Gastar Bem

Por Beatriz Pacheco, Valor Investe — São Paulo


As despesas com gasolina comum correspondem a 6,8% da renda média domiciliar no país, de R$ 4.131,50, de acordo com o Indicador de Poder de Compra de Combustíveis, que faz parte do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade. Mas, com base nesses dados e no levantamento da plataforma KBB Brasil sobre os hábitos de rodagem do brasileiro, o Valor Investe estimou que um modelo popular pode consumir até mais, alcançado quase 11% do orçamento familiar, caso o combustível eleito seja o diesel, se o automóvel for adaptado ao GNV ou se as passadas no posto incluírem, vez ou outra, a gasolina aditivada.

O indicador dos gastos com gasolina comum (preferida entre os brasileiros) em janeiro caiu 2,5 pontos percentuais ante o trimestre anterior, quando as despesas com o combustível chegaram a comprometer até 9,3% da renda - o maior percentual da série histórica. E quando o Indicador de Poder de Compra de Combustíveis cai, significa que a gasolina fica mais barata em relação à renda.

A cesta compõe ainda o Indicador de Custo-Benefício Flex, que relaciona os preços médios do etanol hidratado e da gasolina comum em diversas localidades do país.

Todos os dados são apresentados no Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, uma iniciativa da própria Veloe - empresa de soluções em mobilidade idealizada em parceria da Alelo, Banco do Brasil e Bradesco - com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O relatório compila e analisa dados de fontes como a própria Veloe, a Fipe, além de Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Preço do combustível em janeiro

Nos últimos 12 meses, os preços médios de três dos seis combustíveis monitorados pelo panorama recuaram no mercado. A principal queda foi a do litro de gasolina comum, que ficou 23,6% mais barato nesse último ano. A gasolina aditivada barateou 22,8%, e o etanol hidratado teve decréscimo de 22,6%.

Em contrapartida, o preço médio do GNV subiu 11,2%, o do diesel comum encareceu 15,7% e o do diesel S-10 teve a maior alta, de 15,8% em 12 meses.

Preço médio dos combustíveis em janeiro/2023

Combustível Preço médio/litro abastecido
Etanol hidratado R$ 3,919
Gasolina comum R$ 5,108
GNV R$ 5,143
Gasolina aditivada R$ 5,246
Diesel comum R$ 6,424
Diesel S-10 R$ 6,502

A região Nordeste é a que tem a gasolina comum mais cara do país, de em média R$ 5,290. Entre os estados, o Ceará teve o maior preço para combustível, de em média de R$ 5,626 o litro nas bombas cearenses. O etanol também estava mais caro para os nordestinos, em média a R$ 4,304 o litro contra os R$ 3,91 da média nacional.

O menor valor para a gasolina comum em 2022 foi visto nos postos da região Sudeste, onde o preço médio ficou em R$ 5,028. O estado de São Paulo teve a média mais barata, de R$ 4,968 por litro.

O que vale mais a pena: álcool ou gasolina?

De acordo com o Indicador de Custo-Benefício Flex, que fornece um parâmetro para avaliação entre preço e rendimento médio dos combustíveis para veículos leves tipo flex, abastecer com gasolina ainda é mais vantajoso que com o etanol (álcool).

Em janeiro de 2023, o preço médio do litro de etanol hidratado equivalia a 81,6% do valor cobrado pela gasolina comum. E de acordo com os parâmetros utilizados pela Fipe, considera-se que compensa abastecer com gasolina quando o indicador for superior a 75%.

Em janeiro, a relação entre os preços da gasolina e do álcool atingiu o maior nível desde dezembro de 2021. Quando a equação está entre 65% e 75%, fica a critério da pessoa escolher entre os dois combustíveis. E quando o índice for inferior a 65%, o álcool é considerado mais vantajoso, segundo os cálculos da Fipe. Os dados utilizados na construção dos indicadores do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade têm como fontes a Veloe, Fipe, ANP e IBGE.

Vale a pena abastecer? Gasolina consome 7% da renda, mas gastos podem ser até maiores — Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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