O primeiro carnaval sem as restrições sanitárias impostas pela covid-19 está acontecendo. No Rio, a agenda oficiais de blocos começou no último dia 21 de janeiro. Em São Paulo, 527 bloquinhos foram autorizados pela prefeitura e deverão tomar as ruas a partir de 10 de fevereiro. Com a ansiedade em comemorar o carnaval e aproveitar a folga prolongada, muitos foliões só querem se divertir sem pensar no tamanho da conta dos tributos que incidem sobre os itens mais consumidos durante a festa popular. Mas um levantamento mostra quais são os itens destaques do "bloco do Impostômetro’.’
O sistema da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que calcula quanto o país recolheu de tributos e exibe o dado em um painel no centro de São Paulo, mostra que as maiores tributações incidem sobre as bebidas alcoólicas.
Bebidas: A cachaça, por exemplo, compõe 81% em tributos, e o chope, por sua vez, são 62%. Na cerveja lata,a tributação representa 47,2% do valor pago por quem brinca o carnaval.
Para garantir a hidratação durante o bloco, o peso da carga tributária pode ultrapassa 46% no caso do refrigerante em lata. Outros itens não alcoólicos que são tributados são a água mineral, 31,5%, e água de coco 34,1%.
Adereços: Mais de 40% do valor do confete e da serpentina, indispensáveis para a diversão dos foliões, correspondem a tributo.
Fantasias: as roupas feitas em tecido, sem estruturas de arames, tem carga tributária de 33,9%. No biquíni com lantejoulas, que promete ser sensação nesse ano, o peso é de 42,2% Ou seja, para evitar a mordida do leão, é importante evitar compras desnecessárias e usar a criatividade.
Passagem aérea e hotel: Para quem pensa em viajar no carnaval, ainda é preciso considerar a tributação dos serviços de viagens e turismo. E, segundo o levantamento, está mais caro se divertir. No caso das passagens aéreas, houve salto de 9,25%, em 2019, para 22% este ano na tributação. O encarecimento do combustível de aviação é o principal fator da elevação. Na "folia dos tributos", 29,6% das tarifas dos hotéis é formada por impostos.
A regra para tributar os produtos leva em conta a essencialidade, ou seja, quanto mais importante for para a população, menor deve ser a tributação. Baseado nisso, os governos taxam mais os produtos considerados supérfluos, artigos de luxo e itens que fazem mal à saúde. E são esses itens, que mais são consumidos nessa época do ano.
Vale lembrar que ao longo do ano de 2022, o volume arrecadado em impostos no Brasil foi de de R$ 2.890.489.835.290,32 (R$ 2,89 trilhões).O total equivale à arrecadação nos três níveis: federal, estadual e municipal, incluindo taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária e correspondendo a um aumento de 11,5% em relação a 2021, quando foram arrecadados R$ 2,6 trilhões.