É provável que você já tenha sido vítima de alguma tentativa de golpe ou então que conheça alguém que foi. O avanço da tecnologia, associado à facilidade dos meios de comunicação e pagamento fez com que os golpistas se aproveitassem da vulnerabilidade dos sistemas e dos consumidores para aplicar as fraudes.
De acordo com o estudo “Faces da fraude: experiências do consumidor com fraude e o que isso significa”, da SAS, empresa de inteligência artificial e analytics, este movimento também está fazendo com que os clientes repensem sobre as obrigações das empresas em protegê-los – e os compromissos que eles estão dispostos a fazer para melhorar a sua segurança.
A pesquisa foi realizada com 13.500 consumidores em 16 países, incluindo o Brasil e revelou que a maioria dos consumidores brasileiros (80% dos entrevistados) relata ter sofrido fraude pelo menos uma vez. Mais da metade (52,8%) indica ter sido vítima de fraude duas ou mais vezes.
Se é errando que se aprende, o levantamento mostra que 55,8% dos participantes brasileiros diz ter sofrido mais fraudes em 2022 em comparação com 2021 e 85% admitem ter mais cautela hoje mais cautelosos com fraudes do que no passado.
As estratégias de fraude mais comuns relatadas pelos participantes da pesquisa foram tentativas de obter dados bancários ou pessoais. Os celulares e o e-mail surgiram como os canais de comunicação mais utilizados pelos fraudadores para fazer o contato inicial.
Stu Bradley, vice-presidente sênior de inteligência de fraude e segurança do SAS, ressalta um dado da pesquisa que aponta que 84% dos brasileiros entrevistados afirmaram que mudariam de prestador de serviços em casos de fraude ou ainda se outro prestador oferecesse melhores condições de segurança. Na média global, dois terços fazem a mesma afirmação.
Para os consumidores, é importante que as empresas adotem defesas robustas contra fraudes. Entre os brasileiros, 97% afirmam que as organizações deveriam fazer mais para protegê-los contra fraudes – globalmente o percentual é de 89%.
A pesquisa também revela ideias importantes para as empresas, pois 86% dos brasileiros disseram que concordariam com mais atrasos e verificações nas transações para melhor proteção contra fraudes.
O estudo feito com entrevistados do Reino Unido e da Europa continental, EUA, Canadá, Brasil, Emirados Árabes Unidos e África do Sul mostra que nove em cada dez pessoas estão dispostas a usar métodos biométricos como reconhecimento facial, geometria da mão, identificação da retina ou reconhecimento de voz para pagamentos e transações.
As organizações devem encontrar um equilíbrio entre a experiência do cliente, rápida e de baixo atrito, e as defesas contra fraudes, especialmente devido à explosão de dados com os serviços digitais. Apesar dos elevados riscos de fraude associados às transações digitais, a predileção dos consumidores por esses serviços só tende a crescer; 62,6% dos entrevistados antecipam que vão continuar a utilizar os serviços digitais no mesmo nível atual, ou utilizá-los ainda mais frequentemente (22,5%).
A detecção de fraudes habilitada por inteligência artificial pode oferecer o melhor dos dois mundos, ajudando as organizações a encontrar mais fraudes, mais cedo e muito mais rapidamente, melhorando a eficiência e a precisão de suas estratégias de detecção e prevenção de fraudes em tempo real.
Usar recursos de detecção de fraude pode ajudar as organizações a vencer os criminosos. Na opinião de Bradley, as empresas que atendem às expectativas de seus clientes podem transformar a prevenção de fraudes em um construtor de fidelidade. “Em última análise, a IA pode ser utilizada como uma vantagem competitiva que ajuda as empresas a automatizarem e expandirem seus negócios, ao mesmo tempo em que reduzem as perdas por fraude”, afirma o vice-presidente.
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