Bolsas e índices

Por Beatriz Pacheco, Valor Investe — São Paulo


O peso das palavras pode mudar até o curso de um rio no mercado financeiro. E o pregão desta quinta (20) não poderia ter sido um exemplo melhor disso.

As palavras no comunicado do Copom, divulgado no fim do dia de ontem, nutriram um bom humor que atualmente está escasso no mercado do Brasil.

Pena não durou muito tempo.

Contrariado pela votação unânime do comitê de manter a taxa alta (e por mais tempo), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, reagiu. E suas críticas ao mercado financeiro foram duras.

Que, por sua vez, respondeu punindo ativos domésticos.

Então o que era para ter sido um dia glorioso na bolsa brasileira virou mais uma sessão de sobe e desce. E sobe. É como dizem por aí: o Brasil tem a capacidade de capotar na reta.

Pelo menos o tropeço de hoje virou uma cambalhota e, assim, o índice conseguiu voltar ao campo dos ganhos antes do fim do pregão.

  • O Ibovespa encerrou o dia com ganho de 0,15%, nos 120.446 pontos. Na máxima do dia, alcançada antes da fala de Lula, foi aos 121.607 pontos. Na semana, o índice ainda salva 0,68% de alta, mas acumula 1,35% de baixa no mês de junho até aqui. No ano, já afundou 10,24%.

  • O giro financeiro no Ibovespa refletiu um pouco desse ressábio dos investidores. O índice girou R$ 14,6 bilhões hoje, 13,6% abaixo da média diária dos últimos 12 meses, de R$ 16,9 bilhões.

Já o dólar, que vinha em queda durante a manhã, foi o primeiro ativo a virar após a fala de Lula. E também o único que manteve a nova direção até o fim da sessão. Mas porque teve mais motivos para isso: as taxas dos títulos públicos dos Estados Unidos (Treasuries) tiveram correção altista, o que aumentou a pressão sobre o câmbio.

Uma renda fixa mais atraente no maior mercado financeiro do mundo - e ainda rentabilizada em dólar - funciona como uma draga de capital. Ou seja, mais recursos se concentram nos títulos da dívida pública americana, o que fortalece sua moeda.

  • O dólar à vista encerrou a sessão em alta de 0,38%, nos R$ 5,46. No mercado externo, o índice DXY, que mede a força da divisa americana frente uma cesta de moedas estrangeiras, avançou 0,39% nas negociações. Na semana, o câmbio subiu 1,49%, e 4,06% no mês. O dólar já está 12,56% mais caro para o brasileiro desde o começo do ano.

As palavras do banco central…dos EUA

Um fator que passou quase despercebido ao Brasil hoje foi um indicativo mais duro do banco central dos EUA (Federal Reserve, o Fed). Mas os ativos americanos sentiram. E isto, claro, adicionou pressão sobre o mercado local.

Os índices de Nova York tiveram um raro dia ruim, e as taxas da curva de juros americana, que andavam praticamente de lado, adotaram sentido de uma alta mais expressiva.

O “culpado” lá foi o presidente da distrital do Fed de Mineápolis, Neel Kashkari, reforçou o discurso do “higher for longer” (alto por mais tempo, numa tradução livre). A ideia é que as taxas de juros americanas devem seguir em patamares elevados por mais tempo do que o mercado espera.

Ou seja, a realidade de inflação rapidamente controlada é equivocada, e o ambiente de juro real zero não volta tão cedo para os EUA. Talvez não volte nunca, dizem alguns…

As palavras do Copom e a reação de Lula

Por aqui, a inalteração da Selic, que segue em 10,5% ao ano, e o tom incisivo do comunicado do Copom unânime tiveram efeito contrário: agradaram o mercado.

Embora pareça um contrassenso, neste momento, a conservação da taxa em vez de cortá-la agrada os investidores. Isto porque a alternativa, embora parecesse boa para os ativos de risco no curto prazo, na verdade representava a esses negociantes uma ameaça ao futuro da economia.

A ideia é que, como uma gripe mal curada que pode evoluir para uma pneumonia, a inflação, se não controlada, torna-se um problema crônico.

E de "inflação crônica" o Brasil entende bem.

Então a tensão de investidores foi aliviada quando os quatro diretores do Copom indicados pelo atual governo mostraram alinhamento com o que o mercado entende ser a visão técnica para os juros.

Trocando em miúdos, a manutenção da política contracionista até que os dados de inflação voltem a convergir para a meta do BC, de 3% ao ano (com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima), é o “remédio amargo” da economia brasileira.

Na visão de investidores e economistas.

A curva de juros brasileira acabou refletindo estes sinais trocados de fora e de dentro: redução do prêmio de risco para os títulos com vencimentos no curto e médio prazo, mas aumento nos de longo prazo.

  • Prêmios em contratos de mais curto prazo estão mais ligados às expectativas de investidores para a Selic. A Taxa de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 reajustou de 10,71% ontem para 10,62% no fechamento de hoje. A lógica é que os investidores embutiram mais risco nas taxas anteriores, com receio de uma divergência no Copom. Para janeiro de 2033, escalou de 12,17% para 12,20%. Quão mais longo o prazo, maior a influência do cheiro de calote do governo ("risco fiscal", se preferir).

Mas as palavras do Copom ontem contrariaram o líder do Planalto. Parece intolerável para o governo o indicativo dado pelo BC de manutenção da taxa neste patamar pelo menos até o começo de 2025.

Senão por mais tempo.

Aí Lula usou o microfone em sua entrevista à rádio "Verdinha", de Fortaleza (CE), para acusar o BC de se "aliar" ao mercado financeiro e especuladores, numa decisão que "prejudica o povo brasileiro".

Desagradou, claro.

Não só porque "abriu" fogo contra os negociantes, mas porque passou a imagem de um líder político que tenta conduzir a política monetária "na marra".

E aí todas as palavras gastas pelos ministros de Lula nas últimas semanas para reforçar o compromisso do governo com a política fiscal passaram a valer nada. Ou muito pouco.

Mas Lula tem um ponto bastante válido em suas críticas. Não é apenas por uma questão de impopularidade da medida, a Selic em 10,5% ao ano realmente “estrangula” a economia.

E quem acaba pagando (literalmente) o preço da taxa em patamar elevado são as pessoas e as empresas.

Por um lado, o serviço da dívida sobe, o que pressiona as margens de rentabilidade das companhias endividadas. Do outro, o custo do capital segue alto para empresas e pessoas físicas, ou seja, há menos recursos livres para investimentos e consumo.

Claro que o Copom sabe disso, porque é justamente o efeito que busca no sentido de controlar a alta dos preços.

Neste panorama, as exportadoras tiveram um bom dia na bolsa hoje, graças ao dólar alto. Já as empresas dependentes da economia doméstica apanharam da perspectiva de Selic alta por mais tempo que esperado.

  • Assim, a carteira do Ibovespa ficou no meio a meio. Das 86 ações no índice, 43 desvalorizaram na sessão de hoje. Destaque para as siderúrgicas entre as altas, e para a construtora de imóveis populares MRV na rabeira.

É uma questão de escolha. Lula e o BC tratam um mesmo problema de perspectivas diferentes.

O problema é que, para qualquer uma delas, quem paga é a população brasileira, especialmente os mais pobres, cujo poder de compra é mais afetado pela inflação e pelos juros altos.

Então a verdadeira escolha que está sendo feita aqui é quando essa conta vai chegar. Se agora ou depois.

Movimento das ações do Ibovespa em 20/06/2024

Código Nome Abertura Mínima Média Máxima Fechamento Var. %
RECV3 PETRORECSA ON 18,18 18,07 18,58 19,00 18,80 4,85
USIM5 USIMINAS PNA 7,38 7,36 7,63 7,81 7,61 3,68
SMTO3 SAO MARTINHO ON 31,91 31,72 32,64 33,15 32,88 3,53
CCRO3 CCR SA ON 11,67 11,67 11,90 12,02 11,92 2,49
WEGE3 WEG ON 39,87 39,87 40,50 40,79 40,78 2,44
MRFG3 MARFRIG ON 10,95 10,95 11,13 11,27 11,13 2,30
PETR3 PETROBRAS ON 38,21 37,99 38,35 38,69 38,40 2,02
CSNA3 SID NACIONAL ON 12,78 12,76 13,02 13,21 13,00 1,96
BEEF3 MINERVA ON 6,52 6,49 6,56 6,70 6,58 1,70
PCAR3 P.ACUCAR - CBD ON 2,98 2,94 2,99 3,04 3,00 1,69
VAMO3 VAMOS ON 7,40 7,26 7,43 7,65 7,40 1,65
PETR4 PETROBRAS PN 36,22 36,20 36,58 36,89 36,50 1,59
CMIN3 CSN MINERACAO ON 5,10 5,06 5,16 5,24 5,15 1,58
BRFS3 BRF SA ON 20,14 20,03 20,29 20,46 20,31 1,45
BRAP4 BRADESPAR PN 18,13 18,05 18,22 18,30 18,23 1,28
PETZ3 PETZ ON 3,46 3,37 3,45 3,54 3,43 1,18
BRKM5 BRASKEM PNA 17,87 17,76 17,96 18,18 17,95 1,13
GOAU4 GERDAU MET PN 10,18 10,16 10,27 10,38 10,24 1,09
CVCB3 CVC BRASIL ON 1,91 1,87 1,91 1,95 1,91 1,06
IRBR3 IRBBRASIL RE ON 31,21 31,05 31,40 31,78 31,32 1,06
GGBR4 GERDAU PN 17,30 17,29 17,48 17,71 17,40 0,99
VALE3 VALE ON 61,05 60,82 61,33 61,62 61,40 0,90
VIVT3 TELEF BRASIL ON 44,46 44,12 44,48 44,77 44,66 0,79
ABEV3 AMBEV S/A ON 11,25 11,20 11,29 11,40 11,28 0,71
SOMA3 GRUPO SOMA ON 5,92 5,83 5,89 5,98 5,86 0,69
CMIG4 CEMIG PN 10,25 10,21 10,28 10,37 10,25 0,49
BBAS3 BRASIL ON 26,38 26,27 26,42 26,63 26,39 0,46
BBSE3 BB SEGURIDADE ON 32,71 32,53 32,64 32,98 32,71 0,43
JBSS3 JBS ON 29,57 29,26 29,53 29,93 29,53 0,41
TAEE11 TAESA UNIT 33,47 33,41 33,52 33,67 33,49 0,39
TRPL4 TRANS PAULISTA PN 25,80 25,43 25,62 25,90 25,48 0,35
RAIL3 RUMO S.A. ON 19,74 19,26 19,51 19,93 19,60 0,31
VBBR3 VIBRA ON 20,66 20,40 20,57 20,85 20,54 0,29
BBDC3 BRADESCO ON 11,10 11,03 11,11 11,20 11,07 0,27
KLBN11 KLABIN S/A UNT 20,47 20,43 20,55 20,75 20,56 0,24
CPFE3 CPFL ENERGIA ON 32,53 32,36 32,56 32,81 32,51 0,22
TOTS3 TOTVS ON 29,69 29,44 29,62 29,91 29,49 0,20
CIEL3 CIELO ON 5,65 5,63 5,64 5,66 5,65 0,18
SLCE3 SLC AGRICOLA ON 17,75 17,59 17,73 17,89 17,70 0,17
ALOS3 ALLOS ON NM 20,80 20,49 20,75 21,28 20,64 0,15
FLRY3 FLEURY ON 14,30 13,99 14,17 14,43 14,16 0,14
TIMS3 TIM ON 15,79 15,67 15,76 15,91 15,70 0,13
RADL3 RAIA DROGASIL ON 25,08 24,32 24,69 25,19 24,79 0,08
SBSP3 SABESP ON 72,31 71,54 72,12 73,52 72,06 -0,08
EGIE3 ENGIE BRASIL ON 44,00 43,56 43,96 44,34 43,96 -0,09
ITSA4 ITAUSA PN 9,86 9,76 9,81 9,88 9,80 -0,10
SANB11 SANTANDER BR UNIT 27,90 27,35 27,54 28,00 27,59 -0,11
ARZZ3 AREZZO CO ON 50,70 49,58 50,03 51,29 49,85 -0,12
BBDC4 BRADESCO PN 12,50 12,33 12,42 12,58 12,41 -0,24
ENGI11 ENERGISA UNT 44,48 43,87 44,29 44,91 44,08 -0,43
IGTI11 IGUATEMI S.A UNT 19,63 19,40 19,67 20,04 19,50 -0,46
EQTL3 EQUATORIAL ON 29,01 28,70 28,92 29,24 28,80 -0,52
DXCO3 DEXCO ON 6,76 6,63 6,74 6,91 6,66 -0,60
ENEV3 ENEVA ON 12,46 12,20 12,33 12,54 12,30 -0,65
UGPA3 ULTRAPAR ON 21,83 21,32 21,56 21,92 21,53 -0,65
ITUB4 ITAU UNIBANCO PN 32,38 31,86 32,04 32,46 31,91 -0,68
CSAN3 COSAN ON 12,88 12,61 12,72 13,00 12,68 -0,70
RAIZ4 RAIZEN PN 2,82 2,74 2,78 2,85 2,78 -0,71
LWSA3 LWSA ON 4,09 4,01 4,07 4,19 4,02 -0,74
EZTC3 EZTEC ON 13,27 12,88 13,02 13,38 12,88 -0,85
PRIO3 PETRORIO ON 41,65 40,88 41,18 41,90 40,95 -0,87
RENT3 LOCALIZA ON 40,05 39,30 39,92 40,93 39,63 -0,95
LREN3 LOJAS RENNER ON 12,83 12,44 12,63 13,09 12,51 -0,95
VIVA3 VIVARA ON 20,55 20,07 20,43 20,93 20,07 -1,04
YDUQ3 YDUQS PART ON 11,27 10,93 11,16 11,54 10,97 -1,08
RRRP3 3R PETROLEUM ON 26,05 25,47 25,72 26,29 25,50 -1,12
SUZB3 SUZANO S.A. ON 48,98 48,04 48,46 49,24 48,15 -1,19
CRFB3 CARREFOUR BR ON 9,16 8,80 8,91 9,19 8,92 -1,22
COGN3 COGNA ON 1,65 1,61 1,64 1,70 1,62 -1,22
BPAC11 BTGP BANCO UNT 32,33 31,74 32,10 32,75 31,83 -1,30
CPLE6 COPEL PNB 9,18 9,00 9,07 9,24 9,03 -1,31
B3SA3 B3 ON 10,61 10,30 10,44 10,65 10,32 -1,34
HAPV3 HAPVIDA ON 3,73 3,61 3,68 3,81 3,65 -1,35
CYRE3 CYRELA REALT ON 19,10 18,59 18,80 19,44 18,59 -1,38
MULT3 MULTIPLAN ON 22,79 22,00 22,33 22,91 22,21 -1,38
ALPA4 ALPARGATAS PN 9,25 9,01 9,12 9,35 9,02 -1,42
NTCO3 GRUPO NATURA ON 15,18 14,84 15,03 15,41 14,90 -1,46
ELET6 ELETROBRAS PNB 39,50 38,51 38,86 39,69 38,73 -1,50
RDOR3 REDE D OR ON 26,36 25,65 25,88 26,62 25,74 -1,57
ELET3 ELETROBRAS ON 35,27 34,31 34,61 35,40 34,49 -1,60
ASAI3 ASSAI ON 11,12 10,74 10,94 11,33 10,86 -1,72
HYPE3 HYPERA ON 29,50 28,57 28,88 29,86 28,79 -2,11
EMBR3 EMBRAER ON 37,05 36,21 36,80 37,60 36,35 -2,31
MGLU3 MAGAZ LUIZA ON 11,31 10,62 10,94 11,59 10,67 -3,70
AZUL4 AZUL PN 8,25 7,72 8,01 8,45 7,73 -4,09
MRVE3 MRV ON 6,93 6,56 6,71 7,02 6,57 -4,23
peso cautela corda bamba risco  — Foto: Getty Images
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