A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) estabeleceu uma variação de 4,88% para um dos fatores que compõem os preços de remédios no Brasil. O fator Y reajusta os preços dos medicamentos com base no impacto de preços na indústria farmacêutica em relação aos demais setores da economia. Quanto maior o fator Y, maior o percentual repassado a você, consumidor.
Os preços finais estão sujeitos a um teto, levando em conta a inflação pelo IPCA e outros dois fatores específicos para a indústria. É provável que o valor máximo do reajuste fique acima de 6%, o maior desde 2016, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Diante desse cenário, para ajudar você a economizar com remédios em meio à pandemia de covid-19, o Valor Investe fez uma live nesta quarta-feira (31), às 17h, no Instagram.
Matheus Falcão, assessor jurídico do programa de saúde do Idec, foi entrevistado pela repórter Júlia Lewgoy. Ele explica por que o reajuste no preço dos medicamentos pode ser tão alto, como a regulação atual pode ser aperfeiçoada e o que prevê um projeto de lei que aborda o assunto em análise no Senado.
Falcão também ensina formas de economizar na compra de remédios. Ele esclarecerá como funciona o programa Farmácia Popular, que oferece medicamentos de graça ou com desconto e se os genéricos ou remédios similares são confiáveis. Também dá dicas para comparar preços e obter descontos.
Falcão também é advogado, mestre em Direitos Humanos pela Universidade de São Paulo (USP) e graduado em Direito pela mesma universidade. É pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Direito Sanitário da USP desde 2013 e foi pesquisador da Organização Mundial de Saúde (OMS) entre 2017 e 2018.
A live faz parte do projeto "Júlia, socorro!", que responde dúvidas sobre direito do consumidor por meio de lives no Instagram e textos em blog. Envie suas perguntas e sugestões para o e-mail julia.lewgoy@valor.com.br.
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