Bitcoin bate nos US$ 70 mil, nova máxima histórica, e volta

Segunda maior cripto do mercado, ethereum também avança, flertando com os US$ 4 mil

Por Laelya Longo, Valor Investe — São Paulo


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Após ultrapassar os US$ 69 mil, na terça-feira (5), superando o recorde de preço registrado em novembro de 2021, o bitcoin voltou a testar nova máxima história, ficando ligeiramente acima dos US$ 70 mil, nesta tarde. Logo depois, voltou a ser negociado em torno dos US$ 68 mil.

A volatilidade da principal criptomoeda em valor de mercado e volume negociado confirma a previsão dos especialistas de que maiores altas e quedas devem ocorrer durante os negócios, depois de um longo período de oscilações comedidas - notadamente até o início de janeiro, quando os ETFs de bitcoin foram, finalmente, lançados no mercado norte-americano, o maior do mundo.

Segundo especialistas no segmento, a forte demanda de investidores institucionais, agora liberada para aproveitar um veículo de investimento regulado, impulsiona o preço do bitcoin com maior intensidade, da mesma forma como influencia a dinâmica e o fluxo de compra e venda.

Uma maior volatilidade deve marcar as próximas semanas, já que o halving do bitcoin - previsto para meados de abril - tem sido utilizado como gatilho para a força compradora. O halving é um processo em que a oferta de novos tokens da cripto cai pela metade. Como 93% dos bitcoins já estão em circulação no mercado, pouco provável que os preços se alterem tanto com esse "corte" de oferta, mas tem sido utilizado como argumento de venda para os investidores.

Segundo Rony Szuster, analista do Mercado Bitcoin, os US$ 70 mil "trata-se de um marco psicológico, tendo em vista que o mercado de criptoativos vivencia um momento de destaque, principalmente por conta do halving no próximo mês e a entrada de bitcoin nos ETFs americanos, com saldos de, aproximadamente, US$ 500 milhões por dia".

Por volta das 20h (horário de Brasília), o bitcoin era negociado a US$ 68.710, variação de 1,4%, nas últimas 24 horas, segundo a plataforma de dados CoinDesk. A máxima do período foi de US$ 70.136 e a mínima de US$ 66.238. Na semana, acumula valorização de quase 9%. No ano, o ganho é de 56%.

O ethereum, segundo maior criptomoeda do mercado, também oscila bastante, tendo rompido sua máxima histórica também a última terça-feira, em US$ 3.800. O token nativo da maior rede blockchain do mundo flerta com o patamar de US$ 4 mil, influenciada por uma nova atualização tecnológica que pretende tornar a rede mais eficiente.

No mesmo horário, o ethereum valia US$ 3.927, alta de 1,2%, nas últimas 24 horas, com máxima de US$ 4.000 e mínima de US$ 3.830. Na semana ganha 15% e acumula alta de quase 70% no ano.

— Foto: Getty Images
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