A transferência bancária instantânea por Pix já se tornou um dos meios de pagamento mais recorrentes no Brasil, desbancando o boleto e aposentado o DOC. Além de rápido, ele apresenta um custo menor para os lojistas/comerciantes, principalmente em comparação aos cartões de crédito e débito.
Por isso, empresas fazem promoções e dão descontos na intenção de estimular o pagamento por Pix, que é à vista. Mas quando vale a pena optar por este meio de pagamento em vez de outros?
De acordo com os cálculos do banco digital N26, a partir de 5% de desconto, já é mais vantajoso optar pelo Pix. Mas isso só vale se você tiver o dinheiro para pagar o total da compra.
O cálculo leva em consideração a possibilidade de parcelamento sem juros e os benefícios que os cartões oferecem, como pontos, cashback ou milhas.
Outro ponto que entra na conta é que, em um ambiente de juros altos como vemos agora, deixar o dinheiro em uma aplicação simples como o Tesouro Selic ou um CDB que remunere 100% do CDI já vale um bom troco. Esse retorno alto torna o parcelamento mais atraente, assim você consegue deixar uma parte do dinheiro rendendo até o fim do pagamento.
“Pagar com boleto não costuma ter benefícios, então, se a empresa oferecer benefício para pagar com Pix, vale a pena, já que os dois são muito parecidos pra rotina de cuidados financeiros. Para as compras é um pouco mais complicado, mas tem um macete: se você puder pagar à vista e tiver um desconto igual ou maior que 5% para usar o Pix, vale a pena", diz Eric Nogare, Gerente de Produtos de Pagamentos da N26.
Um exemplo ajuda a entender: se o produto custa R$ 1.000 e tem desconto de 2% para pagar à vista no Pix, você economiza R$ 20 na hora. Mas se puder parcelar em 5x sem juros e seu cartão tiver 1% de cashback, você ganha R$ 10 de cashback e cerca de R$ 20 de rendimento ao final dos 5 meses, com rendimento de 100% do CDI.
Claro que o número de parcelas e a rentabilidade do investimento alteram esta conta. Mas este seria um norte para quem está em dúvida se vale a pena usar o desconto do Pix.
No fim das contas, o mais importante é tentar negociar e buscar o que for mais vantajoso para cada um no momento, de modo que nunca gaste demais, ao ponto de se endividar.
"É a famosa frase: o maior desconto é não comprar. Pense duas vezes para evitar as compras por impulso que não valham a pena no final. Decidiu comprar? Então negocie. Você vai se surpreender com quantas vezes vai ganhar descontos ao negociar. No fim, o mais importante de tudo é não se endividar. Uma dívida sempre vai comer mais dinheiro do que um possível desconto.”, finaliza.