O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), James Thorp Filho, estima que os preços da gasolina tenham um eventual impacto de R$ 0,60 por litro e os do etanol de R$ 0,25 por litro nas bombas, caso as alíquotas do PIS/Cofins retornem para os valores aplicados antes da desoneração promovida em 2022. A entidade ainda espera a decisão do governo sobre possível reoneração dos preços antes de projetar o impacto nas bombas.
A medida provisória editada no início do ano pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva prorrogava a alíquota zero para gasolina, etanol e gás natural veicular (GNV) até 28 de fevereiro. Para óleo diesel, gás natural e gás liquefeito de petróleo (GLP), a desoneração total foi estendida para até 31 de dezembro.
Thorp salientou que anda não tem o valor exato da desoneração e disse que a entidade prefere que a desoneração seja mantida para todo o setor de combustíveis, o que reduziria a necessidade de capital de giro pelos postos de combustíveis, entre outros motivos.
"Quanto mais barato o preço estiver, menos capital de giro será necessário", disse Thorp, que falou à reportagem antes das reuniões do governo para fechar a decisão sobre o imposto federal.
À tarde, o Ministério da Fazenda havia confirmado que a gasolina pode ser mais onerada que o etanol, mas os pilares da medida ainda não estão definidos.
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