implementando sua estratégia de sustentabilidade em toda a organização.

Apesar dos desafios deste ano – guerra, pandemia, inflação etc… – , eles não estão tirando o pé do acelerador quando se trata de sustentabilidade. Ao contrário, eles a classificam entre suas principais prioridades.

Nota: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Vogue Brasil.