A inflação em 12 meses no país mostrou um avanço de 5,60%. O valor é bem acima do teto da meta do governo, que estipulou para 2023 o objetivo de manter a inflação na casa dos 3,25%. Mesmo assim, há quem pretenda gastar mais neste ano do que no ano passado. Uma pesquisa feita pela empresa de cartões de crédito Trigg com mais de 4 mil clientes mostrou que 75,35% dos respondentes pretendem fazer mais compras neste ano do que fez no ano passado. Apenas 9,29% pretendem comprar menos, enquanto 15,36% ainda não sabem.
Na lista de prioridades para as compras, os gastos com alimentação lideraram, citados por 58,27% dos respondentes. Já 37,87% afirmaram que pretendiam gastar com educação e 34,81% com saúde.
As viagens, no entanto, apareceram na sequência, com 29,76% dos entrevistados as citando como uma das priodidades de compra. Os gastos com moradia vieram em seguida, apontados por 29,13%.
Os bens de consumo também apareceram na lista. Os gastos com eletrônicos foram apontados por 27,79% e os gastos com automóveis foram apontados por 22,14% dos respondentes.
O levantamento ainda mostrou que, entre os respondentes, 51,89% prefere fazer compras on-line contra 48,11% que preferem as presenciais.
O cartão de crédito apareceu como a principal escolha na hora de pagar, citado por 85,93% dos entrevistados. O Pix veio na sequência, apontado por 9,31%. O cartão de débito foi apontado por 1,64%; os apps de pagamento, por 1,42%; o dinheiro, por 1,34%; o boleto, por 0,30% e o cheque por apenas 0,05%.
O levantamento ouviu 4.016 pessoas, dos 16 estados e do Distrito Federal. Foram ouvidos entrevistados de diferentes faixas etárias, saindo de 25 anos até acima de 65 anos.
Pesquisa em 2022
No ano passado, embora a inflação tenha vindo acima das expectativas e encerrado o ano em quase 5,8%, os entrevistados também mostraram a intenção de gastar mais do que no ano anterior. Em 2022, 71,5% dos entrevistados no mesmo levantamento disseram que estavam gastando mais naquela altura do que em 2021. Por outro lado, apenas 42,60% tinham a expectativa de gastar mais do que no ano anterior dali em diante. Naquela altura, 36,76% dos entrevistados disseram que continuariam gastando a mesma coisa. Já 20,65% pretendiam gastar menos.
No começo do ano passado, as prioridades de compras eram um pouco diferentes. Segundo o levantamento, 45,78% citaram que sua prioridade no começo de 2022 era com alimentação. Já 8,80% apontaram educação e 8,61% citaram os gastos com eletrônicos. As viagens só foram citadas por 3,55% e apareceram atrás de itens como moradia (apontado por 6,75%), automóveis (citado por 6,53%) e eletrodomésticos (apontado por 4,50%).